Absolvam os "Chatos"
Todo mundo já ouviu falar em Walt Disney, o animador, dublador e produtor cinematográfico, o gênio criador da The Walt Disney Company, mas, e Roy Disney, você já havia ouvido falar?
Roy Disney foi o irmão mais velho de Walt Disney. Criados por um pai severo e religioso, as manifestações artísticas eram proibidas em casa, Roy foi o irmão que acreditou e apoiou Walt desde a infância.
Roy Disney, foi cofundador da Walt Disney Company, Sim, Walt era um gênio criativo e, graças às suas ideias e imaginação, o nome Disney conquistou todo o prestígio que carrega até hoje. No entanto, justamente por possuir ideias ambiciosas é que precisava de alguém de igual competência financeira. Walt nunca foi um bom administrador, Roy estava no comando das finanças, era ele quem ia atrás dos bancos, buscava investidores, negociava contratos e impunha limites ao irmão, fazendo a empresa ter dinheiro suficiente.
E por que ninguém se lembra dele?
Resposta simples, porque ele não era o gênio criativo, era ele quem fazia o “trabalho chato” aquele trabalho, pouco enaltecido e sempre atrás dos holofotes, mas que, sem ele, nada seria possível.
É mais empolgante contar histórias de sonhos, em que um único idealizador fez tudo sozinho, É muito melhor ser o cara das ideias e muito menos atrativo ser o cara que controla, que planeja e diz que não.
O que não pode ser ignorado é que, por trás de cada história de sucesso, há o “trabalho chato” e igualmente importante, feito pelos “chatos” que são mais incompreendidos e a quem eu quero enaltecer com esse texto.
Ah, os “chatos” esses injustiçados, são eles que estabelecem padrões, que cobram prazos, são eles que mantém as engrenagens funcionando e como pagam caro por isso...
O Financeiro que não libera a compra que você quer, pois, precisamos manter o Budget, O Depto. De Qualidade que não aprova a remessa do lote de peças que não estava de acordo com as especificações e nem dentro do limite de tolerância, Os técnicos de segurança do trabalho que exigem a utilização dos EPIs, Todos os que realizam um trabalho que contribui para o resultado de forma tão necessária e não glamourizada,
É tão mais fácil sorrir, concordar, assentir, mas, ao “chato” nem sempre cabe esse papel.
É ele que tem que dizer não, dizer não e carregar o estigma, pois, convenhamos, é preciso certa dose de coragem para ser “chato”. Você vai reclamar dele e depois chama-lo para resolver os problemas, pois ninguém é mais capacitado para resolver um problema do que um “chato”.
São eles, os “chatos” que estão checando as luzes, afinando os instrumentos e observando atentamente nos bastidores, acompanhando humildemente cada apresentação que tornaram possível.