Arquétipos: alavancas para o engajamento das equipes!
Arquétipos: alavancas para o engajamento das equipes!
O fator engajamento reflete cerca de 20% ou mais em produtividade e lucratividade na performance das equipes, conforme pesquisa do Instituto Gallup, tornando-se pauta estratégica para as organizações.
Objetivando descobrir como engajar seus funcionários, as empresas buscam mapear as motivações que impulsionam esse comportamento. Mas a maioria utilizam ferramentas superficiais, acreditando que a satisfação pessoal possa ser um indicador representativo, outras fazem uso de pesquisas de clima organizacional aliadas a questionários sobre engajamento, consultando os colaboradores o quanto se sentem engajados ou o quanto se esforçam para realizar suas tarefas.
Tais respostas sobre engajamento acabam tendendo os funcionários a afirmarem o que acham que a empresa quer ouvir.
Para solucionar essa questão e descobrir como verdadeiramente engajar funcionários da forma correta, um artigo publicado pela Harvard Business Review sustenta que é preciso ter uma abordagem mais holística, baseada nos chamados arquétipos de engajamento.
Entender os comportamentos e as percepções dos colaboradores pode ser mais difícil do que imaginamos, mas ao usar figuras arquetípicas, essa compreensão se torna bem mais intuitiva, não só para os gestores, como também para os próprios funcionários, que podem se conscientizar de seu comportamento – às vezes inconsciente – e melhorá-lo.
Essa é uma maneira bastante eficaz de engajar funcionários, encontrando as reais alavancas de engajamento que cada perfil necessita.
Para se entender melhor do que se trata os chamados “arquétipos” e como podemos efetivamente empregá-los, faz-se necessário realizar algumas considerações e reflexões preliminares sobre o tema.
Hoje a maioria dos problemas emocionais se originam da nossa falta de percepção de mundo, nos tornando pessoas indefesas. A comunicação humana não se dá apenas no campo verbal, para se alcançar um nível saudável de relacionamento você precisa aprimorar sua percepção de mundo e para tanto, faz-se necessário elevar nossa sensibilidade, conhecendo a nós mesmos, já que na maioria das vezes agimos e ainda somos induzidos a viver no chamado “modo automático”, sem levar em conta nossas reais necessidades, angústias, desejos e traumas. Como não estamos nem sempre atentos, várias tomadas de decisões poderão ser feitas por certa indução ou osmose, já que somos influenciados por aspectos culturais e comportamentais que geralmente não compreendemos e nos levam a tomada de decisões, por vezes, equivocadas. Entretanto entendemos que o uso dos arquétipos podem potencializar nossas decisões para um patamar mais assertivo e com maior clareza, em todas as áreas de nossas vidas, inclusive no âmbito profissional.
Recomendados pelo LinkedIn
Um arquétipo é um modelo ideal que se tem sobre algo, já que os arquétipos representam uma categoria de comportamento e podemos utilizá-los também a nosso favor, escolhendo tais representações, já que você poderá modular o uso dos mesmos nos momentos mais adequados para superar desafios e ter mais clareza em decisões e posturas de agir, pois as pessoas nos julgam conforme o arquétipo que estamos passando para ela.
Em suma, arquétipos são modelos ideais, se consolidando como um conjunto de representações, crenças, características, informações e energia que determina as regras em nosso inconsciente, direcionando a nossa mente em nosso modo de agir . Basicamente, são ideias pré-concebidas a respeito de alguma coisa com base no senso comum. Assim, quando pensamos em algo rápido fazemos associação com outras coisas que se relacionem com aquilo, moldando quem somos, incluindo emoções e sentimentos que experimentamos, os pensamentos que temos e, consequentemente, as nossas atitudes, são impressões que as pessoas, inconscientemente, possuem a respeito de algo ou alguém e que influenciam sonhos, fantasias e até seu comportamento.
Cada indivíduo tem suas vivências e, a partir delas, forma imagens em sua mente, ou seja, percepções sobre o que vê. O psiquiatra suíço Carl Jung, fundador da chamada psicologia analítica, estabeleceu as origens e fundamentos sobre os arquétipos, chegando a compor a identificação das principais figuras representativas dos mesmos. Para ele, o inconsciente era parte individual e parte do coletivo. Nisso, esse setor secreto da mente seria um espaço herdado culturalmente que estimula nossa forma de ver o mundo e as experiências. Afinal, nesse caminho são repassados a experimentação da própria realidade e padrões de pensamento.
Quando ativamos esses arquétipos que já estão latentes em nós, acessamos essas virtudes, e isso nos leva ao crescimento pessoal e profissional por consequência. Dos 22 arquétipos identificados alguns podem potencializar o sucesso no trabalho, sendo consolidados no chamado Mapa Arquetípico que relacionam determinadas habilidades e capacidades profissionais alinhado a cada profissão que é exercida.
Consolida-se, portanto, um grande desafio massificar a transformação organizacional, que é a mudança da cultural e do mindset das equipes, sendo essencial a importância de trabalharmos a mudança de atitudes e comportamentos, baseando-se no propósito da organização, buscando que os colaboradores estejam alinhados na forma de pensar e metas.
Portanto, a cultura de cada organização está intimamente relacionada com os seus Arquétipos atuantes, sejam os líderes, influenciadores ou membros de times.
Trabalhar para mudar paradigmas, hábitos, sair da zona de conforto, além dos medos, tabus, preconceitos, autossabotagem, procrastinação; melhorar a autoestima, ganhar poder pessoal, expandir a consciência.
Existem diversas formas de enxergar, definir e compreender a experiência humana e organizacional. Não existem regras fixas quando o assunto é cultura, desenvolvimento humano e aspectos íntimos do psicológico. O uso e interpretação desses aspectos relacionados aos arquétipos é bastante amplo e subjetivo, consolidando-se como uma ferramenta interessante para compreender, de forma simbólica, os perfis comportamentais de indivíduos e a cultura de uma organização.
By Roberto Monteiro
Analista em Tecnologia da Informação
3 aÓtimo artigo!!