Artigo: A Governança e a Atração de Investimentos nas Startups

Artigo: A Governança e a Atração de Investimentos nas Startups

Artigo: A Governança e a Atração de Investimentos nas Startups - Parte do Programa de Formação Lean Governance da Board Academy Br

Quais são as expectativas das Startups?

A grande maioria das startups, quase 90% segundo pesquisa do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), têm expectativa de captar investimentos para expansão de negócios e mais da metade buscam estabelecer parcerias com outras startups e scale-ups, sendo primordial a governança corporativa para se alcançar estes objetivos. E no ano de 2022 os fundos de Venture Capital (VC) já no primeiro trimestre do ano já bateram recordes de investimentos por volta de US$ 151 bilhões mais do que todo o ano de 2021, e isto em meio a crise do chamado inverno das Startups, que acumulam também demissões recordes no ano de 2022.

Abordaremos neste artigo quais as ações básicas a serem implementadas e realizadas em cada fase das startups e scale-ups objetivando o alinhamento de usos e recursos, controles internos, demonstração de resultados, evolução das melhores práticas de governança corporativa, controles do negócio e o devido relacionamento com os investidores.

A Governança e a Atração de Investimentos nas Startups

É fato que promover e ter Governança nas startups pode atrair mais investimentos, pois os fundos de investimentos, venture capital entre outros meios de investimentos olham se as empresas zelam pela boa governança corporativa e prestam contas de suas atividades de maneira transparente, objetiva e consistente no decorrer do tempo.

E é primordial a compreensão da correlação das Startups que adotam Governança desde o início de sua “vida” em relação as quais não têm boas práticas de Governança Corporativa. Segundo análise da FDC (Fundação Dom Cabral) cerca de 25% das startups morrem com menos de 1 ano, e 50% com menos de 4 anos, e pelo menos 75% morrem com menos de 13 anos, sendo, portanto, chave para continuidade das startups a cultura de ser ter boas práticas de Governança Corporativa preferencialmente desde a fundação.

 Porém como toda construção tem que seguir um processo de evolução, e o mesmo ocorre com as startups, que a cada fase seja na ideação, na validação, na tração e na escala deve ter um grau de implementação e aplicação das práticas de governança corporativa, principalmente para  promover a atração de investimentos nas Startups.

 As fases das startups e ações para uso de recursos

Na ideação as ações básicas estão na avaliação da capacidade financeira, com efetivo controle de caixa, sobre o processo de prestação de contas entre os fundadores, como também os impactos da entrada ou saída dos fundadores do negócio, e até estipulação das condições de recebimento de participação societárias. Ter controle dos fluxos de caixas e a devida prestação de contas é primordial nesta fase.

Já na validação ter os controles internos implementados, de forma a assegurar organização de apuração e elaboração das demonstrações dos resultados financeiros e contábeis, o bom gerenciamento do caixa, com a devida atenção as rotinas contábeis. Tendo devida prestação de contas para os atuais e potenciais investidores, como também alinhamento com os sócios sobre o uso dos recursos. Não esquecendo também das formalizações de aportes e outros recursos adicionais a operação. Sendo todos estes passos o mínimo necessário para garantir a governança corporativa nesta fase.

Na fase da tração tem que estar com processos e procedimentos mais robustos de forma a especificar regras de atuação dos sócios como executivos, distinguindo o patrimônio pessoal dos sócios e o da empresa, prática recomendada desde a ideação. E além do estabelecimento dos controles internos já feito na validação deve-se adequar para prestação de contas junto a investidores. Sendo primordial nesta fase a estruturação do processo de tomada de decisão e as respectivas alçadas de responsabilidade, consequentemente deve-se estruturar um modelo de planejamento e plano orçamentário. Nesta fase tem que estar consolidado os princípios básicos de Governança Corporativa como a transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

As demonstrações financeiras (balanço, DRE, fluxo de caixa, orçamento etc.) já fazem parte do dia a dia, com o respectivo formato para divulgação e apresentação de informações entre seus sócios e investidores. Recomendado ter no mínimo um Conselho Consultivo.

Na escala o Conselho de Administração deve ser constituído tendo o Conselho Consultivo como apoio ao Conselho de Administração. Criar Comitês, como o de Auditoria, e outros que sejam necessários ao tipo de negócio e segmento. Tendo também como ações básicas a constituição de auditoria interna e a contratação de auditoria independente, ter um conselho fiscal atuante de modo a fortalecer os controles internos e gerenciamento de riscos. Ter a visibilidade sobre o plano sucessório para as posições chaves da empresa. E aprimorar ainda mais a função de relacionamento com os investidores, evidenciando os princípios básicos da governança corporativa.


A importância do Conselho e da Governança para sobrevivência das Startups

Como demonstrado a Governança Corporativa é primordial para a sobrevivência e continuidade das Startups, também, com as empresas que zelam pela boa governança e boas práticas, que prestam contas de suas atividades de maneira transparente, objetiva e compreensiva no devido tempo de Governança tem-se maior êxito na atração de investidores.

E a função do Conselho no processo de Governança Corporativa é fundamental para que tenha atuação focada, papéis no processo decisório com devida composição do Conselho e Comitês para que a empresa tenha devido direcionamento e apoio estratégico para perenidade da organização. 

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