Bolsonaro em Davos: sem marola em recados claros.

Por Adalberto Piotto

Bolsonaro fez seu discurso em Davos, no palco principal, ciceroneado pelo fundador do Fórum Econômico Mundial.

Foi para expor o novo Brasil ao mundo, o Brasil sob seu governo eleito no ano passado.

Na plateia, executivos da maiores empresas do mundo, gestores de fundos bilionários e representantes de governos e da imprensa internacional.

Fazer negócio no Brasil, nos governos que antecederam o de Temer por 13 anos, tinha três problemas: burocracia, corrupção e viés ideológico.

Isso ficou marcado na imagem brasileira.

Para tanto, ele leva consigo à Suiça Guedes, Moro e Araújo e cita cada um em seu discurso.

O ministro da economia tem histórico pessoal de liberalismo e agenda clara de melhorar o Brasil do Doing Business do Banco Mundial, simplificar a burocracia e abrir a economia, além da reforma da Previdência para recuperar as contas públicas.

O ministro da Justiça é uma grife em si no combate à corrupção e, ainda mais importante, de agilizar a justiça brasileira contra poderosos.

Araújo é a cara contra a esquerda ideológica que atrasou o país e a região.

O discurso do presidente ainda teve defesa do agronegócio brasileiro como fonte de receita nacional e comida para o mundo. Foi duro e mostrou que o assunto meio ambiente e agricultura não é simplório e acabou com a hegemonia sobre o tema. Meio ambiente é complexo e assunto de todos.

Disse que o desenvolvimento do campo é indissociável da preservação ambiental e não baixou a cabeça para um discurso fácil para agradar ONGs.

Também falou em parcerias com o mundo que sejam tecnológicas, de segurança para melhorar o turismo, das florestas e do meio ambiente como atrativos, de educação que prepare os jovens para a nova revolução industrial.

E convidou o investidor a vir ao Brasil para mais detalhes.

Em um discurso como esse, o mandatário passa recados e reafirma compromissos, como o fez sobre preservar contratos, paz e a democracia.

Detalhes, Brasília fica no Cerrado, Centro-Oeste, no sertão do Brasil, América do Sul, ao lado do Oceano Atlântico.

E falamos português.


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