“Ama o teu próximo como a ti mesmo” - Mensagem de final de ano
“Ama o teu próximo como a ti mesmo”, a base da regra de ouro, a ética da reciprocidade, o versículo mais importante do velho testamento – a ponto de dois dos rabinos mais conhecidos de nossa história, Hillel e Akiva, considerarem esta a lei mais significativa do Judaísmo.
Com tamanha ênfase na centralidade do amor ao próximo, parece óbvio que o amor entre as pessoas sempre teria sido uma das partes mais praticadas por todas as religiões. Mas não tem sido assim.
Fato é que adotamos determinadas regras e padrões para nossas vidas e julgamos o próximo de acordo com essas referências. Quem somos nós para julgar o próximo? Que referências são essas a ponto de ganhar status tão absoluto?
Defendo, partindo da religião, passando pela filosofia e pela política, que deva existir uma recusa nesta separação imposta pela adoção dos tais padrões de referência, e que isto fosse substituído por uma busca de convergência entre aqueles que pensam diferente, numa aceitação plena onde a cultura e a diversidade não se apresentassem como um jargão de cunho corporativo. Temos de fazer mais!
No meu caso, permito questionar quais as diferenças que posso ter em relação a outros brasileiros, em relação aos outros judeus, em relação a outros profissionais de saúde – posto que todos nós, partindo da unicidade de princípios, queremos o melhor naquilo que fazemos, muito embora possamos ter táticas e caminhos diferentes. E se essas bases são colocadas de forma honesta, fato é que não somos tão diferentes.
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Há mais de um ano e meio estamos lutando contra um inimigo universal, um vírus. Este vírus não poupou ninguém, e por mais que eu reconheça as diferenças dentro dos padrões genéticos que hoje se manifestam através da medicina personalizada, nem isso é o suficiente para mostrar diferenças entre nós na relação com esse inimigo. É possível que consigamos tirar deste cenário de pandemia alguma lição que possa nos aproximar na luta contra a intolerância? Eu acredito que sim. Mas, para que isso aconteça, entendo como sendo fundamental que as pessoas se desprendam do mundo terreno e das condições materiais, abandonem o sentido do imediatismo deixando o compensatório em favor do estruturante. E que sejam capazes de mudar padrões de relacionamento e de fato passem a amar o próximo como a ti mesmo.
Em estando a sociedade polarizada, o ano de 2022, para nós brasileiros, será ainda pior. As tensões impostas pelo calendário político, num mundo de comunicação digital com tanta velocidade e com tanta falta de identidade na origem e na qualidade da informação, preocupam e muito. O risco da intolerância é muito grande e os extremismos podem tomar espaço significativo através da violência fruto da falta de aceitação. Amar o próximo como a ti mesmo, o próximo com suas diferenças.
Quem sabe por isso, nesta minha mensagem deste final de ano, expresso que sejamos capazes não só de entender o contexto do amor ao próximo como algo fundamental, mas que isso ganhe dentro da diversidade opinativa um significado de maior tolerância. A diversidade, a divergência, a discórdia são riquezas cuja percepção depende da tolerância. A tolerância, quando apoiada no amor ao próximo, se traduz numa riqueza que pode nos fazer ainda melhores.
Que tenhamos um 2022 repleto de tolerância, amor ao próximo, respeito e convergências. Feliz ano novo!
👏👏👏
Manager Corporate Sales na Grand Brasil
3 aDr Claudio Feliz 2022!!! Muita Saude , Paz e Felicidade... Forte Abraço.
MARKA | Data Scientist | Speaker | Professor | Mentor | Math Modeling of Consumption Behavior | Generalist
3 aNice
GASTROENTEROLOGIA NA UNIRIO.
3 a"Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo" acredito ser a síntese da saúde física e mental , equilibrio, alegrias......, precisamos praticar.
Diretor Secretário Nacional da Sociedade Brasileira de Reprodução (SBRA). Ex-Presidente da SBRA. Professor Adjunto na PUC Minas. Presidente da Fundação Hospital São Francisco de Assis (2018-2022).
3 aExcelente!