Atuação de Conselheiros sobre Resultados, Performance e Metas Econômico-Financeiras

Atuação de Conselheiros sobre Resultados, Performance e Metas Econômico-Financeiras

Atuação de Conselheiros sobre Resultados, Performance e Metas Econômico-Financeiras

por Enio Miranda

PFCC - Board Academy - jul2023


No ambiente empresarial atual, a medição de resultados e performance desempenha um papel fundamental na gestão eficaz das organizações. Os Conselhos de Administração, Consultivo e Fiscal, têm a responsabilidade de monitorar e avaliar os indicadores econômico-financeiros, garantindo o cumprimento das metas estabelecidas e orientando as decisões estratégicas. Neste artigo, aprofundarei a importância da avaliação dos resultados da empresa, a rentabilidade sobre o capital investido, a lucratividade, as decisões de investimento e financiamento, o risco de liquidez, a consistência na execução da estratégia, o equilíbrio entre indicadores de satisfação e financeiros, a relação entre o nível de governança e a performance financeira, a influência da cultura e das pessoas na performance financeira, a gestão de performance e o planejamento de longo prazo. Além disso, discutirei a necessidade de definir metas de forma estruturada e a importância de medir a energia dos colaboradores e executivos como reflexo da cultura organizacional.

Avaliação dos Resultados da Empresa

A avaliação dos resultados da empresa envolve a análise de indicadores financeiros e não financeiros para compreender sua performance global. Indicadores financeiros incluem receita, lucro líquido, margem de lucro, retorno sobre o investimento, entre outros. Indicadores não financeiros podem abranger a satisfação do cliente, a qualidade do produto, a participação de mercado, entre outros. Os conselheiros devem estabelecer uma metodologia para coletar e analisar esses indicadores regularmente, comparando-os com as metas estabelecidas e com benchmarks do setor.

Para avaliar os resultados da empresa, os conselheiros podem seguir um processo estruturado, que inclui:

·        Definição de indicadores-chave de desempenho (KPIs) relevantes para o negócio, considerando tanto aspectos financeiros como não financeiros.

·        Estabelecimento de metas e benchmarks para cada indicador, levando em conta o desempenho passado da empresa, as expectativas do mercado e as referências do setor.

·        Coleta de dados e informações necessárias para o cálculo dos indicadores e o acompanhamento dos resultados.

·        Análise dos resultados obtidos em comparação com as metas estabelecidas e com o desempenho passado da empresa.

·        Identificação de eventuais desvios e análise das causas subjacentes.

·        Tomada de decisões para corrigir desvios e implementar ações corretivas ou preventivas, se necessário.

·        Comunicação regular dos resultados para os demais membros do conselho, a alta administração e os stakeholders relevantes.

Rentabilidade sobre o Capital Investido

A rentabilidade sobre o capital investido pode ser calculada dividindo o lucro líquido pelo capital investido. Os conselheiros devem estabelecer metas de rentabilidade com base nas expectativas do mercado e nas necessidades da empresa. Para melhorar a rentabilidade, podem ser adotadas estratégias como redução de custos, aumento de eficiência operacional, otimização do mix de produtos ou serviços, entre outras. É importante estabelecer indicadores específicos para monitorar a rentabilidade e realizar análises regulares para identificar oportunidades de melhoria.

Para avaliar a rentabilidade sobre o capital investido, os conselheiros podem adotar os seguintes processos:

·        Análise do retorno financeiro dos investimentos realizados pela empresa, considerando tanto os investimentos de curto prazo, como aquisição de ativos fixos, quanto os investimentos de longo prazo, como expansão de capacidade produtiva ou lançamento de novos produtos.

·        Cálculo do retorno sobre o capital investido (ROIC), que pode ser obtido dividindo o lucro líquido pelo capital investido.

·        Comparação do ROIC da empresa com o de empresas concorrentes ou referências do setor para identificar o desempenho relativo.

·        Análise das tendências de ROIC ao longo do tempo para identificar padrões e oportunidades de melhoria.

