2018: o ano que não acabou

2018: o ano que não acabou

Um depoimento pessoal sobre mais de 300 dias repletos de esforços e de mudanças

Pulei as sete ondas e agradeci à Iemanjá. Comecei o ano recém mudada a outra cidade. Morando pela primeira vez depois de adulta em casa, que faz divisa com uma reserva.

Estava pensando na vida, sem emprego, em uma pausa para curtir a família como não tive tempo antes. Plantamos uma horta. Compramos uma composteira. Adotamos produtos mais naturais. Um estilo de vida mais harmônico com a natureza e com a saúde.

Passado uns meses, decidi onde queria atuar profissionalmente: continuar tentando ajudar a melhorar o mundo. Finalizei meu curso de marketing na FGV. Recriei meu CNPJ. Fiz plano de negócios para atuar em novas áreas. E, graças a ele, vi que não era o momento.

Peguei frilas. No começo, ocupavam apenas oito horas da minha semana. Mas esse tempo foi aumentando conforme me dedicava ao trabalho. Concomitantemente, uma pessoa próxima a mim ficou 60 dias em crise com uma doença. E eu me dedicando a ela.

Virou o semestre.

Quando melhorou, passei a dar uma palestra a cada duas semanas. Culminando na palestra no TEDx São Paulo para mil pessoas.

Sabatinei representantes de presidenciáveis. Fiz cursos onlines. Trabalhei dentro da Folha, por 15 dias. Resolvi escrever, efetivamente, meu primeiro livro em parceria com uma pessoa incrível.

Conheci Brasília, revisitei locais da infância no Rio de Janeiro. Conheci outras cidades do Rio e de São Paulo. Acendi muita fogueira. Conquistei uma bolsa de divulgação científica do CNPq. Consegui outras bolsas que, por motivo de tempo ou de incompatibilidade, tive que abrir mão.

Voltei a ser workaholic. E o meu museu preferido no mundo, o Nacional, queimou. Mergulhei nas eleições, descobri que sabia muito mais sobre política do que imaginava. Me preocupei, e muito, com o futuro do nosso país. E conheci profissionais (e pessoas) maravilhosas.

Passei um fim de semana no hospital, acompanhando uma pessoa internada. Coloquei em prática como nunca a comunicação não violenta. Desfiz amizades. Retomei amizades antes afastadas. Fiz novos amigos.

Adotamos um peixinho, um peixe-cachorro. Escrevi um dossiê sobre uma pesquisa ambiental. Assumi a coordenação da comunicação do IEMA. Sou grata pela roda-gigante roda pião.

E tudo isso só foi possível graças ao apoio da minha família. E de amigos. Quase uma tribo. Obrigada a todas e todos que, de alguma maneira, fizeram parte desta jornada. Vamos juntas e juntos. Contem comigo.

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