Adaptabilidade é o novo normal

Quantas vezes você precisou se adaptar a situações que a vida lhe impôs inesperadamente? Sem dúvidas todos nós já tivemos que desenvolver a tão famosa resiliência. Mas estamos prontos, de fato, para mudar conceitos, percepções e mindset?

Recentemente, ao ler um artigo que dizia que o ato de se adaptar está intrinsicamente relacionado a toda a bagagem de vivências que construímos, refleti que nem sempre estaremos prontos para mudar, mas que sim, temos que estar preparados para nos reinventar diante das situações. Seja para qual desafio for.

 É certo que o convite à mudança nunca será como um lago raso, calmo e constante. Ele sempre virá a partir de cenários, muitas vezes, inusitados, diferentes ou simplesmente inéditos. Afinal, nunca uma onda no mar é igual a outra.

A pandemia, por exemplo, nos obrigou a olhar a nossa casa de uma outra forma. O trabalho on-line, hoje, convive com a escola dos filhos, os deveres de casa e os medos do nosso consciente e subconsciente. Mudamos. Tivemos que mudar. E ninguém nos avisou.

 Acredito que para perceber e avaliar o seu nível de adaptabilidade como pessoa e profissional, basta colocar-se, mesmo que hipoteticamente, em situações inusitadas, que estimulem um novo pensamento crítico. Isso é ser estratégico. Sim, sair da zona de conforto e questionar situações já estruturadas é essencial para recriarmos realidades. É dai que vem a inovação, da ruptura do status-quo.

 É nesse lugar que está o conceito de neuroplasticidade, que é a habilidade de reagir à complexidade do mundo, destruir pré-conceitos, reconstruir abordagens e criar um novo serviço, produto ou qualquer coisa que seja para o bem das pessoas. Como disse o futurista Alvin Toffler, "os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não podem aprender, desaprender e reaprender”. Ou seja, mais do que nunca aprender e adaptar são os verbos da vez.

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