12 regras para a vida - Jordan Peterson
FOTO POR CARLOS OSORIO/TORONTO STAR VIA GETTY IMAGE.

12 regras para a vida - Jordan Peterson

Um manual para o mundo atual, que hoje pulveriza ideologias barulhentas, apedreja tradições, profana o sagrado e, ao mesmo tempo, ignora a sabedoria das tradições erguida a muito custo pelos nossos ascendentes.

Regra 1: Costas eretas, ombros para trás;

Jordan mostra como a postura, tanto física como mental e espiritual, influencia nos resultados que obtemos com nossas ações a curto, médio e longo prazo. Assim, uma postura de vencedor é um passo a mais para vitória. Isso de várias perspectivas; o autor traz até mesmo uma análise biológica, com termos técnicos como a serotonina influenciando diretamente na perspectiva de um vencedor.

Em palestras é possível ver o autor esmiuçando esse conceito, mas o capítulo em si é fenomenal. Como exemplo, o autor se vale de um estudo sobre o sistema nervoso das lagostas. Quando uma lagosta vence uma disputa, ela adota uma postura imponente de vitória. Se perde, adota uma postura derrotada. A tendência é que as vencedoras continuem vencendo e sejam menos desafiadas. As derrotadas, por sua vez, continuam a perder e são vistas como alvos mais fáceis.

“(...) preste atenção na sua postura. Pare de ser curvar e ficar se arrastando. Fale o que pensa. Apresente seus desejos como se tivesse direito a eles – pelo menos o mesmo direito que os outros. Caminhe de cabeça erguida e olhe firme para frente. Ouse ser perigoso. Encoraje a serotonina a fluir plenamente através dos caminhos neurais sedentos por sua influência calmante”


Regra 2: Cuide de si mesmo como cuidaria de alguém sob sua responsabilidade

Um conselho urgente, uma crítica. Usando um exemplo atual, dos pais de pet. Jordan mostra a decadência moral e espiritual do século: pessoas cuidam mais dos seus animais, objetos, posses do que cuidam se si mesmos (muito menos do próximo). Isso é trágico.

Em contrapartida, quando começamos a cuidar de nós mesmos, é como uma reconciliação com nosso corpo & alma. Tratamos filhos, dependentes, com muito mais afinco, que nós mesmos, afinal, uma mãe/pai quer o máximo para o filho(a) - com toda razão. Mas antes... e você?

"Vocês querem fazer com que seus filhos estejam seguros ou que sejam fortes?"

Esta pergunta é motivada por uma realidade: não é possível proteger alguém de tudo. O mundo não é só ordem, é preciso enfrentar o caos da vida cotidiana. A consequência de tentar fugir do caos é inevitável.

Se fosse possível banir permanentemente tudo o que é ameaçador e perigoso (fonte de crescimento), outro perigo emergiria: o infantilismo e a inutilidade dos seres humanos.


Regra 3: Seja amigo de pessoas que queiram o melhor para você

Crucial para uma vida em sociedade. Jordan nos mostra as mais diversas devastações morais, físicas e em vários outros contextos que podem acontecer quando nos relacionamos com pessoas que não queiram o nosso melhor.

Ajudar alguém envolve um risco. Em vez de puxá-lo para cima, aquele que ajuda pode ser puxado para baixo. É mais fácil a delinquência se espalhar do que a estabilidade, pois é mais crível cair do que subir.

Muitos daqueles que querem ajudar os “caídos” também agem por narcisismo ou vaidade, visto ser fácil parecer virtuoso estando ao lado de um irresponsável.

As pessoas se associam a outras que são ruins não porque é melhor, mas porque é mais fácil. Aprender a fazer um crivo entre essas pessoas é essencial. Eliminando as torpes de sua vida, o ganho é enorme; na pior das possibilidades, você deixou de ter em seu convívio uma pessoa que não te leva para frente.

“Se você tem um amigo cuja amizade não recomendaria à sua irmã, ao seu pai ou filho, por que teria tal amizade para si mesmo?”


Regra 4: Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje

Cada um tem suas próprias potencialidades e fraquezas. Embora cada indivíduo é único; quando [nos] comparamos com outros que atingiram o ápice do sucesso financeiro, profissional, pessoal, acadêmico, etc., corre-se o risco do desânimo (na melhor das hipóteses), até mesmo, em uma situação extrema, cogitar o suicídio.

Não é raro relatos de jovens que tiraram a própria vida quando fizeram tais comparações com amigos e conhecidos, da mesma faixa etária que estavam em degraus 'superiores'. A comparação desfavorável com alguém extraordinário em um domínio pode inibir a motivação das pessoas para qualquer coisa.

O ideal é que cada um se concentre nas pequenas coisas, querendo que algo seja melhor no final do dia do que era pela manhã. O conselho de Peterson é ignorar a complexidade do mundo e concentrar-se nos assuntos particulares.

Não é possível olhar para tudo e se comparar com todos. Escolher um foco é olhar para algo específico e ignorar o resto

Ser feliz ao realizar a jornada pode ser muito melhor do que chegar ao destino com sucesso”.


Próxima manhã insipirado, seguiremos...

Felipe Jorge Ribeiro

Engenheiro de Processos e Aplicações - Máquinas de Secagem, Papel e Cartão na Valmet

3 a

Ótimo resumo! Parabéns, Ramon.

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