Artigo Conjur: Retrospectiva 2016

Artigo Conjur: Retrospectiva 2016

O Despertar das Forças Antiglobalização

Em meu artigo deste ano para o site Consultor Jurídico, apresentando a Retrospectiva de 2016 na área internacional, comento os principais fatos do ano e as perspectivas para 2017.

Brexit, terrorismo, crise dos refugiados, guerra na Síria, fortalecimento de partidos xenofóbicos e nacionalistas na Europa, golpe na Turquia, vitória de Trump e suas possíveis consequências, morte de Fidel, acordo de paz na Colômbia, aumento do protecionismo, disputas na OMC, conflitos no Mercosul e Acordo de Paris sobre o clima estão entre os assuntos abordados neste ano que, como o artigo comenta, foi surreal.

Abaixo, a introdução e a conclusão dessa Retrospectiva, bem como o link para a publicação original no Conjur.

Abraços e bom final de ano a todos!


Retrospectiva 2016 - Internacional

O despertar das forças antiglobalização marcou o ano de 2016

Introdução

O ano que se encerra foi bem diferente para cada uma das três principais tendências que vêm moldando o mundo nas últimas décadas: globalização, sustentabilidade e inovação tecnológica.

A inovação, nem seria preciso dizer, pois faz cada vez mais parte de nosso dia-a-dia, continua transformando diversos setores por meio de uma onda de empreendedorismo que, apoiada em novas tecnologias e em conceitos como o de economia compartilhada, vem revolucionando nossa sociedade e economia.

A sustentabilidade viveu neste ano um bom momento, em especial graças à entrada em vigor do Acordo de Paris sobre o clima, um marco no reconhecimento da interdependência entre as nações. Já a globalização sofreu com discursos e atitudes protecionistas, nacionalistas e xenófobas.

Com o foco nessas tendências, procuraremos entender como se deu o embate entre cooperação internacional e isolacionismo em 2016. Um ano em que “surreal” e “pós-verdade” foram escolhidas as palavras que marcaram o período – e, como veremos, não foi para menos.

(...)

Conclusão

A globalização tem um lado escuro, e este prevaleceu em 2016. O ritmo das mudanças trazidas pela abertura dos mercados e pela inovação tecnológica deixou boa parte da sociedade para trás – e essas pessoas resolveram mandar uma mensagem neste ano.

Vale a pena ouvir esse recado, porque está demonstrado que, sem controle, a globalização tende a causar sérios desvios, como crises financeiras e aumento da desigualdade. Isso não significa abandoná-la, abrindo mão de seus benefícios, que não são apenas econômicos. Colocar-se simplesmente contra a globalização seria o mesmo que adotar uma postura ludita em relação à revolução tecnológica, deixando de lado tudo que ela pode trazer de positivo – inclusive para a solução de alguns desafios comuns a toda a humanidade, como as mudanças climáticas.

A maior parte dos problemas aqui tratados somente se resolverá por meio da aceitação da nossa interdependência. Precisamos de mais cooperação internacional, e não menos. 

2016, como vimos, foi surreal. Agora é torcer para que 2017, com partidos xenofóbicos avançando na Europa e Trump no poder, não venha a se tornar, mais do que um ano “marcado pela intensa realidade irracional de um sonho”, um verdadeiro pesadelo.

Link para o artigo completo, publicado em 23/12/16 no Conjur:

O despertar das forças antiglobalização marcou o ano de 2016

Twitter: @EduFelipeMatias


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