Apetite por data centers

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Publicado em 27 de nov. de 2024

O notável crescimento do mercado de data centers no Brasil tem atraído grandes investidores internacionais. ODATA, Scala Data Centers e Ascenty são três das maiores empresas do setor no país, e contam atualmente com aportes de fundos estrangeiros.

Em novo relatório do GRI Club, líderes que atuam com data centers apontam que o capital intensivo necessário para o desenvolvimento dos ativos restringe a entrada de players locais e até afasta empresas "mais tradicionais" do mercado imobiliário.

No entanto, a perspectiva é de que isso possa ser solucionado conforme houver um maior entendimento dos investidores imobiliários institucionais em relação à dinâmica dos custos e da rentabilidade do setor.

🎙️ "Embora o mercado de data centers exija altos investimentos, a resiliência e os contratos de longo prazo fazem dele uma oportunidade única para os investidores”, pondera o líder da área de real estate de uma gestora relevante no Brasil.

O relatório também aborda temas-chave para maior compreensão do setor, incluindo estratégias para atender à crescente demanda pulverizada de ocupantes e os principais desafios relacionados à energia.

👉 Leia o relatório completo aqui.

Eles estão de volta

Em tempos de escassez de recursos na poupança, a Caixa Econômica Federal resgatou os "Poupançudos" — seus icônicos mascotes — para incentivar a abertura de cadernetas de poupança, especialmente entre crianças e adolescentes.

🔹 Apesar de criativa, a estratégia dificilmente será suficiente para atrair o volume necessário de recursos, especialmente para atender à alta demanda do mercado imobiliário.

Para contornar os desafios, a instituição está ajustando as condições de concessão de crédito em busca de manter o ritmo de financiamentos imobiliários em 2025, mesmo diante de restrições mais amplas no sistema.

Medidas incluem também a prorrogação no prazo de vencimento das avaliações de uma longa lista de espera, permitindo que os contratos sejam concluídos até fevereiro ou março de 2025.

Enquanto isso, também há uma expectativa por definições do Banco Central acerca de alternativas. Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino, novas fontes estão em discussão em meio a debates com a indústria.

A liberação dos recursos retidos nos compulsórios, uma estratégia defendida pela Caixa, também está em pauta, mas Aquino sinaliza que não houve avanços nesse sentido.

A ideia da instituição é que o recolhimento compulsório passe a ser de 15% (atualmente em 20%). Segundo a vice-presidente de Habitação, Inês Magalhães, a liberação de uma parcela de 5% dos recursos já poderia injetar cerca de R$20 bilhões na capacidade de financiamento do banco.

A aposta da Brookfield

Falando em grandes investidores estrangeiros, a Brookfield consolidou ainda mais sua posição no Brasil, alcançando a marca de R$200 bilhões em ativos sob gestão no país.

🔹 No mercado imobiliário, essa fatia corresponde a R$26 bilhões, enquanto outras áreas lideram: infraestrutura com R$92 bilhões, private equity com R$50 bilhões e energia renovável com R$32 bilhões.