3 pontos que entendi operando espaços de aprendizagem dentro de empresas

Nesse ano, nós da Aerolito realizamos muitos encontros em empresas líderes de mercado em seus segmentos. Falamos com diferentes pessoas, desde lideranças estratégicas até profissionais operacionais, impactando com nossas ideias diversas camadas dessas organizações.

Durante essa jornada fui observando os públicos e coletando aprendizados. Alguns mais analíticos e racionais, enquanto outros mais subjetivos. Aqueles que estão nas entrelinhas, nos olhares, nos diálogos e até mesmo nas reações durante as dinâmicas e intervalos.

Vim aqui compartilhar alguns desses aprendizados, que são somente minha visão com base no que tenho vivenciado.

1. Conflito de mindset: de uns tempos para cá toda essa história de transformação digital está cada vez mais em evidência. Mais pessoas falam disso, mais cursos existem, mais conteúdos são produzidos. As pessoas investem muita energia para mudar a forma de pensar, ou seja, adequar o mindset para ~ a era digital. Fazem cursos, compram livros, frequentam espaços onde se fala sobre isso. O que me questiono é por que não investir mais tempo para observar, escutar e aprender com quem já nasceu com essa forma de pensar? Por que insistimos em tentar ensinar essa galera sobre como pensar e não em ouvir o que elas pensam sobre trabalho, organização, negócios, finanças? Se a gente tentar ensinar essa galera como pensar, a gente vai fracassar e ser chato. Portanto, não seja a pessoa que quer ensinar, mas sim a pessoa que quer aprender.

2. Digitalização vs. Pensamento: o nosso entendimento de que a tecnologia evolui de forma exponencial, em muitos casos nos faz entrar no modo: “estamos atrasados e tudo se resolve digitalizando coisas”. E aí a gente vê o festival dos espaços cools, das tecnologias subutilizadas, dos hacktowns e outras coisas mais. Nesse ponto aprendi que as pessoas entenderam o ponto anterior, do mindset, mas não o compreenderam em profundidade. Parece que elas estão somente transpondo seus pensamentos e paradigmas para o digital, colocando em primeiro lugar a tecnologia. Deixando de lado, assim, qual o problema que ela deve resolver e a serviço de que ela vai ser implementada. Não seja a pessoa que quer ser disruptiva através da tecnologia, seja a pessoa que quer mudar as coisas através do pensamento, das ideias e dos conceitos. A tecnologia só é meio para realizarmos as coisas, ela não vai resolver nada sozinha.

3. O Hype da Transformação Digital: muitas pessoas estão lutando por mudanças nas empresas, o que é incrível. O problema é que em muitos casos a pessoa “só” quer mudar a empresa, mas não quer mudar suas atitudes, seus paradigmas, suas ideias e seus hábitos. Uma metáfora que costumo usar para ilustrar esse pensamento é a seguinte: “tenho visto vários carros com motores velhos em chassis novos”. O meu convite aqui é para nos preocuparmos menos com nomeclaturas, espaços, eventos, postagens. E mais com entregas rápidas que viabilizem feedbacks quase instantâneos. Mais com a diversificação dos testes para focar nos aprendizados. Mais com a transparência, autonomia e agilidade dos times.

Podemos discorrer muito mais sobre cada ponto, ou até mesmo trazer outros*. Porém, acredito que essas observações breves já podem servir de reflexão e inspiração.

*em breve vou trazer outros pontos, acho que esse formato curtinho funciona bem.

DISCLAIMER: tudo o que relatei aqui é baseado na minha vivência recente. Não é certo ou errado, é só a minha visão.

Se você quiser saber mais sobre o que fazemos dentro das empresas, pode mandar um e-mail para s@aeroli.to :)

Beijos e abraços pra quem chegou até aqui.

Santi.