Aprendendo a envelhecer

Aprendendo a envelhecer

Não há dúvida de que o envelhecimento tem um impacto e muda a todos. Mas a grande dúvida é se essas mudanças são boas ou ruins, principalmente no aspecto profissional.

Por exemplo, de uma perspectiva positiva, pode-se dizer que a força física da juventude se transforma em força de caráter na velhice; a vivacidade funcional dos jovens transforma-se em sabedoria sobre a vida; e a beleza da aparência exterior muda para a beleza da tranquilidade interior. Por outro lado, de uma perspectiva negativa, pode-se dizer que a força da juventude se perde na redução do vigor físico; a vivacidade é esquecida por uma memória mais fraca

A vida na velhice pode ser gratificante ou deprimente, dependendo de qual dessas duas perspectivas uma pessoa aprendeu a adotar.

O grande problema é que não aprendemos a envelhecer.

Não é de admirar, portanto, que nas sociedades capitalistas, informatizadas e voltadas para o consumo, a maioria das pessoas se esforce ao máximo para evitar o envelhecimento. Mas a assumir a incapacidade dos idosos em uma sociedade não seria por causa das normas socioeconômicas e suposições errôneas impostas pela sociedade?

Tenho 76 anos, faço uma nova faculdade e apesar de algumas limitações impostas pela idade, levo uma vida normal. Mas... normal aos olhos de quem? De um atleta ou de uma pessoa que sabe aonde pode chegar? A experiencia me deu condições para ainda trabalhar, muitas vezes fazendo palestras e treinamentos fora do estado além de, estudar e ler a enormidade de livros que são indicados em um Curso de Filosofia, sem abdicar das atividades familiares. A idade me ensinou administrar meu tempo e programar minhas atividades, aprendi a traçar minhas metas e atingir objetivos, usufruindo das vantagens que a idade nos traz.

Tudo depende como você encara a velhice e como se preparou para ela.

Todos sabemos que atividades físicas, alimentação saudável, bom sono, apenas se preocupar com os problemas pessoais que surgirem e práticar meditação diariamente, favorece que tenhamos uma velhice mais tranquila e produtiva.

Aprender a pensar com a idade que temos ajuda muito. Sei que não tenho mais o vigor de um jovem de 30 anos e, sei também, que não posso me aborrecer por não poder viver dessa maneira, mas posso viver, e bem, estando alinhado com minhas capacidades atuais. É uma questão de escolha.

Se você não se preparou para a velhice, não se aflija. Comece agora!

Sempre é tempo para mudar, até para nós 50 Plus.

Samuel Andrade

Analista Patrimonial, Inventário, Gestão e Controle de Ativo Imobilizado

1 a

Sim, é verdade. Muitos de nós, somos pegos de surpresa, com a chegada da idade mais avançada, que talvez não tenha sido planejada e imaginada de como seria. Porém, quando chega, é preciso procurar meios e aprender a se adaptar à nova realidade. Como tudo na vida, há a parte positiva e também negativa, sendo que na primeira, o amadurecimento nos traz mais calma, paciência, tolerância, resistência para enfrentar o dia a dia, na convivência com diversos tipos de pessoas e situações. Por outro lado, a parte negativa, é que de tantas coisas que fizemos e experimentamos, sempre vem à tona, os pensamentos de que poderíamos ter feito melhor, ou que poderia ter feito de outro jeito, porém, sem remorsos ou arrependimentos, sabemos que a vida tem que seguir seu curso normal.

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