#23 Vilão da Disney não é nada perto de uma meta mal feita

Já parou para pensar em como os grandes líderes realizam suas conquistas? Spoiler: eles não contam com uma lâmpada mágica ou um gênio pronto para transformar desejos em realidade. 

Essa newsletter vai falar sobre criação de metas, sem Blah Blah Blah e sem aquele conteúdo raso maroto que a gente vê por aí. Topa discutir uma coisa tão íntima assim?

Seja um CEO visionário ou um estrategista nato, o segredo está na simplicidade e na clareza. E, cá entre nós, não adianta esfregar uma lâmpada e esperar que as coisas aconteçam por mágica. 

Hoje, vou compartilhar com você meu sistema de planejamento de objetivos que venho lapidando desde 2009 (com um upgrade especial feito pelo ChatGPT para 2025 🤣).

E por que planejar metas é essencial? Bem, de acordo com um estudo da Universidade de Scranton, apenas 8% das pessoas conseguem atingir seus objetivos antes de um novo ano começar (provavelmente porque ainda estão esperando o gênio sair da lâmpada). 

Isso acontece porque a maioria das metas não é clara, mensurável ou, pior ainda, nem chega a sair da cabeça para o papel. Sem clareza e ação, metas se tornam apenas desejos que desaparecem tão rápido quanto as promessas de ano novo. Meu sistema resolve isso de forma prática e sem rodeios, com regras que garantem resultados (sem pó de fada e sem Blah Blah Blah).

Se você está esperando um tapete mágico para te levar direto ao sucesso, já aviso: o trabalho é mais parecido com construir o tapete do zero, linha por linha, do que simplesmente embarcar nele.

Mas antes de prosseguirmos, metas e objetivos são a mesma coisa?

Metas e objetivos são frequentemente tratados como sinônimos, mas não poderiam ser mais diferentes na prática. Pense neles como dois lados de uma moeda: enquanto os objetivos são o destino, a visão grandiosa que você quer alcançar, as metas são os passos concretos que você dá para chegar lá. 

Um objetivo é qualitativo e inspira a direção geral, como "ser referência no mercado de tecnologia sustentável." Já uma meta é mensurável e específica, como "aumentar as vendas de produtos sustentáveis em 20% até o final do trimestre." Sem um, o outro fica perdido. Gente, um objetivo sem metas é só um sonho.

Agora, imagine que seu objetivo é conquistar o mundo (não julgo sua ambição). Isso é o que vai orientar todas as suas ações e decisões estratégicas, mas sozinho ele é meio inútil. 

É aí que as metas entram para pavimentar o caminho: criar um exército fiel em 3 meses, dominar cinco territórios estratégicos até o final do ano e, claro, conseguir um bom plano de saúde para seus súditos (prioridades!). Cada meta é como uma peça do quebra-cabeça que forma o grande objetivo.

A grande sacada aqui é entender que metas precisam ser tangíveis e verificáveis, enquanto os objetivos são mais abstratos e inspiradores. Se metas são o que colocam você em movimento, objetivos são o que fazem você continuar andando na direção certa. 

Juntos, são o combo perfeito para transformar planos em conquistas reais. Afinal, quem nunca traçou "objetivos" vagos como "quero ser rico" e ficou sentado esperando o gênio da lâmpada fazer a parte dele? É hora de arregaçar as mangas e planejar de verdade! E é isso que eu quero te ensinar a seguir.

Paralelo com outras metodologias

Quando falamos em metas, o mercado corporativo já possui metodologias consagradas, como OKRs (Objectives and Key Results), Metas SMART, 5W2H, e PDCA, que ajudam empresas a estruturar objetivos estratégicos e alcançar resultados de forma eficiente. O curioso é que, embora essas ferramentas sejam amplamente usadas no mundo dos negócios, poucas pessoas as aplicam em suas vidas pessoais.

Por exemplo, os OKRs, tão famosos em empresas como Google e Amazon, podem ser facilmente adaptados para organizar metas pessoais. Que tal usar um objetivo como “Melhorar minha saúde física” e acompanhar resultados-chave como “Exercitar-se 3 vezes por semana” ou “Reduzir o consumo de açúcar industrializado pra no máximo 2 dias por semana”? Parece simples, mas essa estrutura ajuda a manter o foco e medir o progresso.

Outra metodologia eficiente são as Metas SMART, que transformam objetivos abstratos em algo tangível, com critérios específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. Aplicar isso na vida pessoal pode ser revolucionário, como transformar o desejo “Quero ler mais” em “Ler 1 livro por mês durante 2024”.

