ABA: A "OAB Americana" define diretrizes do uso de Inteligência Artificial na advocacia

ABA: A "OAB Americana" define diretrizes do uso de Inteligência Artificial na advocacia

Introdução

A American Bar Association (ABA) é uma instituição fundamental no cenário jurídico dos Estados Unidos. Muitos a comparam à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), devido ao seu papel central na regulamentação e desenvolvimento da profissão jurídica. Neste artigo, exploraremos a ABA, sua história e sua recente orientação sobre o uso de Inteligência Artificial Generativa (IAG) no direito.

O que é a ABA?

Fundada em 1878, a American Bar Association é a maior organização voluntária de profissionais do direito nos Estados Unidos. Embora não seja uma entidade governamental, a ABA desempenha um papel crucial na definição de padrões éticos, na acreditação de faculdades de direito e na promoção da excelência na prática jurídica.

ABA vs. OAB: Semelhanças e Diferenças

Assim como a OAB no Brasil, a ABA é reconhecida como a voz da profissão jurídica nos EUA. No entanto, existem diferenças significativas:

  1. Filiação: A associação à ABA é voluntária, enquanto a inscrição na OAB é obrigatória para advogar no Brasil.
  2. Regulamentação: A ABA não tem poder direto de regulamentação, mas suas recomendações são amplamente adotadas pelos estados americanos.
  3. Exame: A ABA não administra um exame nacional como a OAB, mas influencia o conteúdo dos exames estaduais.

O Papel da ABA na Era Digital

Recentemente, a ABA deu um passo importante ao abordar o uso de Inteligência Artificial Generativa na prática jurídica. Em 29 de julho de 2024, lançou a Opinião Formal 512, fornecendo orientações éticas sobre o uso de ferramentas de IAG no direito.

Principais Pontos da Opinião Formal 512

  1. Competência: Advogados devem entender as capacidades e limitações das ferramentas de IAG que utilizam.
  2. Confidencialidade: É crucial avaliar os riscos de divulgação de informações ao usar IAG.
  3. Comunicação: Em certas circunstâncias, os advogados devem informar os clientes sobre o uso de IAG.
  4. Supervisão: Escritórios de advocacia devem estabelecer políticas claras sobre o uso de IAG.
  5. Honorários: O uso de IAG pode afetar a forma como os serviços jurídicos são cobrados.


Conclusão

A ABA continua sendo uma força motriz na evolução da prática jurídica nos Estados Unidos. Sua recente orientação sobre IAG demonstra seu compromisso em manter a profissão atualizada e eticamente responsável diante das mudanças tecnológicas.



E você, o que pensa sobre o papel de organizações como a ABA e a OAB na era da Inteligência Artificial? Como acredita que essas entidades podem melhor preparar os profissionais do direito para os desafios tecnológicos? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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Januário Caffaro

Advogado Empresarial, Industrial, Marítimo e Portuário, Conselho Deliberativo e Administrativo, Consultor (ESG), Relações Públicas, Inteligência Artificial, Comunicação Assertiva.

5 m

Muito bom! Para AI ser verdadeira na OAB, precisamos tornar nossa casa mais profissional e apolítica na sua essência, usando a política em prol da sociedade por um todo, nunca como promoção pessoal de alguns dirigentes.

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