Ação e políticas públicas
Hoje, peço ação!! Apesar da educação se tornar a principal causa de estudo e tendências, no Brasil, há mais de uma década, a situação permanece inalterado.
A falta de desenvolvimento da aprendizagem é devastadora para todas as pessoas, mas no brasil a criança tem sofrido o Impacto da não alfabetização e esta atinge particularmente com muita força o desenvolvimento neurobiológico da fase de alfabetização por ausência de políticas públicas direcionadas, sistematizados, implementadas e avaliadas.
A Lei 14254/21, de 30 de novembro de 2021, é novíssima, e dispõe sobre o acompanhamento integral para educandos com Dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro Transtorno de Aprendizagem DA. Para que o indivíduo tenha acesso aos benefícios da lei você tem que procurar o órgão público da sua cidade responsável pela educação/saúde e entender como o município irá ofertar os planos de acompanhamento integral às dificuldades de aprendizagem. Nesse caso da lei que obriga estados e municípios a adotarem políticas que abracem o melhor caminho de desenvolvimento para os indivíduos com transtorno, precisa de uma comunidade engajada, unida na luta humanizada e inclusiva.
Coloco todo sistema educacional em ação, seja do nível infantil, fundamental, médio, técnico, superior, pública e particular a unir forças para alavancar uma lei que demorou dez anos para ser aprovada, agora precisamos que seja forte de ideias e práticas para recuperar o tempo perdido. Esse mundo do ensino inclusivo e inovador pede ação.
Que, cada escola contemple em seu projeto de inclusão um programa de escuta e também de informação para famílias que necessitem do benefício da lei 14254/21, e claro ações concretas que levem seus municípios cada vez mais ampliarem alcances embasados em políticas multidisciplinares.
O médico responsável por laudos embasados no novo DSM 5 traz os transtornos em Saúde Mental e direciona a família buscar ajuda de outros profissionais como o fonoaudiólogo, que pode avaliar com precisão Transtorno do processamento auditivo central, psicomotricista a intervir no desenvolvimento motor do neurodesenvolvimento, o neuropsicológo a parte comportamental , neuropsicopedagogo irá trabalhar a parte cognitiva educacional, olhando o desenvolvimento neurobiológico dos processos mentais fundamentados na neurociência aplicada a educação como o cérebro do indivíduo aprende, as funções executivas e conativas da parte cognitiva da psicologia e as estratégias de aprendizagem baseado nos fundamentos da pedagogia. Trouxe aqui, um bom exemplo de desenvolvimento neuropsicopedagógico a Dislexia.
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A recomendação, além dos déficits fonêmicos, estudos vêm apontando alterações no processamento temporal na condição diagnóstica do Transtorno Específico de Aprendizagem com prejuízo em leitura e escrita – popularmente conhecido como dislexia. Nesta perspectiva, a consciência fonológica não seria o único ponto de partida para a compreensão do transtorno e a base da sua intervenção.
Um estudo realizado por Cantiani e colaboradores (2009), mostrou que crianças disléxicas teriam prejuízos importantes em tarefas de processamento temporal, mesmo usando estímulos não linguísticos; ao processar sons rápidos e curtos e em memória sequencial.
Uma criança que ouve ou pensa na sílaba “CRI” e escreve “CIR”, pode ter a consciência dos três fonemas envolvidos, mas não apresentar capacidade para sequenciá-los na ordem em que os mesmos aparecem na sílaba, impactando diretamente na fluência de leitura e na sua produção da escrita.
A boa notícia é que os avanços neurocientíficos envolvendo a aprendizagem vem possibilitando uma abordagem singular e clínica para a alfabetização da criança disléxica, abrindo novas possibilidades de resultado e eficiência em menor tempo e com menor sobrecarga para a criança, acionando circuitos ampliados do seu processamento.
Fonte: Perception of non-verbal auditory stimuli in Italian dyslexic children. Developmental Neuropsychology (2009)..
Não afirmo ter todas as respostas, e agora quero trabalhar com outros profissionais organizações, incluindo de pesquisa. Descubra como você pode apoiar pesquisas e ajudar a aumentar a conscientização. Sou Silvana Pozzobon, referência em Avaliação do Perfil Cognitivo e Educabilidade das Funções Executivas.