Alguém ainda acha que saúde mental é frescura?
Precisamos seguir o trabalho contra a naturalização deste e de outros estigmas
No começo deste mês de setembro, publiquei em meu LinkedIn uma enquete para saber se, entre quatro afirmações equivocadas e carregadas de estigmas sobre saúde mental, minha conexões já haviam ouvido alguma delas. Vamos aos resultados...
Não houve alternativa sem voto. A opção mais votada foi “depressão é frescura” (63%), seguida de “psicoterapia é para loucos” (16%), “doente mental é perigoso” (12%) e “pessoa deprimida é incapaz” (9%).
Podemos definir estigma como uma marca que exclui uma pessoa das demais e que diminui seu valor no grupo social ao qual pertence. Também se refere a atitudes e comportamentos negativos e preconceituosos. Quis aproveitar a campanha Setembro Amarelo para trazer este alerta a partir das interações de minha própria rede no LinkedIn.
Os resultados dessa avaliação bastante simples apenas reforçam que os pacientes que já convivem com alguma questão de saúde mental precisam, muitas vezes, lidar também com o medo e a exclusão social – além do fato de que comportamentos estigmatizantes atrapalham ainda mais a busca por ajuda.
Estigmatização também afeta os profissionais
De acordo com uma pesquisa publicada na Revista de Saúde Coletiva, o estigma sobre transtorno mental se estende para as instituições de assistência e para quem trabalha nesta área. Os profissionais que lidam com o público em questão sofrem descrédito, diante de uma visão depreciativa dos serviços que realizam.
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Entretanto, o mesmo levantamento também menciona que a relação estabelecida com os serviços de saúde mental, “orientados para o empoderamento e o incentivo à participação dos sujeitos, acaba por fomentar também processos de resistência às discriminações”. Um bom exemplo nesse sentido são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que revelam um alto potencial de transformação da vida das pessoas, com incentivo a suas práticas de cuidado.
Cabe fazer uma ponderação: falo, aqui, de maneira mais abrangente sobre saúde mental, o que inclui a neurodiversidade. Aliás, segundo pesquisa divulgada na revista Exame, preconceito e falta de reconhecimento são os maiores desafios enfrentados por pessoas neurodivergentes, como aquelas que estão no Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou as que têm Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Você, provavelmente, já ouviu dizer que estas condições são “frescura” ou que “agora virou moda” sofrer delas – são só mais alguns exemplos dos absurdos reproduzidos por aí. Diante do meu papel como gestor de saúde, fiquei pensando sobre como, afinal, combater o olhar estigmatizante.
A Organização Pan-Americana de Saúde orienta a seguir os seguintes passos: protesto, educação, contato e reforma.
É um trabalho multifacetado, mas que tende a gerar ótimos frutos. E você? Como tem cuidado de sua saúde mental, bem como das pessoas que te cercam?
#SetembroAmarelo #SaúdeMental #Preconceito #Estigmas
REAL ESTATE BROKER
3 mConcordo
Formada em Técnica de Enfermagem
3 mMuito informativo❤️
MÉDICA DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL SAPS/MS
3 mMuito útil
Founder e CEO da EquoSorriso Equoterapia/ Organizadora de Exposições de Cavalos | Câmara e Comércio Brasil Luxemburgo CcBraLux- SC
3 mE o que o Dr acha de prevenir e até mesmo no diagnóstico de Ansiedade, depressão e Burnout utilizar o andar do cavalo para ativar estes neurotransmissores?! Lhe convido para conhecer a nossa terapia assistidas cm cavalos EquoSorriso Equoterapia e Equitação Lúdica Lhe aguardo Dr. Abraços Sidney Klajner
Consultor de NQSP
3 mMuito informativo, Manter uma boa saúde mental é fundamental para o equilíbrio em várias áreas da vida, como no trabalho, nas relações interpessoais e na realização pessoal. Questões como ansiedade, depressão, estresse e outros transtornos mentais podem impactar significativamente a qualidade de vida, e por isso é importante cuidar dela de maneira preventiva e tratar os problemas quando eles surgem.