O SÉCULO DA APRENDIZAGEM Nívia Lanznaster Pedagoga, Psicóloga e Ms. Desenvolvimento Regional
A analise educacional que dá base às reflexões sobre educação advém da experiência como docente há 35 anos atuando em vários segmentos da educação como: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior aliado a experiência como psicóloga educacional, atuação em consultório particular, experiência como aluna, como mãe de dois filhos que fizeram a trajetória escolar associado a estudos e pesquisas na área da educação.
O modelo tradicional de ensino ao longo dos cinco mil anos se baseia na pedagogia diretiva que resultou em um hábito antropológico que tem gerado pessoas de mentalidades dependentes, sem iniciativa, sem autonomia com pouca capacidade de criação, para viver e conviver e dar respostas adequadas de solução ao cenário atual.
As transformações socioeconômicas, políticas e culturais das últimas duas décadas ao lado das TICs, alterou a forma de ensinar e de aprender e colocou em xeque os modelos pedagógicos tradicionais.
Ao longo do processo histórico educacional temos cinco gerações:
● 1ª Estudo por correspondência;
● 2ª Transmissão por rádio e televisão;
● 3ª Mídias de Instrução Articulada e Universidade Aberta;
● 4ª Teleconferência – Satélites e videoconferências interativas;
● 5ª Aulas virtuais na Internet
O ensino híbrido e a educação em rede vêm se tornando cada vez mais frequentes. O blended learning, visa combinar ao menos quatro métodos diferentes:
● Diferentes tecnologias baseadas na internet;
● Sala de aula virtual;
● Atividades colaborativas com o uso de diferentes tipos de mídias e a disponibilização de materiais online;
●Tecnologias educacionais integradas, como as atividades virtuais off-line e online e a interação das tecnologias educacionais com atividades do dia-a-dia na busca pela integração das atividades com a prática.
As abordagens pedagógicas envolvidas nestes métodos são o construtivismo, o behaviorismo e o cognitivismo que apresenta:
● Desenvolvimento das competências conhecimentos;
● Habilidades e atitudes;
● Construção de conhecimentos;
● Respeito ao ritmo individual;
●Desenvolvimento de autonomia;
● Incentivo à interação;
● A formação de comunidades de aprendizagem e a redes de convivência;
● Flexibilidade no aprendizado;
● Competências específicas nas TICs;
Vem se configurando no Brasil novas estratégias para que ocorra a aprendizagem, a ideia é como formular novas formas de aprendizagem que estimulam o desenvolvimento da autonomia, podemos dizer que este século é o século de transição, isto é, da transformação da mente passiva para mente ativa.
O novo paradigma com foco na aprendizagem a heutagogia é o método pelo qual o aluno fixa no: o quê? Como aprender? Pra que aprender?
Muda a ordem do ensino tradicional que valorizava o conhecimento acima das habilidades e as atitudes para a forma mais próxima das experiências da vida – o CHA se transforma em AHC.
● A - atitudes positivas responsabilidade, esperança, segurança e confiança é a chave para uma vida prazerosa ou um trabalho recompensador.
● H – habilidades como comunicação, trabalho em equipe, organização e solução de problemas são também essenciais.
● C conhecimento construído que pode ser recuperado
Criar uma sociedade do aprendizado e não mais do conhecimento requer um currículo AHC.
A aprendizagem de acordo com o pensamento pós – moderno é compreendida como processo vital fundamental para a manutenção da vida. A aprendizagem não é mais vista como um evento inscrito no espaço e tempo definido institucionalmente. As instituições educacionais deixam de serem as únicas instancias organizadoras dos procedimentos de ambientes de aprendizagem.
No novo paradigma educacional – Aprendizagem - o dispositivo do processo educacional é o aprendente. As abordagens teóricas de aprendizagem e as metodologias de ensino precisam ser adequadas ao cenário da aprendizagem possibilitando ao aprendente o envolvimento ativo no processo de aprendizagem, possibilitando a autogestão da aprendizagem.