·        Identificação de áreas da empresa com baixa rentabilidade e desenvolvimento de estratégias para aumentar o retorno sobre o capital investido nessas áreas, por meio de redução de custos, melhoria da eficiência operacional, aumento da produtividade, entre outras ações.

Lucratividade

A lucratividade é um indicador-chave para a saúde financeira da empresa. Pode ser calculada como a relação entre o lucro líquido e a receita. Os conselheiros devem analisar a margem de lucro bruta e líquida para compreender a eficiência dos processos de produção, precificação e gestão de custos. Estratégias para aumentar a lucratividade podem incluir revisão de preços, negociação de melhores condições com fornecedores, otimização do processo produtivo, redução de desperdícios, entre outras. Acompanhar regularmente esses indicadores permitirá identificar tendências e tomar medidas corretivas, se necessário.

Para avaliar a lucratividade da empresa, os conselheiros devem realizar:

·        Análise da margem de lucro bruta e líquida da empresa, levando em consideração os custos de produção, as despesas operacionais e a política de preços praticada.

·        Comparação da margem de lucro da empresa com a de empresas concorrentes ou referências do setor para identificar a posição competitiva.

·        Identificação das principais fontes de receita e custos, e análise da sua contribuição para a lucratividade global.

·        Avaliação das variações na margem de lucro ao longo do tempo e identificação das causas subjacentes, como mudanças nos custos de matéria-prima, flutuações cambiais, alterações na demanda do mercado, entre outros fatores.

·        Desenvolvimento de estratégias para aumentar a lucratividade, como otimização de processos, redução de custos, revisão da política de preços, lançamento de novos produtos ou serviços mais rentáveis, entre outras ações.

Decisões de Investimento e Financiamento

As decisões de investimento e financiamento envolvem a análise de projetos de investimento e a busca por fontes de financiamento adequadas. Os conselheiros devem estabelecer critérios para avaliar a viabilidade econômica e financeira dos projetos, considerando o retorno esperado, o risco associado, o prazo de retorno do investimento, entre outros fatores. Ferramentas como a análise de fluxo de caixa descontado (DCF) e a análise de risco e retorno podem ser utilizadas para auxiliar nessas decisões. Além disso, é importante considerar a estrutura de capital da empresa, avaliando a proporção de capital próprio e capital de terceiros que melhor atenda às necessidades da organização.

Para tomar decisões de investimento e financiamento, os conselheiros devem verificar:

·        Análise de projetos de investimento propostos pela empresa, considerando o retorno esperado, o risco associado, o prazo de retorno do investimento, entre outros critérios.

·        Utilização de técnicas de avaliação de investimentos, como a análise de fluxo de caixa descontado (DCF), que permite calcular o valor presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR) de um projeto.

·        Realização de estudos de viabilidade econômico-financeira para analisar a rentabilidade e o impacto financeiro dos projetos.

·        Análise da estrutura de capital da empresa, considerando a proporção entre capital próprio e capital de terceiros, e avaliação das fontes de financiamento disponíveis.

·        Análise dos riscos financeiros associados aos projetos de investimento, como o risco de mercado, o risco de crédito e o risco operacional, para tomar decisões informadas.

·        Realização de due diligence financeira para avaliar a saúde financeira da empresa, especialmente em caso de operações de fusões e aquisições ou captação de recursos no mercado de capitais.

Risco de Liquidez

O risco de liquidez refere-se à capacidade da empresa de cumprir suas obrigações financeiras de curto prazo. Os conselheiros devem estabelecer indicadores de liquidez, como o índice de liquidez corrente e o ciclo de conversão de caixa, para monitorar a posição de caixa e a capacidade de honrar compromissos financeiros. Para mitigar esse risco, podem ser adotadas estratégias como a gestão eficiente do capital de giro, o estabelecimento de linhas de crédito de emergência, a diversificação das fontes de financiamento, entre outras. É importante estabelecer políticas e procedimentos claros para a gestão de caixa e para a tomada de decisões em situações de risco de liquidez.

Para avaliar e gerenciar o risco de liquidez:

·        Análise da estrutura de capital e da posição de caixa da empresa para identificar potenciais problemas de liquidez.

