#22 Exames de fezes, sangue e urina TODA SEMANA!

#22 Exames de fezes, sangue e urina TODA SEMANA!

Imagine que a sua empresa seja como um atleta de alta performance (tipo Ronaldinho Gaúcho no auge). Para garantir que tudo está funcionando perfeitamente, você precisa fazer exames regulares: sangue, fezes, urina... TODA SEMANA. 

Parece exagero? Talvez, mas é exatamente assim que vejo a metrificação nos negócios. Todo cliente que chega à Noblah ouve a mesma coisa: metrificar absolutamente tudo. Parece bonito, quase poético. 'Ah, que legal! Vamos ser uma empresa data driven!' – eles dizem. Mas, na prática, o buraco é mais embaixo. Pegar as métricas, organizar os dados, analisá-los – isso dá um trampo da porra, e nem todo mundo está disposto a encarar.

E aqui está o ponto: empresas que adotam uma cultura Data Driven não apenas melhoram suas decisões, mas também veem resultados práticos. Segundo a Harvard Business Review, 48% das empresas que implementaram uma abordagem orientada por dados conseguiram reduzir custos de forma significativa

Não se trata apenas de colecionar números bonitos, mas de transformar dados em decisões estratégicas que realmente fazem a diferença. Ganhar o jogo não é sobre ter força bruta, mas sobre ter precisão nos movimentos.

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Aulas do Gauchinho aqui

A rotina de quem quer resultados

Aproveitando que falei sobre esportes ali em cima, quero continuar nessa pegada. Agora, imagine que sua empresa é como uma equipe de Fórmula 1. Você pode ter um ótimo piloto, um carro veloz e um time de pit stop impecável. 

Mas… sem os dados certos sobre cada curva, desgaste dos pneus e o consumo de combustível, você não sabe a hora certa de ir pros boxes, e vencer a corrida se torna uma tarefa bem difícil. Eu já vi piloto que estava na liderança perder a corrida por que a equipe não soube a hora certa de parar.

Os negócios funcionam da mesma forma: sem métricas precisas, você está dirigindo às cegas.

Quando não há um departamento de BI (Business Intelligence) estruturado, a missão de coletar dados vira um trabalho em equipe. Cada departamento precisa colaborar para preencher as lacunas, e isso exige disciplina – como um treino coletivo para uma maratona corporativa. Não é fácil, mas é essencial.

Sem dados, não tem como fazer nossas reuniões semanais – os ritos que garantem que o jogo continue afinado. E aqui não estamos falando só de "meia dúzia de números bonitos": estamos falando de dados de todo o processo comercial – visitas ao site, CS, pré-venda, closing, marketing. Quando isso é feito religiosamente, o retorno não é só garantido, ele se torna previsível.

O motivo disso? Porque os números falam… O gestor meio que vira Neo, quando ele aprende a "ver” a Matrix (sim, eu sei que uma porrada de pessoas não entenderão essa metáfora aqui, infelizmente!).

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Exemplo real: semana passada, durante a análise semanal de métricas de um cliente, notamos algo estranho. Um puta esforço de marketing em duas semanas, com posts estrategicamente pensados, e os seguidores nem se mexiam. Perguntamos: “Gente, tá certo isso?”. Responderam que sim. Mas um dos nossos consultores percebeu o erro: os dados estavam sendo coletados de forma errada. O problema não estava na estratégia, mas na coleta de informações.

Se não fosse a rotina de metrificação, isso poderia ter passado batido, e o cliente poderia ter jogado a culpa no “algoritmo das mídias sociais”. Agora, pense nisso: segundo um relatório recente, empresas que adotam BI experimentam maior eficiência e uma redução significativa de custos operacionais. Óbvio!

Uma observação interessante pra se fazer aqui, nós temos dois tipos de negócios na Noblah: consultoria e gestão de tráfego de pago. 

Nas empresas onde atuamos como consultores, forçamos todo mundo a colher esses dados, o que faz subir o nível da empresa como um todo. Agora, onde atuamos como gestores de tráfego pago, fazemos uma sugestão para que os gestores adotem esse modelo. 

E existe uma diferença nisso! Quando as empresas não são forçadas a colher esses dados, elas costumam demorar muito mais tempo para alcançar um crescimento sustentável. É preciso olhar esses números de forma consistente se quiser resultados.

Já fizemos diversas melhorias em clientes tendo como base números consistentes. Por exemplo, coisas básicas como mudanças nas landing pages, em pitchs de vendedores e na estrutura de outbound, mas também em coisas mais profundas como produto, contratos e até mesmo precificação. Tudo baseado em dados! 

O mais interessante é que, assim como na Fórmula 1, a rotina semanal de coleta de métricas cria uma cultura de excelência. Cada colaborador, ao inserir seus números, passa a ser o "mecânico" da própria performance. 

No fundo, o objetivo não é apenas encontrar o menor esforço com o maior resultado, mas criar um ambiente onde as decisões sejam tomadas com base em fatos, e não em achismos.

