Aprendizagem colaborativa: como implementar em sua escola
Há diversas tendências em alta no setor de educação. Uma delas é a de se trabalhar a aprendizagem colaborativa.
Resumidamente, trata-se de uma metodologia de ensino por meio da qual os alunos aprendem e contribuem com o aprendizado de seus colegas, de forma prática e ativa, sendo o professor um orientador e mediador nas atividades de ensino.
Para conhecer mais sobre a aprendizagem colaborativa, continue a leitura. A seguir, abordaremos mais sobre este conceito e apresentaremos dicas de como implementá-la em sua instituição de ensino, alinhada às competências da BNCC.
O que é a aprendizagem colaborativa?
O conceito de sala de aula colaborativa pode não parecer algo novo quando se considera que momentos colaborativos ocorrem no dia a dia das escolas.
No entanto, na verdade, a aprendizagem colaborativa é uma abordagem sistemática para incentivar o pensamento profundo e o compartilhamento de conhecimento entre os alunos.
De modo geral, ela é um método de aprendizagem ativa que se baseia no princípio de dois ou mais alunos se unirem para trabalhar em direção a um objetivo comum.
Assim, a aprendizagem colaborativa envolve o trabalho conjunto dos estudantes em atividades em um grupo pequeno o suficiente para garantir que todos participem. Os alunos podem trabalhar em tarefas separadas, contribuindo para um resultado geral comum, ou em conjunto, em uma tarefa partilhada. Isso é diferente do trabalho em grupo não estruturado.
Muitos consideram Lev Vygotsky o pai da “aprendizagem social”. O psicólogo argumentou em sua época que os educadores deveriam avaliar a capacidade dos alunos de resolver problemas, em vez de apenas adquirir conhecimento.
O conceito de aprendizagem colaborativa tem muito a ver com a ideia de Vygotsky sobre zona de desenvolvimento proximal. Ele contempla o que um aluno pode fazer, se ajudado por colegas e adultos. Ao avaliar este modelo de aprendizagem, podemos considerar o trabalho colaborativo para aumentar a conscientização dos alunos sobre outros conceitos e novas habilidades.
Quais são os benefícios da aprendizagem colaborativa?
A aprendizagem colaborativa oferece uma mudança sísmica que distancia a educação do modelo tradicional de aprendizagem mecânica e atividades individuais estritamente direcionadas. Em vez disso, ela capacita os alunos a orientarem uns aos outros, a pensarem criticamente sobre diferentes conceitos, a desenvolverem soluções e adquirirem competências.
Com isso, essa é uma metodologia que oferece aos estudantes muitos benefícios que são cruciais não apenas em sua rotina escolar como, também, para o sucesso no ambiente de trabalho e na vida em geral. Isso inclui:
Entretanto, esse resultado final não acontecerá simplesmente porque a escola definiu uma atividade em grupo. O sucesso requer implementação, desenvolvimento e acompanhamento cuidadosos.
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Como implementar a aprendizagem colaborativa em sua instituição de ensino?
Primeiramente, é importante ter em mente que a aprendizagem colaborativa pode descrever uma grande variedade de atividades, mas, para ser eficaz, ela requer muito mais do que apenas colocar os alunos juntos e pedir a eles que trabalhem em pares ou em grupo.
É preciso fazer uso de abordagens estruturadas com tarefas bem projetadas, alinhadas aos objetivos pedagógicos e às competências da BNCC para se ter ganhos consistentes com o aprendizado.
Outro ponto relevante é que mudar para uma forma de trabalho totalmente colaborativa exigirá muito planejamento e adaptação. No entanto, diversos elementos do modelo colaborativo podem ser trabalhados em todos os tipos de planos de aula para desenvolver essas habilidades vitais nos alunos.
Confira, abaixo, mais dicas para implementar a aprendizagem colaborativa.
1. Prepare os professores para uma ressignificação de papel
A aprendizagem colaborativa demanda conhecimento compartilhado. Se nas salas de aula tradicionais, o conhecimento é geralmente transmitido em uma direção – do professor para o aluno –, na aprendizagem colaborativa, a ênfase está no compartilhamento multidirecional.
Assim, ainda que os educadores possuam conhecimento vital e forneçam muitos deles aos alunos, eles terão um papel de facilitadores para que essa transmissão também ocorra entre os estudantes.
Dessa forma, o conhecimento e a autoridade são compartilhados entre professores e alunos, de modo que o papel do educador será cada vez mais de mediador.
Como mediador, ele ajudará os alunos a conectarem novos aprendizados às suas próprias experiências, irá prestar assistência para as dúvidas dos grupos e fornecer orientação sobre como o aluno pode desenvolver seu potencial.
Por isso, é crucial que a equipe pedagógica seja capacitada para assumir essa nova postura e estar pronta para adaptar suas práticas de ensino a essa realidade.
2. Projete atividades engajadoras
Há diversos tipos de dinâmicas que podem ser utilizadas na aprendizagem colaborativa.
Entre as principais abordagens estão propor atividades em pequenos grupos, fomentar debates e discussões, promover rodas de conversas, realizar oficinas de produção alinhadas com a Cultura Maker, e fazer o uso de recursos digitais e tecnologias variadas que ajudem nesse processo de ensino, trazendo dinamismo e estimulando o aprendizado.
3. Avalie o layout da sala de aula
O layout do espaço da sala de aula pode afetar o trabalho em grupo. Ambientes com mobiliários fáceis de mover tornam mais práticas e convidativas as adaptações para estimular a colaboração entre os alunos em diferentes arranjos.
Ademais, fazer uma reestruturação para que o espaço deixe de parecer um “palco”, onde o protagonista é o professor, também contribui para que a aprendizagem colaborativa ocorra de forma mais fluida.
Para conhecer outras tendências importantes e modernizar as abordagens de ensino oferecidas em sua escola, leia, também, este outro conteúdo: “Metodologias ativas de ensino: conheça as vantagens para sua IE”.
--Assessora amamentação e odontopediatra
2 aMaKeiT com ideias maravilhosas, parabéns!!!!!