Autoconhecimento é essencial para o engajamento
Na última 5ª feira tive a honra de participar de um evento em São Paulo, a convite da TOTVS. Sob o tema "RH Protagonista", a agenda tinha como principal palestrante o britânico Richard Barrett, criador da do modelo Barrett a respeito dos estágios do desenvolvimento humano.
Eu já conhecia o modelo, e há anos li o livro "A organização dirigida por valores", mas vê-lo ao vivo explicando como chegou neste conceito e quais as reflexões que anos de trabalho a respeito do desenvolvimento humano o trouxeram me deixou muito reflexiva. Afinal, como uma só organização pode ser atrativa e manter motivadas pessoas de diferentes origens, gerações e ambições?
Em todas as agendas em que falamos sobre cultura organizacional e desenvolvimento humano nos deparamos com o desafio de engajar colaboradores. Este é o princípio para melhorar a retenção e, consequentemente, otimizar os resultados do negócio, afinal, atrair e treinar as pessoas resulta em elevados gastos de tempo, energia e dinheiro para a empresa e seus líderes.
Temos portanto a missão de fazer com que a empresa conquiste os colaboradores de verdade, além das paredes coloridas e ambientes descontraídos. Para isso é necessário um propósito e valores genuínos, mas também oferecer a oportunidade para que cada pessoa, a partir da sua perspectiva, encontre sua motivação pessoal para ir além, fazendo grandes entregas e satisfazendo suas aspirações.
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O modelo desenvolvido por Barrett vem para ajudar neste desafio. Ele desmembra a consciência humana em 7 níveis que partem da necessidade de sobrevivência, um interesse próprio, e chegam ao desejo de servir, priorizando o bem comum. A mudança de um foco para o outro passa pela liberdade e condições para que o indivíduo explore quem realmente é, ou seja, exige autoconhecimento. O trabalho do autor mostra que as necessidades mudam ao longo do amadurecimento e as recompensas, ao longo da jornada, passam a ter mais relação com deixarmos nosso legado e fazermos a diferença no mundo.
Dar condições para que o colaborador explore e viva cada nível do desenvolvimento garante a motivação individual e senso de pertencimento. Fazer parte de uma organização que oferece além de uma boa remuneração e benefícios atrativos, a oportunidade de se atualizar, se sentir parte de algo maior e até mesmo servir a sociedade mantém as pessoas engajadas por mais tempo.
Todos os que carregam o título de líderes precisam estar conscientes do estágio em que cada pessoa de sua equipe se encontra e ajudar no desenvolvimento e evolução de cada um. Como diz Barrett, "toda decisão que tomamos visa satisfazer uma necessidade do ego ou um desejo da alma", portanto, estar conectado com outras pessoas e contribuir para um mundo melhor são, no fim da jornada, o que vai ficar como nossa marca. É fato que colaboradores que se identificam com o propósito da organização são mais engajados, e explicação está no fato da empresa ser, neste caso, um caminho para alcançarmos o mais elevado nível de satisfação pessoal.
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1 aAdorei seu conteúdo e indicação de leitura!