3 minutos do seu tempo
O tempo está presente em tudo o que fazemos. O engraçado é que, muitas vezes, não nos damos conta dele, da sua importância, ou como nos afeta.
Seja nas teorias descritas por Einstein ou nos livros escritos por Stephen Hawking, como o excelente “Uma breve história do tempo”, o tempo sempre foi objeto de estudo, dúvidas e questionamentos.
Perguntas como: “o que é o tempo e o que havia antes dele”, intrigam os cientistas desde a antiguidade, mas, deixando de lado o seu caráter físico, metafísico ou espiritual, gostaria de propor uma reflexão simples:
Somos capazes de acelerar ou frear o tempo?
Decerto que não, contudo, somos capazes de percebê-lo de formas diversas.
Quem nunca se envolveu em uma tarefa muito prazerosa e, ao se dar conta, já haviam se passado horas naquela atividade? Quem nunca parou pra conversar com um amigo, ou amiga, e viu o dia nascer, ou a noite chegar, sem que percebessem? Quem nunca se envolveu em um jogo de tabuleiro ou videogame e passou horas sem se dar conta de que o mundo existia?
Por outro lado, quem nunca passou por momentos ruins em que minutos pareciam horas?...
Enfim, se não somos capazes de afetar a velocidade do tempo, somos capazes de percebê-lo lentamente ou fazê-lo desaparecer por alguns instantes.
De toda forma é importante saber que ele, o tempo, ainda estava lá, em todos os momentos que vivemos, mantendo sua cadência inflexível.
Então, chego à conclusão de que o tempo é relativo à nossa percepção sobre ele e à importância que damos a ele, sendo implacável com aqueles que o desprezam.
Isso tudo me fez lembrar de um poema, que gosto muito, de Mário Quintana, intitulado “O Tempo”:
“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.”