Ambidestria Organizacional: O Papel do Conselho em Equilibrar Eficiência e Inovação no Contexto Atual
O atual ambiente corporativo exige mais do que uma estratégia sólida; ele demanda uma capacidade única de equilibrar forças opostas, como eficiência operacional e inovação disruptiva. Esse equilíbrio, conhecido como ambidestria organizacional, permite que empresas prosperem no presente sem sacrificar o futuro. Mas como um Conselho Estratégico pode auxiliar líderes a navegarem nessa dualidade?
Nos artigos anteriores, exploramos o papel transformador do Conselho na superação de desafios críticos como a solidão no topo e a transição de uma cultura centrada em personalidade para uma cultura corporativa sólida. Hoje, vamos mergulhar mais fundo no conceito de ambidestria, examinando como Conselhos Estratégicos podem ser arquitetos desse equilíbrio essencial.
O Desafio da Ambidestria
Ambidestria refere-se à capacidade de uma organização em explorar novas oportunidades (inovação) enquanto aproveita ao máximo suas capacidades existentes (eficiência). Empresas que não conseguem equilibrar essas duas vertentes correm o risco de se tornarem irrelevantes: se focarem apenas na inovação, podem se desviar do core business; se se fixarem apenas na eficiência, podem ficar presas em um modelo de negócios ultrapassado.
O papel do Conselho Estratégico é crucial para garantir que essa balança não penda demais para nenhum dos lados. Os conselheiros, com sua visão externa e imparcial, podem fornecer uma perspectiva holística, permitindo decisões mais equilibradas entre a manutenção de operações estáveis e o estímulo à inovação.
Exemplos Práticos de Empresas Ambidestras
Um exemplo marcante de empresa ambidestra é a Femsa, como mencionamos em nossos estudos sobre dinastias empresariais. A empresa, uma das maiores engarrafadoras de Coca-Cola do mundo, conseguiu diversificar seus negócios, explorando novos mercados e, ao mesmo tempo, otimizando suas operações. Essa dualidade foi possível graças à atuação de um conselho estratégico que manteve o foco tanto na eficiência quanto na exploração de novas oportunidades.
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Outro exemplo relevante vem do campo da governança em complexidade, como discutido no relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente. Empresas que operam sob alta incerteza e múltiplas crises interligadas, como as vistas durante a pandemia e a crise energética, são obrigadas a adotar um modelo ambidestro para sobreviver e prosperar. Esses exemplos ilustram a importância de um conselho preparado para lidar com a complexidade e volatilidade.
O Papel do Conselho na Ambidestria
O Conselho Estratégico pode promover a ambidestria em três principais frentes:
O Futuro das Organizações Ambidestras
A ambidestria não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma ferramenta para a prosperidade e longevidade. O Conselho Estratégico deve liderar essa jornada, garantindo que a organização equilibre eficiência e inovação de maneira contínua.
No próximo artigo, vamos explorar como os Conselhos Estratégicos podem ser fundamentais para acelerar a transformação digital sem comprometer a eficiência operacional. Afinal, a digitalização é a próxima fronteira para empresas que desejam não apenas sobreviver, mas prosperar.