Alerta vermelho para a violência contra a mulher!
Tanto no espaço público, quanto na vida privada, enfrentamos a banalização e o silêncio diante da violência contra a mulher.
O Brasil ocupa hoje a 5ª colocação no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
A lei 13.104, mais conhecida como Lei do Feminicídio, considera crime hediondo, ou seja, o Estado entende como um crime grave e cruel. A lei tipifica de um crime de discriminação, de preconceito e menosprezo da condição feminina.
A violência contra a mulher é um conceito para definir diferentes tipos de violência sofridos por mulheres porque são mulheres (violência de gênero), o que inclui desde assédio moral até homicídio.
Independentemente de a violência ser moral, física, psicológica, sexual e patrimonial, todas as formas de agressão são complexas, perversas, não ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. Qualquer uma delas constitui ato de violação dos direitos humanos e deve ser denunciada.
Estes atos bárbaros de violência, resultantes do machismo e da cultura patriarcal, ocorrem, principalmente, por conta de uma visão distorcida do homem em relação à mulher e a posição que ela ocupa na sociedade.
“A mulher também é vítima de uma cultura que a impediu e ainda a impede de ocupar os lugares que ela quer na sociedade: lugares políticos, do trabalho, espaços de liderança etc. Esses atos são violentos, mas, de tão comuns e antigos, são naturalizados.”
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o impacto da violência na saúde e no bem estar da mulher podem ser depressão, estresse pós-traumático, ansiedade, suicídios, dentre outros.
Em muitos casos, por negligencia das autoridades policiais e judiciárias, o agressor chega a assassinar a sua vítima quando nenhuma medida punitiva severa e rigorosa é tomada contra ele.
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Em setembro de 2006 a lei 11.340/06 finalmente entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menor potencial ofensivo. A lei também acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, engloba, além da violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral.
Entre as estratégias para prevenir e combater a violência contra a mulher, o Estado, as organizações e a sociedade, precisam imediatamente colocar o tema em evidência, mantendo o debate sobre os holofotes, investir maciçamente no empoderamento econômico da mulher e à formação em igualdade de gênero.
Para propiciar uma mudança duradoura, é importante promulgar leis e formular políticas que apoiem as mulheres, promovendo campanhas, debates, seminários, palestras, entre outras atividades, para conscientizar a população sobre a importância do combate ao feminicídio e demais formas de violência contra a mulher.
Devemos agir agora, cuidar do que ainda temos, seguindo em frente, com a decisão de que nosso tempo no mundo deixe as coisas melhores do que as encontramos.
Só a nossa decisão firme e contínua de lutar para combater e erradicar a violência fará o mundo um pouco melhor. E você também!
A força não é dos músculos, é do caráter!
Basta!!! Não se cale, denuncie!
Sigamos observando, aprendendo, refletindo e fazendo a nossa parte!
Forte abraço.
Doutoranda e Mestra em Letras pela UFES | Professora e Pesquisadora no IFES - Instituto Federal do Espírito Santo
2 aPauta mais que urgente. ⚠️ “A força não é dos músculos, é do caráter!”
Cientista, Docente nas Faculdades de Enfermagem e Medicina - Enfermeira, Doutora em Ciências da Saúde e em Ciências da Religião.
2 aUma em cada 4 mulheres sofreu ou sofre violência doméstica. Um olhar triste, um cansaço que não passa, constantes adoecimentos, nunca sorri ou ao contrário, está sempre com uma alegria exagerada, para disfarçar a dor da alma, falta de tempo para cuidar de si, medo de errar, pavor de ser julgada como "fraca" pelos colegas de trabalho ou familiares. Olhe para as mulheres que trabalham com você e verá que algumas delas sofrem em silêncio. Formar grupos de apoio é importante, mas apoiar e orientar essas mulheres é mais eficaz.