Ansiedade de Separação

Ansiedade de Separação

Na sequência do arranque do novo ano letivo, as palavras ansiedade de separação são frequentemente ouvidas e é algo que os pais irão certamente reconhecer.

 As despedidas dramáticas e a angústia no portão da escola, nos primeiros dias e até semanas do regresso à escola, exemplificam a ansiedade que ocorre aquando da separação das figuras às quais a criança está apegada.  

Algum grau de ansiedade de separação é normativo e faz parte do desenvolvimento na infância, sendo até comum em crianças mais pequenas. O medo excessivo e a preocupação desadequada que surgem na separação é que devem merecer a atenção dos pais e professores.  

Algumas crianças desenvolvem sintomas físicos como dores de cabeça, ou dores de estômago, náuseas ou vómitos e, frequentemente surgem por antecipação da separação. O mal-estar manifesta-se também por comportamentos como evitamento ou resistência à separação, choro, berros e recusa em ir para a escola, implorando para que o adulto não vá embora. Quanto mais prolongada for a despedida mais desesperante se torna para a criança e para o adulto, tornando a separação ainda mais difícil.

 

Como é que nós, pais, podemos trabalhar a separação com a criança?

  •  Ouvir as preocupações e os sentimentos da criança, compreendendo-a e sendo empáticos com o significado que o momento de separação tem para a criança;
  • Servir de modelo para a criança, mostrando segurança e calma no momento da separação;
  • Relembrar à criança momentos de separação e de ansiedade similares, e como ela foi capaz de superar esses momentos;
  • Assegurar que os sintomas físicos que advêm da ansiedade são normativos e não significam um perigo ou ameaça real à integridade da criança;
  • Ensinar técnicas de relaxamento simples, retribuindo à criança a sensação de controlo sobre o seu corpo (exemplo: respiração, visualizar uma situação agradável e relaxante para a criança, pedir à criança que identifique 3 texturas diferentes no percurso até à escola – isto permite retirar o foco sobre a ansiedade);
  • Apoiar a criança e preparar o regresso à escola sempre que existir um período de pausa (fins-de semana e férias escolares), preparando com ela os momentos de separação;
  • Elogiar a criança e reforçar positivamente cada comportamento que revele esse esforço de lidar com a ansiedade e respetivos sintomas.

 Acreditamos que as dicas que deixámos convosco são importantes e esperamos que ajudem a tornar a transição entre as férias de Verão e o início do ano letivo, num recomeço mais agradável e sereno para crianças e pais.

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