A Arte de COM-viver: Desafios e Soluções em Espaços de Trabalho Coletivos
Se para atingir meu desenvolvimento psíquico pleno e integral eu preciso encontrar o outro verdadeiramente, quem sou que ainda não vejo esse outro?! Poderia eu me olhar sem esse espelho? Gisela Sartori Franco e Lena Almeida | Pedagogia da Cooperação
Uma dificuldade que encontrei nos últimos dias, trabalhando no coworking do prédio onde estou morando, me motivou a compartilhar algumas ideias sobre os espaços coletivos de trabalho, com seus desafios e possíveis soluções para a boa COM-vivência.
A propósito, destaco a palavra convivência desta forma: COM-vivência justamente para mostrar que conviver é viver (COM) e não como se o outro não existisse, ou como se ao dividir um espaço conosco, os outro estivessem obrigados a lidar com atitudes desrespeitosas, indelicadas e/ou inadequadas para adultos responsáveis e educados.
Minha primeira constatação é a de que o volume de voz das pessoas, está altíssimo. Provavelmente, associado ao uso contínuo de fones, o que comprovadamente pode gerar perda auditiva. Inclusive, recomendo que preste atenção nisso. Você fez uma audiometria recentemente? Tem usado fones por períodos muito prolongados e em volume alto?
Bem, mas sinceramente, o que me preocupa para além da possível perda auditiva dessas pessoas, é a falta de empatia e habilidade de conviver em espaços coletivos de trabalho.
A sensação que dá é a de que algumas pessoas simplesmente não se importam e não percebem a presença de outras. E pior, em alguns casos, tomam o espaço como uma extensão das suas casas, riem alto, colocam os pés nas cadeiras descaradamente. E agem de um modo geral, como se estivessem em sua sala de estar ou em uma mesa de bar.
Para ampliar um pouco a discussão, já ouvi de forma recorrente, em processos de diagnóstico com clientes, os(as) funcionários(as) se queixarem por terem que ouvir toda as histórias do fim de semana do colega que fala em alto e bom tom, sobre todas as suas peripécias em seu período de descanso.
Fora quando são obrigados(as) a ouvir conversas particulares, ou têm suas vidas invadidas com perguntas inconvenientes sobre a sua intimidade, que servem apenas para “brincadeiras” que fazem rir os insensíveis e indiferentes ao bem-estar e respeito aos limites do outro.
Cooperar é correr risco, é escolher um caminho onde a única certeza é de que as coisas não serão nem do meu jeito nem do jeito nem do jeito do outro; terá que ser construído junto, um terceiro jeito, inédito, único, se ambos forem capazes de recriar e descobri lado a lado. Gisela Sartori Franco e Lena Almeida | Pedagogia da Cooperação
Eu vejo e você também, com certeza já reparou outra questão gritante: têm pessoas que passam pelos corredores dos escritórios e elevadores sem dar ou pior ainda, sem responder a um “bom dia”. Parece básico não é?
Esse texto me faz refletir e quero sugerir essa reflexão a vocês também, sobre como temos interagido uns com os outros, nos diversos espaços coletivos que compartilhamos.
Qual é a mensagem que estamos deixando?
Como temos agido em espaços coletivos de trabalho?
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Temos sido presenças agradáveis, gentis e positivas nos ambientes nos quais nos relacionamos?
Quanto cuidado temos tido com as pessoas ao nosso redor?
Por fim, deixo algumas dicas para COM-viver em espaços coletivos
· Tome cuidado com seus objetos pessoais. Não jogue suas coisas, fazendo barulho e incomodando os outros, não as deixe espalhadas ocupando mais espaço do que precisa.
· Cuidado com o seu tom de voz e com conversas paralelas. Não é que elas não possam acontecer, é claro, mas é importante ter limites, de tempo, de conteúdo e buscar espaços adequados quando estiver tendo uma conversa mais acalorada.
· Quando tiver reuniões, lembre-se que os fones de ouvido, principalmente os “intra auriculares”, tendem a lhe levar a falar mais alto, porque você não consegue ouvir bem sua própria voz.
· Evite alimentos nesses espaços, especialmente aqueles com cheiros mais fortes.
· Não interrompa colegas concentrados em seu trabalho.
· As paredes caíram, mas o respeito, a gentileza e a educação precisam prevalecer!
Bem, eu sigo agindo com gentileza e cuidado. Porque a falta de educação ou traquejo social do outro, não determinam o meu comportamento. Mas não posso deixar de expressar meu assombro com tais situações.
E você? Me conta? Como tem sido suas experiências em espaços coletivos de trabalho?
Obrigada por estar aqui e fazer dessa newsletter, o sucesso que ela tem sido! 😊
Por aqui. sempre temas atuais e relevantes sobre #desenvolvimentohumano, #liderança e desafios do #mundocorporativo!
Para quem está chegando agora...
"Quem é Cynara Bastos"?
Psicóloga, docente em educação executiva, coach e mentora de líderes
🧠Apoio profissionais a alcançarem um estado mental otimizado, integrando diferentes aspectos da inteligência para adquirir um nível elevado de autoconsciência, adaptabilidade e eficácia, utilizando seus recursos para evoluir para novas formas de liderança, sendo capazes de desenvolver melhores relacionamentos, explorar o ambiente de negócios identificando possibilidades e riscos, gerando ações e soluções se valendo desse seu novo alcance mental.
ॐ गृहपतये नमः
Om Grihapataie Namah