·        Estabelecimento de indicadores de liquidez, como o índice de liquidez corrente, o índice de liquidez imediata e o ciclo de conversão de caixa, para monitorar a saúde financeira da empresa.

·        Implementação de políticas e práticas adequadas de gestão de caixa, como a projeção de fluxo de caixa, o controle rigoroso de contas a pagar e a receber, e a negociação de prazos e condições favoráveis com fornecedores e clientes.

·        Estabelecimento de linhas de crédito de emergência e de relacionamento com instituições financeiras para garantir acesso a fontes adicionais de financiamento em caso de necessidade.

·        -Realização de simulações e análises de cenários para avaliar os impactos financeiros de diferentes situações de falta de liquidez.

·        Estabelecimento de políticas de gerenciamento de riscos financeiros, incluindo a diversificação das fontes de financiamento, o estabelecimento de limites de exposição ao risco e a implementação de instrumentos de proteção financeira, como contratos de hedge.

Consistência na Execução da Estratégia

A consistência na execução da estratégia é fundamental para alcançar resultados consistentes ao longo do tempo. Os conselheiros devem estabelecer uma metodologia de acompanhamento e monitoramento dos indicadores-chave de desempenho (KPIs) que estejam alinhados com a estratégia da empresa. Isso pode envolver a definição de metas específicas para cada área ou departamento, o estabelecimento de planos de ação claros e a realização de revisões regulares para avaliar o progresso e identificar possíveis desvios. É importante ter um sistema de gestão da estratégia que permita a comunicação e o alinhamento de todos os níveis hierárquicos.

Para garantir a consistência na execução da estratégia, os conselheiros devem observar:

·        Estabelecimento de indicadores-chave de desempenho (KPIs) alinhados com a estratégia da empresa em todas as áreas e departamentos.

·        Desdobramento das metas estratégicas em metas e objetivos específicos para cada nível hierárquico.

·        Realização de revisões regulares do desempenho em relação aos KPIs estabelecidos.

·        Identificação de desvios e análise das causas subjacentes, envolvendo os gestores responsáveis por cada área ou departamento.

·        Implementação de ações corretivas ou preventivas para corrigir desvios e manter a execução consistente da estratégia.

·        Comunicação regular dos resultados e das iniciativas estratégicas para garantir o alinhamento de todos os membros da organização.

Equilíbrio entre Indicadores de Satisfação e Financeiros

O equilíbrio entre indicadores de satisfação e financeiros é importante para uma gestão eficaz. Para medir a satisfação do cliente, os conselheiros podem utilizar métodos como pesquisas de satisfação, análise de reclamações e feedbacks dos clientes. É importante estabelecer metas específicas de satisfação do cliente, como o Net Promoter Score (NPS), e monitorar regularmente esses indicadores. No entanto, é fundamental ter em mente que a satisfação do cliente deve estar alinhada com a geração de valor econômico. Portanto, os conselheiros devem analisar os indicadores financeiros para garantir que a empresa esteja gerando resultados positivos e lucrativos.

Para alcançar o equilíbrio entre indicadores de satisfação e financeiros, os conselheiros podem seguir os seguintes passos:

·        Definição de indicadores de satisfação do cliente, como o Net Promoter Score (NPS), que medem a lealdade e a satisfação dos clientes.

·        Estabelecimento de metas específicas de satisfação do cliente, considerando as expectativas do mercado e as referências do setor.

·        Monitoramento regular dos indicadores de satisfação, por meio de pesquisas, análises de reclamações e feedbacks dos clientes.

·        Análise conjunta dos indicadores de satisfação e dos indicadores financeiros para identificar correlações e garantir o equilíbrio entre esses aspectos.

·        Tomada de decisões informadas considerando tanto a satisfação do cliente quanto a rentabilidade e a saúde financeira da empresa.

·        Implementação de ações para melhorar a satisfação do cliente, como aprimoramento dos produtos ou serviços, investimento no atendimento ao cliente e na experiência do usuário, entre outras iniciativas.

