Wearables na saúde: cada vez mais populares e promissores
Um artigo recente da revista Nature Portfolio abordou a importância dos wearables para a democratização da saúde preventiva, uma vez que o acesso de um número cada vez maior de pessoas a estes “dispositivos vestíveis”, materializados em formatos de relógios, pulseiras e anéis, contribui para a popularização do monitoramento de diferentes funcionalidades do organismo. A relação é a seguinte: uma vez que indicadores fisiológicos relevantes são colocados à disposição para uma análise clínica, promove-se uma maior adesão de rotinas voltadas à prevenção. Tais dispositivos não-invasivos são capazes de medir marcadores fisiológicos importantes, como a pressão arterial e a oxigenação sanguínea.
Outra análise que reforça essa tendência foi divulgada pela ABINC - Associação Brasileira de Internet das Coisas , que mostrou que, além do monitoramento, dispositivos wearables também facilitam a administração de medicamentos. O mercado de IoT relacionado à área da saúde, inclusive, tem um crescimento estimado de 60% em um período de cinco anos, de acordo com um relatório do Mordor Intelligence .
Os estudos atestam a potência desses dispositivos para uso em grande escala. Isso se deve ao fato de, além de interagirem fisicamente com um único paciente, conectarem virtualmente o indivíduo a sua família, cuidadores e prestadores de serviço. A ideia, portanto, é que os wearables possam monitorar os pacientes de forma contínua e abrangente.
Um exemplo é o sistema de sensor vestível sem fio, capaz de analisar sinais vitais em UTIs. Desenvolvido por integrantes do Querrey-Simpson Institute of Bioelectronics da Northwestern University , em parceria com a empresa Sibel Health , ele foi implantado em unidades neonatais para reduzir as taxas de mortalidade de recém-nascidos. Outro é a sonda sem fio fabricada pela companhia indiana InnAccel , que, com conectividade remota e recursos de streaming, mede os sinais vitais e a frequência cardíaca do feto.
A conclusão dos pesquisadores é que, embora as experiências clínicas estejam em estágio inicial, as tecnologias vestíveis já demonstraram ser promissoras por permitirem a superação de barreiras históricas de distribuição global.
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Setor carece de regulamentações
Sob a ótica da regulamentação, em fevereiro deste ano, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, emitiu um alerta sobre o risco de usar relógios e anéis inteligentes para verificar os níveis de glicose no sangue sem perfurar a pele. Na ocasião, o órgão afirmou que não havia autorizado ou aprovado nenhum smartwatch ou smart ring para essa função.
No Brasil, a autorização para operar depende da funcionalidade do dispositivo. Já existem relógios regulamentados com funções como aferição de pressão arterial, notificação de ritmo cardíaco irregular e até mesmo eletrocardiograma. Além disso, aparelhos que indicam a frequência cardíaca e respiratória não precisam de aprovação da ANVISA . Um estudo da Cisco AppDynamics mostrou que 89% das pessoas entrevistadas querem usar novas tecnologias, incluindo wearables, para gerenciar condições de saúde, e que 33% dos brasileiros atualmente usam pelo menos um dispositivo vestível.
Todos esses dados me levam a pensar no seguinte cenário: se, por um lado, a experiência clínica com wearables ainda requer tempo para trazer evidências sólidas de sua eficácia, por outro, entre os consumidores, essas ferramentas já fazem parte da rotina de autocuidado e avaliação da saúde.
#Tecnologia #Wearables #RevoluçãoTecnológica #Medicina #Saúde
Coordenadora de Fisioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein MBA Executivo em Gestão de Saúde.
4 mÉ e será grande aliado para população idosa!
Médico Patologista Clínico na HEMOES
4 m👏👏👍👍❤️❤️
Gestão em Saúde Corporativa | Autogestão por RH | #≠ | #SaudeNaoPodeFicarParaDepois
4 mÉ incrível observar como os wearables estão transformando a forma como monitoramos nossa saúde no dia a dia. Com o avanço dessa tecnologia, o potencial de impacto na saúde preventiva e no acompanhamento de pacientes, inclusive em ambientes críticos como UTIs, é imenso. Acredito que ainda veremos muitas inovações e melhorias em qualidade de vida graças a esses dispositivos. Estou ansioso para ler o seu artigo e explorar mais sobre o tema!
Diretor Executivo | Diretor Hospitalar | Gestão Estratégia | Transformação Corporativa | Relações Institucionais
4 mA convergência entre sensores, semicondutores, conectividade e armazenamento de informações em bancos de dados em nuvem, principalmente nas opções de interoperabilidade e complementação entre plataformas, traz oportunidades terapêuticas que iniciam pelo monitoramento de padrões de comportamento e acesso automatizado a parâmetros corporais, mas que podem complementar recursos de adesão a tratamentos, identificar anomalias, e promover intervenções em tempo real. Somos privilegiados por ver a popularização e capilaridade de tecnologias até então presentes apenas nas telas de cinema. Bom convite ao pensar Sidney Klajner!