4 coisas para as quais eu não estava preparada ao me tornar mãe

4 coisas para as quais eu não estava preparada ao me tornar mãe

Não importa o quanto você se tente se preparar para a maternidade, com a chegada do bebê você se dá conta de que muita coisa é incontrolável e os desafios são diferentes daquilo que você projetava na sua cabeça.

Por aqui, já são alguns meses na companhia da Lívia e, ao me tornar mãe, percebi que não estava preparada para muito mais do que imaginava… 

Não estava preparada para esse amor que parece que vai me fazer explodir.

Realmente, amor de mãe é algo que não se explica, apenas se sente. 

Sempre ouvi falar muito sobre isso, mas é apenas com o seu próprio filho que você entende do que se trata esse sentimento que parece não caber dentro de si.

Quando ela sorri para mim ou quando está no colo de alguém, escuta a minha voz e me procura pelo ambiente, sinto que esse amor é maior do que qualquer outra coisa. É realmente algo muito intenso e diferente de tudo o que já vivi.

Não estava preparada para que o meu senso de observação e a minha sensibilidade ficassem ainda mais apurados.

Sempre fui muito sensível, mas, ao me tornar mãe, parece que algumas características ficaram ainda mais fortes e ressaltadas. Quando a Lívia nasceu e passei a me dedicar totalmente a ela, criamos uma relação em que, do lado de cá, era necessário que eu fosse capaz de identificar suas necessidades para mantê-la viva.

Se o bebê chora, começa uma investigação para entender o que ele precisa: trocar a fralda, cólica, fome? E, ainda assim, mesmo tentando de tudo, nem sempre conseguimos descobrir, o que nos obriga a testar novas formas de tentar acalmar o recém-nascido.

Então é isso, a Lívia exige que o meu lado mais sensível e observador aflore e isso não é bom apenas para ela, mas para a minha vida como um todo.

Não estava preparada para o processo de amamentação ser tão intenso.

Ser responsável por matar a fome e a sede de um bebê é um processo muito desafiador, privativo e que exige uma presença física e mental. 

Nesse período, a mãe que escolhe amamentar fica indisponível para muitas outras atividades porque precisa colocar isso como uma prioridade. Para garantir o melhor ao bebê, é preciso cuidar da saúde da mente e do corpo, além de estar preparada para o quanto a sua capacidade cerebral fica limitada. 

Nem todo mundo sabe, mas a mulher que opta pela amamentação exclusiva até os 6 meses de idade produz cerca de 750 mililitros de leite por dia, o que gasta por volta de 640 calorias. No meu caso, costumo demorar uns vinte minutos após a mamada para sentir o meu cérebro capacitado novamente.

Amamentar é uma doação constante e, por mais que você se informe sobre o assunto, só vivendo para entender o que é.

Não estava preparada para retomar a minha vida após a maternidade.

Com a mente no automático, alguns meses após a chegada da Lívia comecei a pensar sobre a minha retomada ao trabalho e às demais atividades.

Mas a grande verdade é que não vou conseguir retomar nada como era antes. Sempre fui muito dedicada e focada em tudo o que me proponho a fazer e, agora, a prioridade é a minha filha.

Independentemente dos meus desejos, a realidade é outra. Não há como voltar para o que existia antes da chegada dela, pois a vida mudou muito. A partir disso, entendi que não é sobre retomar, mas reconstruir um modelo de vida que inclui a bebê. 

Sempre fiz aulas de piano, por exemplo, mas agora sei que não devo conseguir me dedicar tanto para tocar músicas mais complexas. A minha disponibilidade para os estudos está muito reduzida e é preciso levar isso em consideração nessa futura retomada.

Para o que você não estava preparada?

Não estar preparada não necessariamente é algo ruim. Na realidade, permite que você se surpreenda ainda mais com a jornada da maternidade.

Pelo menos por aqui, estou descobrindo um monte de coisas para as quais não estava preparada e isso tem isso muito mágico e profundo. 

Que tal compartilhar comigo um pouco da sua experiência materna: para o que você não estava preparada quando seu bebê chegou?

________________________

Michele Bailone Borba

Sou criadora da Guideness, especialista em arquétipos e inteligência espiritual e carrego na bagagem mais de 25 anos de experiência corporativa nas áreas de negócios, marketing e comercial.

Em atendimentos personalizados e individuais, oriento os meus clientes em processos de transformação em suas vidas pessoais e profissionais. Nas empresas, conduzo palestras sobre inteligência espiritual a fim de promover reflexões e mudanças positivas no ambiente organizacional.

Fernanda Fernandes Pereira

Commercial Manager - General Insurance

8 m

Que bacana Mi. Amei ler esse artigo e saber que realmente cada maternidade é única, no entanto tem muito em comum umas com as outras. Sou mãe de dois, trabalho com metas e a rotina é realmente desafiadora. A agenda semanal parece um quebra-cabeças rsrs. Por aqui somos adeptos de uma rotina. Ha dias que não acontece como previsto, mas seguimos em frente . Sabe, tudo também não estar preparada para tudo, como você disse, é algo positivo também. Eu não estava preparada (nem imaginava) para uma amamentação que já se extende por quase 3 anos. 😁 Tudo no seu tempo, no momento certo para nós dois esse ciclo também será finalizado. Abs carinhosos!

Karina Maia Machado

Gestão de Marketing com foco em Pesquisa e Inteligência de Mercado, Consumer Insights e Customer Experience

8 m

Michele, acabei de publicar um conteúdo que vai ao encontro do seu, ainda que sob perspectivas diferentes. Eu não estava preparada para uma sociedade que por muitas vezes coloca a maternidade à margem. Foi necessário resistir e, em muitos casos persistir, para mostrar a potencia que nos transformamos , o que reverbera, inclusive, no âmbito profissional.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Michele Bailone Borba

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos