14 x4 Equidade em conselhos

Ontem entrei numa sala com 14 homens e 4 mulheres para a certificação e formação de conselheiros promovida pela Board Academy Br , uma edtech que veio ocupar um gap na formação profissional de conselheiros. Esse número é um esforço encorajador da escola para promover uma ocupação mais equilibrada nas reuniões homogêneas de conselhos. Pelas mãos da professora Simone Xavier passamos por um panorama animador da #governança corporativa que vem se fortalecendo e ganhando robustez nas ultimas décadas.

A governança é uma estrutura fundamental para não só o bom funcionamento das empresas, mas para sua geração de valor, sustentabilidade promovendo transparência, responsabilidade, integridade na organização. No contexto brasileiro, a governança tem evoluído significativamente com marcos como o lançamento do 1.o código de governança em 1999 e hoje sendo uma grande referência mundial, pelas mãos do IBGC. As empresas brasileiras de grande porte tem cada vez mais adotado padrões internacionais de prestação de contas exigidos internacionalmente por mercados maduros para o comercio exterior e por investidores cada vez mais conservadores e receosos.

Com um mundo em extrema incerteza é cada mais crucial o papel da governança corporativa. E fica cada vez mais claro que ela não serve somente a grandes empresas e nem somente a alguns setores.

Com principios que passam por #integridade, #transparencia, #equidade, #responsabilização, e #sustentabilidade , a governança organiza a empresa em dimensões que estruturam e norteiam a tomada de decisão e os caminhos estratégicos da empresa. Todos esses princípios, sem dúvida, são imprescindíveis para uma boa gestão e a perenidade dos negócios. Mas a equidade e sutentabilidade se cruzam num aspecto crucial que merece destaque: a diversidade.

Para se ter um panorama da situação, a participação das mulheres em conselhos de administração subiu de 14% para 16% em comparação com 2021, segundo estudo realizado pelo ACI Institute, da KPMG . O estudo, que analisa 293 companhias de capital aberto, também revelou que o percentual de empresas listadas com executivas no #board subiu de 63% para 71% em 2022. Em 2018, a participação feminina era de aproximadamente 8%.

Segundo o #wcd 15 empresas de capital aberto tem 30% das posições ocupadas por mulheres gerando um total de 9% no mercado como um todo. Um estudo da Harvard Business Review publicado na Forbes que acompanhou 163 empresas por 13 anos trouxe importantes conclusões que essas empresas apresentaram mais abertura para mudanças e mais foco em inovação.

Diversidade a chave para a sustentabilidade

A inclusão de mulheres de diferentes origens e realidades é um passo crucial. A diversidade de gênero não apenas equilibra a representatividade mas traz uma capacidade de inovação, catalisando a criatividade e ampliando a resolução de problemas com perspectivas dos negócios de maneiras inesperadas.

Outro aspecto importante é que, ao incluir mais mulheres, estamos aumentando representatividade, aumentando o empoderamento econômico não só de um grupo mas de todo um sistema que é beneficiado por seu papel em comunidades.

Empresas diversificadas são também mais resilientes. Ao incorporar mais mulheres em conselhos as organizações se tornam mais adaptáveis as mudanças caóticas e velozes que o mundo nos apresenta diariamente.

Promover a diversidade nos conselhos passa por uma intencionalidade. Para garantir um futuro sustentável e equitativo, a diversidade deve ser priorizada. . Somente através da verdadeira e real diversidade podemos construir organizações mais fortes, resilientes e inovadoras que serão capazes de dar conta desse mudando complexo. Que bom que escolas como a Board Academy Br tem abraçado essa causa.