As 4 lições aprendidas quando me sentei na cadeira do técnico.

As 4 lições aprendidas quando me sentei na cadeira do técnico.

Olá pessoal, voltei para compartilhar com vocês minha segunda experiência no esporte, a fase treinadora.

Por algum motivo eu achei que seria muito fácil exercer o papel de treinadora, talvez fosse a idade ou minha experiência como atleta que revelava que se existia um time e uma galera querendo jogar já estava com 50% do caminho realizado e então eu aceitei o desafio de comandar 4 times, 2 do masculino como técnica assistente e 2 do feminino como técnica principal na escola municipal como voluntário do programa amigos da escola.

Do momento que eu disse sim até quando precisei deixar o time foram desafios diários e eu vou apenas focar no processo colocando as lições em tópicos para entendermos como essa experiência me ajudou a desenvolver minha habilidade e a visão sistêmica. Vamos lá!

#1 Passar conhecimento técnico é a parte mais fácil

              Sim senhores, é verdade, se você domina a técnica e no processo de ensinar você aprimora suas habilidades como professor isso tudo só tende a melhorar com a prática.

 Primeira etapa para a vida e para a profissão vencida, é o que chamamos de vitória fácil com recursos 100% instalados e funcionando perfeitamente

#2 Um time só passa a ser um time quando sabe para onde está indo

              Agora a brincadeira começa a ficar interessante, será que todos que estão no seu time fazem parte do time? Claro que não e aqui começa o primeiro exercício que naquele momento foi a grande parcela do desafio. Como saber o objetivo de cada um e integrar com a missão do time? E antes disso, saber se é objetivo de todos participarem ativamente do time?

Naquela época meu bom primeiro passo foi perguntar e é isso que faço até hoje, a pergunta certa move montanhas. O caso é que naquela época foi muita tentativa e erro, hahahaha, que bom que evoluímos. Eu ainda me recordo das perguntas que foram um diferencial enorme no processo:

·       Você pode me falar sobre você?

·       Você quer estar aqui?

·       Como é pra você fazer parte deste time? Você se sente parte?

·       Você se vê levantando a taça com a gente?

·       Você sabe o motivo que fez a sua escola montar um time?

Perguntas respondidas e trocas realizadas foi a hora de quebrar o gelo fazendo o que mais queríamos naquele momento, jogar!

#3 Cada pessoa é um mundo

              Se como atleta você precisa se cuidar para contribuir com o todo, como treinador você precisa ser observador de vários mundos, entender como funcionam e intervir de forma que eles formem um sistema harmônico.

Foram muitas anotações durante todo o processo e muitas conversas individuais e em grupo que resultaram em ajustes na equipe e até no âmbito familiar. O sistema ele traz todo o tipo de situação para ser trabalhada e eu acredito que só emergem situações que realmente estamos preparados para olhar.  

O equilíbrio deste sistema da posição que eu estava naquele momento era minha prioridade e por consequência ser ponte para a execução do objetivo que a escola traçou para aquele grupo, minha opção sempre foi a de assumir a responsabilidade da cadeira que eu pedi para sentar.

#4 O aprendizado é contínuo

              A comunicação e os acordos precisam ser claros para que o foco seja mantido e todo sistema necessita de feedback imediato gerando reflexão e possibilidade de aprendizado continuo. A partir desta estrutura os ajustes podem ocorrer de forma congruente e a jornada segue respeitando as leis sistêmicas.

Esses quatro pontos foram muito trabalhados naquele momento e até hoje servem como exemplo em todas as esferas da minha jornada pessoal. Acredito que precisamos ser gratos por cada situação que vivenciamos e realizar o exercício de procurar a lição aprendida, desta forma evoluímos e abastecemos a nossa caixinha de ferramentas para que em situações que nos tragam desafios e/ou sensações parecidas tenhamos condições de escolher conscientemente a melhor decisão e gerar cada vez mais novos aprendizados e contribuições com o sistema que estamos inseridos

E para você, quais aprendizados suas experiências lhe trouxeram? Bora bater um papo?

Abrações,

Bruna Miguel


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