Aprender a aprender é ter empregabilidade futura

O futuro é daqueles que desenvolverem a capacidade de aprender a aprender, sem julgamentos.

As coisas estão tão incertas, o futuro mudando tão rápido e imprevisível, que só continuamente aprendendo que estaremos aptos ao que estar por vir.

Gosto desse gráfico sobre o tempo para o alcance de 1 milhão de pessoas de diferentes novos produtos. Mostra como estamos cada vez mais rápidos.

Além dessa disponibilidade de aprender sempre, é preciso colocar-se como curioso e tendo a humildade para reconhecer que não sabemos tudo. Essa vontade e muita curiosidade deve ser pela vida, para que seja ampla. É impressionante as possibilidades que o cruzamento de conhecimentos distintos nos trazem, mas que as vezes no momento presente seja difícil identificar as pontes. No entanto, depois conseguimos ver o impacto desses diferentes aprendizados.

Como por exemplo, no campo da sustentabilidade, as arquiteturas verdes, que nascem pela união da arquitetura, engenharia, sustentabilidade para termos empreendimentos mais eficientes em termos de energia e de menor impacto ao meio ambiente.

Ou a lendária história de Steve Jobs, que atribui a revolução do Macintosh, de ter um sistema operacional que suportasse diferentes fontes e a própria atenção aos detalhes do produto, com as aulas de caligrafia que teve no passado.

Ou ainda, no meu caso, que sou técnica em biotecnologia, depois me formei como psicóloga e que até hoje os conhecimentos de matemática, análise, pensamento crítico e pesquisa me ajudam no dia a dia. Mas que naquela época, nunca imaginaria que poderia usar dessa forma.

Para desenvolver essa habilidade, eu gosto muito dos conceitos que a Carol Dweck traz sobre mindset fixo e de crescimento. Pois, essas diferenças podem nos ajudar no dia a dia a conseguir desenvolver esse foco no crescimento, que tem relação com a competência de aprendizagem contínua. Como por exemplo, aceitar feedback e refletir sobre eles, entender o “eu não sei” como uma possibilidade de aprender. E por último, o que eu mais acredito, que sempre é possível aprender, qualquer coisa, você poderá ter mais ou menos esforço e dedicação. Mas é possível.

Isso me fez lembrar da época da federal de química, no ensino médio, nesse curso de biotecnologia que mencionei. Eu me considerava uma aluna ok. Não era fora da curva como alguns colegas meus. E comecei a ter problema com matemática. Porque você estudava MUITA matemática lá e pior impactava nos conhecimentos de física e química, que também tinham uma carga horária interminável.

Fui muito mal nessas matérias nas primeiras provas. Tão mal que achei que seria a primeira vez que iria repetir de ano. Era como se não fizesse sentido pra mim aquelas matérias. Estava tão mal que meus pais me colocaram numa professora de matemática. A primeira coisa que ela me disse foi: você só precisa fazer exercício, muitos, uma hora você vai ter o click e tudo ficará mais fácil.

Eu estava cética, mas não tinha outra alternativa a não ser tentar. Eu ia para lá umas 2 vezes por semana e fazia uma lista interminável de exercícios, revisando os erros, tirando dúvidas, mas principalmente: PRATICANDO.

E a Ecy sabia das coisas. Não é que uma hora eu comecei a entender? Eu comecei a acertar todos os exercícios, mesmo aqueles com pegadinhas. E eu de fato aprendi! Fui bem nas provas finais e passei, UFA!

Desde esse episódio e vendo outras pessoas que passaram por esse momento do “eu não sei”, “eu não vou conseguir”, “eu vou desistir”, para “comecei a entender”, “não vou desistir” e o almejado “aprendi”!

Não desista! Pratique muito!

E quando der medo, vai com medo mesmo!

O livro da Carol Dweck se chama Mindset.

#transiçãodecarreira #carreira #MudançaDeCarreira #mudança #rh #novosdesafios #reskilling #requalificação