#28 | Você tem medo de envelhecer?

“Tenho sonhos adolescentes

Mas as costas doem

Sou jovem pra ser velha

E velha pra ser jovem”

Faz um tempo que queria falar sobre esse assunto por aqui, mas ainda não tinha surgido a inspiração. Ao ouvir a música ‘Aquela dos 30” da Sandy, pensei: agora é o momento.

Como eu percebo e lido com o fato de estar envelhecendo?

Primeiro: envelhecer é inevitável, todo mundo vai. Porém, a forma que você vai passar por esse processo pode variar com a sua genética, seus hábitos ou os procedimentos que você faz.

Outro dia ouvi a Bruna Vieira falar essa frase “a única forma de mudar o futuro é parar de olhar para ele e focar no que está acontecendo agora”.

Confesso que por mais que eu tente focar no aqui e agora, minha ansiedade sempre me transporta para minhas futuras versões. Me pego pensando nas escolhas que fiz, onde eu poderia estar se tivesse seguido por outro caminho e como estarei daqui um tempo.

Percebo que o processo de envelhecimento está muito atrelado as nossas experiências e como amadurecemos a partir delas. E de certa forma isso faz total sentido com o que comentei acima. O problema não está em lembrar do seu eu mais novo, a grande questão é o que você faz a partir disso.

Quando olho para minha versão mais nova, lembro de quais eram os seus dramas na época, quais sonhos queríamos realizar e como nos imaginávamos mais velha. Lembro dos nossos livros favoritos, das músicas que ouvíamos e das séries que nos acompanhavam.

A energia que coloco nesses pensamos é justamente para me ajudar a olhar o passado com mais carinho e para o futuro com esperança. Tudo o que vivi e realizei ao longo desses anos são frutos de quem eu fui e me dá ainda mais impulso para seguir acreditando que vai continuar dando certo.

O meu conselho caso você esteja precisando de uma luz, é tentar não se apegar nas opiniões que outras pessoas tem sobre você. E isso vale tanto para o seu profissional quanto para o pessoal.

Quanto de disposição gastamos tentando nos encaixar em caixas minúsculas, escondendo o nosso potencial e tentando fugir da nossa essencial única e extraordinária?

Daqui alguns bons anos quando eu estiver com os cabelos brancos, quero olhar para minhas fotos antigas e perceber que eu vivi exatamente aquilo que tive vontade.

Lembrar que aproveitei todas as fases - principalmente aquelas que não tenho controle - e que no fim das contas me saí bem.

Olhar para os amigos que fiz quando mais nova e perceber que eles ainda estão ao meu lado. Recordar da minha juventude, dos shows que assisti ao lado da minha irmã, das vezes que fui ao cinema ao lado do meu companheiro e ao final do filme comentamos sobre nossas partes favoritas.

Viver, sobretudo, é passar pelas fases da vida e amadurecer a partir daquilo.

Envelhecer, sobretudo, é viver.

Um beijo,

La 💫

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