#10yearschallenge - O que mudou após 10 anos formada em Publicidade e Propaganda?

#10yearschallenge - O que mudou após 10 anos formada em Publicidade e Propaganda?

Engraçado como algumas coisas nos fazem refletir sobre o que já passamos. Foi assim com o #10yearschallenge. Ao buscar fotos de 2009 me dei conta que esse ano fará 10 anos da minha formatura em Publicidade e Propaganda. Um momento tão esperado, tão comemorado e que me fez pensar: o que será essa vida de publicitária?

Lá em 2009 eu já trabalhava em agência, mas não do jeito que eu queria. Eu queria ser redatora publicitária e isso já tinha sido decidido desde o segundo semestre da faculdade. Porém, querer ser redatora e se tornar uma de fato eram duas coisas bem diferentes.

Primeiro, como conseguir uma oportunidade sem ter a tão requisitada experiência? Como eu conseguiria experiência sem ter a oportunidade? Uma, duas, dez, vinte entrevistas. "Ah, mas você não sabe Corel e Photoshop?" - Mas por que eu precisava saber Corel e Photoshop se eu queria ser redatora?

"Nosso mercado não tem espaço para redatores, você nem deveria continuar tentando." Ou "Você não tem talento suficiente para ser redatora." Essas frases passaram a fazer da minha rotina. Até que, um ano após a formatura, eu consegui me tornar redatora publicitária em uma pequena agência.

Depois disso, grandes agências vieram. Lugares que eu admirava (obrigada, Free Multiagência), pessoas que acreditavam em mim (obrigada, Cyntia Wehmuth Hugo), outras que não acreditavam tanto, mas que serviram só de impulso para meu desenvolvimento.

Enfim, eu era a redatora que sempre quis ser. Enfim, eu fazia grandes campanhas, anúncios, roteiros, spots (todos sempre muito elogiados pela minha mãe). Eu só não sabia que dez anos depois eu não seria mais essa redatora.

Isso quer eu dizer que eu não escrevo mais? Jamais! Talvez agora eu escreva ainda mais e tenho plena consciência do poder das palavras. Isso quer dizer que eu desisti daquele objetivo da formatura? Também não.

Eu fiz meu próprio roteiro no qual a Comunicação é protagonista. A menina de 22 anos que só queria ser redatora descobriu que sua carreira não é apenas escrever, é comunicar com propósito.

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