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Não é só sobre dados, é sobre auto-responsabilidade

Quando você acompanha os números semanalmente, ganha uma visão mais clara do que funciona e do que não. É como comparar seus "exames" semana a semana: “Aquela estratégia deu resultado; essa aqui, nem tanto.” E aqui está o segredo: não é apenas sobre encontrar o erro ou o acerto, mas sobre transformar os dados em um espelho da sua própria performance.

Mais do que isso, você começa a criar auto-responsabilidade. Cada colaborador que insere seus próprios números percebe por si só se foi bem ou mal. Antes mesmo de o chefe ver, quem vê é ele. E isso é rico demais! Não é só uma questão de trabalho; é uma lição de maturidade profissional. É olhar para os números e pensar: “O que eu posso fazer melhor na próxima semana?”

Quer outro benefício? Pressão social. Ninguém quer apresentar métricas ruins para os colegas. É aquele momento na reunião onde todos olham para a tela compartilhada e as métricas estão ali, expostas, como um boletim de escola.

Mas, ao invés de “notas ruins,” estamos falando de resultados reais que afetam o todo. Quem quer crescer dentro da empresa usa os números para mostrar sua alta performance e até para inspirar os colegas. Quanto menos Blah Blah Blah nesse processo, melhor!

E tem mais: essa dinâmica cria uma espécie de “jogo saudável”. Quando os números falam por si, a disputa não é contra os colegas, mas contra suas próprias limitações.

O que acontece quando as empresas implementam o BI - Noblah

Resistência inicial é normal, mas o resultado compensa

Como falei lá em cima, na teoria é tudo lindo, mas na prática… No começo, sempre rola aquela resistência: “Pra quê isso tudo? Dá muito trabalho!” E, sinceramente, não dá para culpar ninguém por pensar assim. 

Coletar dados, organizá-los e analisá-los não é exatamente o tipo de tarefa que desperta paixão à primeira vista. Mas basta duas semanas (só duas!) para a equipe começar a perceber o valor do processo. Por quê? Porque os dados, quando analisados de forma consistente, trazem insights que você nunca veria de outra forma.

A análise por cohort, semana após semana, permite identificar o que deu certo e corrigir o que deu errado. Por exemplo: aquele e-mail marketing que parecia promissor, mas teve uma taxa de abertura abaixo do esperado. Ou aquela campanha de tráfego que drenou orçamento sem trazer resultados. Os dados não mentem, mas, mais importante do que apontar os erros, eles mostram os caminhos certos a seguir.

E aí acontece algo mágico: a resistência inicial começa a desaparecer, substituída por uma espécie de "vício positivo". As pessoas passam a querer ver seus números, acompanhar os gráficos e até discutir estratégias baseadas em dados. E olha só, coisas que antes pareciam trabalhosas agora se tornam indispensáveis.

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O BI é mais do que um software

Por fim, vamos falar sobre o BI, que é uma profissão, mas que também é um software, e a maior parte das empresas confunde uma coisa com a outra. Ou seja, a empresa ter uma pessoa que mexa no software é uma coisa; outra, completamente diferente, é ter alguém que entenda os números, os fenômenos e seja capaz de oferecer insights estratégicos para os gestores.

Um exemplo comum é quando empresas implementam BI focando apenas em dashboards bonitos e relatórios detalhados, mas esquecem que o verdadeiro valor está em traduzir esses dados em ações práticas (lembra da história do Matrix?). 

Um cliente nosso vivenciou isso ao criar um departamento de BI que não gerava resultados. Entramos como consultores e ajustamos o foco, mostrando que o objetivo não é acumular relatórios, mas transformar dados em insights que realmente impulsionam a receita. Resultado? O resultado começou a aparecer!

Dados da IBM mostram que 68% dos dados empresariais permanecem não utilizados, evidenciando o desperdício de oportunidades estratégicas. Isso reforça a importância de um BI bem estruturado, que vá além da ferramenta e capacite os gestores a tomarem decisões baseadas em fatos, e não apenas em suposições.

Conclusão Sem Blah Blah Blah

Se você quer resultados previsíveis e crescimento de verdade, precisa abraçar o data driven – com disciplina, métricas e, sim, trabalho duro. Não é uma tarefa fácil, mas o retorno compensa.

Honestamente, eu já tive até cancelamento/churn por esse motivo. Nos contratar e não abraçar a gestão data driven é como assinar uma academia e não frequentá-la. Não existe milagre!

Gerar resultado sem Blah Blah Blah não é adivinhologia, nem acontece por conta dos meus belos olhos castanhos escuros. É um trabalho árduo que mistura cabelos brancos, ciência e muito - mas muito - esforço. Se tirar a ciência dessa tríade aí, a conta não fecha.


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Flavio Bachini

Fisioterapeuta, Cientista do Esporte, Consultor em Bioquímica

1 sem

Exatamente isso que eu proponho e faço com os atletas. Mas não são todos que conpreendem. Não há exagero em exames semanais ou 3 X por semana ou 3x no mesmo dia. Tudo depende do objetivo e do que se quer...o resultado. Performance exige isso.

Vítor Rafael Calassa Aquino

Diretor administrativo na Mais Saúde Planos

2 sem

Excelente Maucir Nascimento 👏

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