"Autonomia Vs Cooperação: Navegar como Capitão do Próprio Navio ou Pertencer a uma Tripulação Integrada"

"Autonomia Vs Cooperação: Navegar como Capitão do Próprio Navio ou Pertencer a uma Tripulação Integrada"

Ser Autónomo ou Ter Autonomia?! Relato pessoal…

Durante uma Década naveguei o meu próprio navio.

Esta navegação teve início na visão de um empreendedor que com apenas 17 anos, diariamente visitava uma pequena Papelaria/Livraria & Quiosque, situada numa Vila na zona Centro de Portugal.

Enxergava o amanhã daquele espaço, a sua transformação e o meu futuro como pequeno empresário.

Aos 22 anos, era eu que tinha o leme na mão, ao negociar o espaço e a ser entidade patronal de mim mesmo.

Um verdadeiro capitão do meu destino!

Iniciando assim a minha ousada aventura no mundo do empreendedorismo, com uma vontade e uma entrega absoluta, pois tinha tudo, em especial a responsabilidade nas minhas mãos.

Uma Década, dedicado de corpo e alma ao meu negócio com paixão e empenho diário, naquele espaço vivi momentos inesquecíveis, mas também enfrentei desafios e períodos de intenso trabalho. Adquiri conhecimentos profissionais que nenhuma escola me poderia proporcionar.

Representava o que descrevo como Ser Autónomo, era livre de decisão, mas preso numa navegação que para seguir rumo tinha de ter o seu capitão sempre presente. Era autónomo, mas não tinha tempo para crescimento a outros níveis. Sete dias por semana dedicados ao negócio, não permitiam alcançar novos horizontes. (Quem tem um negócio de pequena dimensão sabe como é!)

Foi então que a decisão de vender fez todo o sentido para mim, queria ver o que existia para além daquele espaço, mas existe e vai sempre existir um marco, Papelaria Aguarela!

Embarquei assim à quase 5 anos num grandioso navio, hoje em dia com mais de 12000 trabalhadores, presente nos mais diversos países do mundo. Entrei assim numa organização gigante e em constante crescimento.

Trouxe comigo a mentalidade de transformação, inovação e mudança para aplicar desta vez num contexto colaborativo.

A autonomia que antes era direcionada para minha própria empresa, agora era voltada para influenciar positivamente o ambiente de trabalho. A liberdade criativa deu espaço à capacidade de criar e melhorar processos, formas de responder e solucionar os mais diversos obstáculos que são colocados diariamente pelos meus colegas de trabalho e acontecimentos que são inerentes ao meio e setor onde atuamos a nível organizacional.

Aqui consegui o que descrevo como Ter Autonomia. Consigo ter crescimento profissional, e consigo ter crescimento pessoal. Consigo estar integrado numa tripulação de trabalho intenso e num setor fundamental na sociedade atual, as telecomunicações, mas consigo também estar embrenhado na licenciatura em Gestão de Recursos Humanos, algo que ambicionava e que o Ser Autónomo jamais me permitiria tal crescimento pessoal.

Acredito que ser o capitão do próprio navio ou fazer parte de uma tripulação integrada são caminhos igualmente válidos. A chave está em encontrar o equilíbrio entre a liberdade de escolha e a colaboração com outros para alcançar objetivos maiores.

Devemos ter a coragem de fazer escolhas autênticas e alinhadas com nossos valores e aspirações. Cada decisão leva-nos a novos desafios e oportunidades que nos moldam e ajudam a crescer, e é nessa busca de crescimento pessoal que encontraremos o verdadeiro significado e satisfação das nossas vidas profissionais.

Sigo grato pelas experiências que me moldaram e trouxeram até aqui, mantendo sempre a coragem de enfrentar os desafios que o futuro me reserva.

 Hoje, vejo que ser livre para escolher nosso rumo nos permite percorrer caminhos diversos, e essas experiências nos transformam em seres mais completos e preparados para enfrentar novos horizontes.

 

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