Relação entre Nível de Governança e Performance Financeira

A relação entre o nível de governança e a performance financeira tem sido objeto de estudos e pesquisas. Para garantir uma boa governança corporativa, os conselheiros podem adotar práticas como a transparência na divulgação de informações, a definição de papéis e responsabilidades claros, a realização de auditorias independentes, entre outras. É importante estabelecer políticas e diretrizes que promovam a ética e a responsabilidade corporativa. Além disso, é essencial garantir a equidade no tratamento dos acionistas e a proteção dos interesses dos stakeholders. A implementação de um código de conduta corporativa e a adoção de mecanismos de prestação de contas também são aspectos importantes para fortalecer a governança corporativa e, consequentemente, impulsionar a performance financeira da empresa.

Para fortalecer a relação entre o nível de governança e a performance financeira é importante:

·        Implementação de práticas de governança corporativa adequadas, como a definição de papéis e responsabilidades claros, a divulgação transparente de informações, a realização de auditorias independentes e a proteção dos direitos dos acionistas.

·        Estabelecimento de um código de conduta corporativa que promova a ética, a responsabilidade corporativa e a transparência nas operações.

·        Definição de políticas e diretrizes para as relações com stakeholders, incluindo clientes, fornecedores, colaboradores, comunidade e órgãos reguladores.

·        Participação ativa dos conselheiros na definição e monitoramento das políticas de risco e compliance da empresa.

·        Estabelecimento de mecanismos eficazes de prestação de contas e de comunicação com os stakeholders, garantindo a transparência e a confiança na empresa.

·        Adoção de melhores práticas de governança corporativa e avaliação regular do seu impacto na performance financeira da empresa.

Importância da Cultura e das Pessoas na Performance Financeira

A cultura organizacional e as pessoas desempenham um papel fundamental na performance financeira da empresa. Os conselheiros devem promover uma cultura sólida, baseada em valores éticos, engajamento dos colaboradores e crença na empresa. Isso pode ser alcançado por meio da definição de valores e princípios claros, da comunicação efetiva e da criação de programas de treinamento e desenvolvimento. Além disso, os conselheiros devem promover um ambiente de trabalho saudável, onde os colaboradores se sintam valorizados e motivados. Investir em iniciativas de engajamento, reconhecimento e recompensa pode impulsionar a performance individual e coletiva, resultando em melhores resultados financeiros.

Para compreender a importância da cultura e das pessoas na performance financeira é necessário:

·        Avaliação da cultura organizacional da empresa, incluindo os valores, a ética, o clima de trabalho e o engajamento dos colaboradores.

·        Realização de pesquisas de clima organizacional para medir a satisfação e o nível de engajamento dos colaboradores.

·        Análise da relação entre a cultura organizacional e os resultados financeiros da empresa, identificando possíveis correlações e impactos.

·        Identificação de áreas de melhoria na cultura organizacional e desenvolvimento de estratégias para promover um ambiente de trabalho saudável, inclusivo e motivador.

·        Investimento em programas de treinamento e desenvolvimento para capacitar os colaboradores e promover o crescimento pessoal e profissional.

·        Estabelecimento de políticas de reconhecimento e recompensa para valorizar e incentivar o desempenho de excelência.

·        Comunicação regular e transparente com os colaboradores, promovendo a participação e o alinhamento em relação aos objetivos da empresa.

Gestão de Performance

A gestão de performance envolve o estabelecimento de metas claras, a definição de indicadores de desempenho relevantes e o acompanhamento regular do progresso. Os conselheiros podem adotar metodologias como o Balanced Scorecard (BSC) ou o OKR (Objectives and Key Results) para estabelecer e monitorar as metas da empresa e dos departamentos. É importante que as metas sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART). Além disso, é necessário estabelecer um sistema de feedback contínuo, que permita a identificação de gaps de desempenho e a implementação de ações corretivas. A gestão de performance deve ser um processo contínuo, com revisões periódicas para avaliar o progresso e fazer ajustes quando necessário.

Para implementar uma gestão de performance eficaz, aconselha-se:

·        Definição de indicadores-chave de desempenho (KPIs) relevantes para cada área e departamento da empresa.