A verdade é que o que funciona no mundo corporativo pode, e deve, ser trazido para o lado pessoal. Essas ferramentas criam um senso de propósito, clareza e disciplina que ajudam tanto na carreira quanto no desenvolvimento individual. Então, por que não começar a planejar suas metas pessoais com a mesma seriedade que você planeja as metas da sua empresa?

Como funciona o sistema “I AM GOING TO”

Objetividade é lei

Cada objetivo é uma frase curta e direta. Sem enrolação, sem Blah Blah Blah.

Exemplo: “Alcançar 600k de MRR”.

Metas visíveis e mensuráveis

Divido a planilha em áreas da vida, como no exemplo acima.

• Physical: Objetivos relacionados à saúde física e bem-estar.
• Health: Metas específicas de hábitos ou cuidados com a saúde.
• Professional: Realizações profissionais ou financeiras no trabalho.
• Financial: Metas de finanças pessoais e planejamento financeiro.
• Wife: Metas relacionadas ao relacionamento com minha esposa.
• Parenthood: Objetivos claros e quantificáveis sobre a paternidade.
• Family: Metas envolvendo o núcleo familiar.
• Spiritual: Espaço para objetivos relacionados à mente, à fé ou ao desenvolvimento pessoal.

Para cada área, apenas um objetivo por linha. Sem poluir a visão.

A Magia da quantificação

Objetivos abstratos não têm vez aqui. Por exemplo:

Errado: “Passar mais tempo com a família”.

Certo: “Dedicar 2 horas de qualidade todo domingo para brincar com meus filhos”.

Revisão com cores

No fim do trimestre, ou ao longo dele, você precisa voltar na planilha e fazer aquele processo gostoso de auto-responsabilidade, dizendo pra você mesmo, e pro seu criador, onde você está na fila do pão com seus objetivos. Aqui basta colorir as células com cores óbvias:

Verde: Objetivos conquistados.

Amarelo: Em andamento.

Vermelho: Não alcançados.

Branco: Ainda a analisar.

Trimestres para agilidade

Antes, eu trabalhava com metas anuais. Hoje, cada trimestre ganha seus próprios objetivos e metas, devidamente alinhado com o que quero conquistar no ano. Isso me dá mais flexibilidade e permite ajustes rápidos.

Espaços vazios? Com propósito

Nem todas as áreas precisam ter metas no momento, mas mantê-las visíveis na planilha serve como um lembrete para quando forem relevantes.

O papel do ChatGPT na evolução

Para 2025, decidi experimentar algo novo: convidei o ChatGPT para ser meu “consultor” de metas pessoais. E, olha, posso garantir que foi como trazer um olhar externo. Pedi ao ChatGPT uma análise qualitativa do meu histórico de objetivos desde 2009, e os resultados que recebi foram nada menos que surpreendentes.

• Sou um visionário realista, com ambição equilibrada por pragmatismo.
• Metas incompletas não são “fracassos,” mas sinais de adaptação estratégica.
• Trabalhar com trimestres reflete maturidade e visão prática.
• Ele até percebeu que eu tenho ficado mais pé no chão ao longo dos anos!

Que tal fazer o mesmo? Aqui vai um prompt que você pode usar para o ChatGPT: “Analise minha planilha de objetivos pessoais e me diga o que isso reflete sobre minha evolução, minhas conquistas ao longo dos anos e áreas que posso melhorar.”

Planejamento não é sofisticação; é disciplina

Este sistema é simples, mas poderoso. Não requer aplicativos caros ou sistemas complexos (não te julgo se você quiser comprar um App pra fazer isso também, ok?). Minha planilha é feita no Google Sheets, acessível em qualquer lugar. A prática consistente é o que a transforma em uma ferramenta de evolução.

A questão é: empresas que implementam sistemas de monitoramento eficazes conseguem detectar problemas antes que eles impactem a operação, proporcionando uma experiência fluida para os usuários e evitando interrupções nos processos. Pesquisa atrás de pesquisa, os resultados são os mesmos.

O mesmo vale para sua vida pessoal: metas claras e revisadas regularmente criam uma cultura de auto-responsabilidade. Ao monitorar constantemente seus processos, você pode detectar falhas ou anomalias e tomar medidas corretivas imediatas, otimizando suas operações e promovendo um ambiente mais eficiente.

Conclusão sem Blah Blah Blah

Planejar metas é como criar sua própria Disney: Você começa com um rabisco (ou uma ideia de rato), mas com um sistema bem estruturado, transforma sonhos em castelos de verdade. 

Lembre-se: objetivos não são desejos feitos diante de uma estrela cadente. Eles são planos de ação com prazos e métricas bem definidos. Sem eles, você está mais para o Capitão Gancho sem bússola.

E aí, vai deixar sua vida no modo "Hakuna Matata" ou vai organizar as metas do próximo trimestre?