·        Estabelecimento de metas claras e desafiadoras para cada indicador, utilizando critérios SMART (específico, mensurável, alcançável, relevante e temporal).

·        Comunicação e alinhamento das metas e dos objetivos em todos os níveis hierárquicos da organização.

·        Monitoramento regular do desempenho em relação aos KPIs estabelecidos, por meio de relatórios, painéis de controle ou sistemas de gestão.

·        Realização de revisões periódicas para avaliar o progresso, identificar desvios e implementar ações corretivas ou preventivas.

·        Estabelecimento de um sistema de feedback contínuo, que inclua avaliações de desempenho, coaching e desenvolvimento profissional.

·        Promoção de uma cultura de aprendizado e melhoria contínua, incentivando a inovação, a colaboração e a busca por melhores resultados.

Planejamento de Longo Prazo

O planejamento de longo prazo envolve a definição de metas e objetivos para um horizonte temporal de cinco anos ou mais. Os conselheiros devem participar ativamente desse processo, contribuindo com sua experiência e conhecimento. É importante que o planejamento seja baseado em uma análise detalhada do ambiente externo e interno, levando em consideração tendências, oportunidades e ameaças. Os conselheiros devem estabelecer metas de longo prazo que sejam desafiadoras, porém alcançáveis, e que estejam alinhadas com a visão estratégica da empresa. Essas metas devem ser desdobradas em objetivos específicos para cada nível hierárquico, garantindo o alinhamento de todas as áreas e departamentos. É fundamental realizar revisões periódicas do plano de longo prazo, monitorar o progresso e fazer ajustes quando necessário.

Para realizar um planejamento de longo prazo eficiente é sempre importante:

·        Análise do ambiente externo e interno, considerando tendências de mercado, mudanças regulatórias, avanços tecnológicos, entre outros fatores relevantes.

·        Definição da visão estratégica da empresa, estabelecendo a direçãoe o propósito de longo prazo.

·        Identificação de objetivos estratégicos que estejam alinhados com a visão e que sejam desafiadores e alcançáveis.

·        Desdobramento dos objetivos estratégicos em metas e ações específicas, considerando as diferentes áreas e departamentos da empresa.

·        Definição de um horizonte temporal de cinco anos ou mais para o planejamento, levando em conta o ciclo de negócios e as projeções do mercado.

·        Realização de análises de viabilidade econômica e financeira para os projetos estratégicos, considerando o retorno esperado, os riscos envolvidos e a disponibilidade de recursos.

·        Estabelecimento de um plano de implementação detalhado, que inclua a definição de responsabilidades, prazos e recursos necessários.

·        Monitoramento regular do progresso em relação às metas estabelecidas e realização de revisões periódicas para fazer ajustes e correções quando necessário.

·        Comunicação clara e consistente do plano de longo prazo para todos os membros da organização, promovendo o alinhamento e o engajamento em relação aos objetivos estratégicos.

Definição de Metas Estruturadas

A definição de metas estruturadas envolve a decomposição das metas gerais da empresa em metas específicas para cada nível hierárquico. Os conselheiros devem estabelecer um processo de desdobramento de metas, onde cada gestor é responsável por estabelecer metas para sua equipe, que estejam alinhadas com as metas da empresa. Essas metas devem ser estabelecidas de forma clara e objetiva, com critérios de mensuração bem definidos. Os conselheiros devem promover a comunicação efetiva das metas em toda a organização, garantindo que cada colaborador compreenda sua contribuição para o alcance das metas gerais. O estabelecimento de metas estruturadas promove o alinhamento organizacional, a responsabilização e a busca contínua pela melhoria do desempenho.

Para definir metas estruturadas, os conselheiros devem seguir os seguintes passos:

·        Estabelecimento de metas gerais e estratégicas para a empresa, levando em conta a visão e os objetivos de longo prazo.

·        Desdobramento das metas gerais em metas específicas para cada área ou departamento da empresa, alinhando-as com os objetivos estratégicos.

·        Definição de critérios de mensuração claros e objetivos para cada meta, utilizando indicadores-chave de desempenho (KPIs) relevantes.

·        Comunicação clara das metas e dos critérios de mensuração para todos os membros da organização, garantindo o entendimento e o comprometimento de cada colaborador.

·        Acompanhamento regular do desempenho em relação às metas estabelecidas, por meio de relatórios, reuniões de acompanhamento ou sistemas de gestão.

·        Identificação de desvios em relação às metas e análise das causas subjacentes, envolvendo os gestores responsáveis por cada área ou departamento.

·        Implementação de ações corretivas ou preventivas para corrigir desvios e manter o progresso em direção às metas estabelecidas.

·        Revisão periódica das metas e dos indicadores de desempenho, levando em conta as mudanças no ambiente de negócios e as necessidades da empresa.

Medição da Energia dos Colaboradores e Executivos

A medição da energia dos colaboradores e executivos é um indicador da cultura organizacional e do engajamento dos colaboradores. Os conselheiros podem utilizar diferentes metodologias para medir essa energia, como pesquisas de clima organizacional, avaliações de engajamento, feedbacks individuais e coletivos. Essas métricas podem ser acompanhadas ao longo do tempo para identificar tendências e realizar ações corretivas. Além disso, os conselheiros devem promover um ambiente de trabalho que estimule a energia positiva, por meio do reconhecimento, do desenvolvimento de habilidades, da promoção do trabalho em equipe e da comunicação transparente. O fortalecimento da cultura organizacional e o investimento no bem-estar e desenvolvimento dos colaboradores contribuem para uma performance financeira sólida e sustentável.

Para medir a energia dos colaboradores e executivos, os conselheiros podem adotar os seguintes processos:

·        Realização de pesquisas de clima organizacional para medir o nível de satisfação, engajamento e motivação dos colaboradores.

·        Utilização de indicadores de engajamento, como o índice de satisfação no trabalho, o índice de comprometimento organizacional e o índice de motivação.

·        Análise das respostas das pesquisas de clima e dos indicadores de engajamento para identificar áreas de melhoria e oportunidades de desenvolvimento.

·        Realização de avaliações individuais e coletivas para obter feedback dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho, o estilo de liderança e as oportunidades de crescimento.

·        Promoção de programas de reconhecimento e recompensa para valorizar e incentivar o desempenho dos colaboradores.

·        Investimento em programas de desenvolvimento profissional, treinamentos e capacitações para estimular o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores.

·        Criação de um ambiente de trabalho saudável, inclusivo e colaborativo, onde os colaboradores se sintam valorizados, motivados e engajados.

·        Comunicação transparente e regular com os colaboradores, compartilhando informações relevantes, promovendo a participação e estimulando a colaboração.


Em resumo, a medição de resultados, performance e metas econômico-financeiras desempenha um papel fundamental na atuação dos Conselhos de Administração, Consultivo e Fiscal. Os conselheiros devem implementar metodologias adequadas para a avaliação dos resultados da empresa, a rentabilidade sobre o capital investido, a lucratividade, as decisões de investimento e financiamento, o risco de liquidez, a consistência na execução da estratégia, o equilíbrio entre indicadores de satisfação e financeiros, a relação entre o nível de governança e a performance financeira, a influência da cultura e das pessoas na performance financeira, a gestão de performance e o planejamento de longo prazo.

É importante definir metas de forma estruturada, com especificações claras e desdobramento por nível hierárquico. Além disso, medir a energia dos colaboradores e executivos por meio de métricas como engajamento, motivação e satisfação no trabalho permite compreender o impacto da cultura organizacional na performance econômico-financeira. Os conselheiros desempenham um papel fundamental na promoção dessas práticas e na busca por resultados e performance de excelência. Ao implementar metodologias adequadas em cada um desses aspectos, os conselheiros poderão tomar decisões embasadas, monitorar o progresso e promover melhorias contínuas na empresa. Com uma abordagem abrangente e metodologias eficazes, os conselheiros estarão mais preparados para enfrentar os desafios econômicos e financeiros, garantindo o sucesso sustentável da organização.

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