Autossabotagem: quando seu maior inimigo é você mesmo
Fonte: www.materasystems.com

Autossabotagem: quando seu maior inimigo é você mesmo

Artigo publicado no jornal Diário Botucatu em 28/10/2017, p. 07 - Cidade de Botucatu

Chegando o final do ano, já começamos a pensar nas promessas que fizemos para 2017 e que não cumprimos... Muitas vezes essas são as mesmas promessas de 2015, 2016 e que mais uma vez, não conseguimos cumprir... Pode ser: estudar mais, ver o mundo com outros olhos, não se atrasar para compromissos, fazer aquele curso de atualização, iniciar ou retomar um instrumento de música, perder alguns quilinhos indesejados.

Quantas vezes você seguiu tomando as mesmas atitudes do passado, mesmo sabendo que isso te prejudicaria (ou te deixaria descontente) no futuro?

Isso pode ser uma ou algumas manifestações de autossabotagem.

A autossabotagem é o que fazemos quando criamos obstáculos ou empecilhos para a realização de tarefas que sabemos que serão importantes e prazerosas num futuro próximo, mas em detrimento disso, continuamos agindo da mesma forma, por medo ou preguiça da mudança. São comportamentos autodestrutivos que nos distanciam de objetivos, sonhos ou de ser aquela pessoa que queremos encontrar no espelho no futuro.

Mas se queremos mudar, melhorar, por que isso acontece?

Com a vida cada vez mais dinâmica, o nosso ritmo mais acelerado e o imediatismo em ascensão, preferimos os pequenos e rápidos prazeres como: dormir mais cinco, dez minutos, curtir o final de semana ou os momentos de folga para “matar o tempo”, deixar para se arrumar na última hora, sem margem para ocorrências de contratempos (trânsito, via interditada, chuva, atraso do transporte, etc.), do que mudar de atitude e conseguir a realização mais duradoura, que é vencer a si mesmo.

A autossabotagem é um hábito adquirido. Hábitos são atitudes ou comportamentos que repetimos frequentemente de forma natural, automática e espontânea. Quando uma atitude se torna um hábito essa pode passar despercebida e não nos chamar a atenção, o que nos desperta desse torpor é quando nos deparamos com o insucesso no alcance de determinados objetivos.

Mas como fugir dessa cilada em que nos colocamos sem perceber?

O primeiro passo é o autoconhecimento, uma vez que precisamos conhecer bem nosso inimigo, no caso, nós mesmos. É importante nos conhecermos, e para isso precisamos nos perguntar constantemente o porquê agimos como agimos. Se o autoconhecimento for uma questão difícil, o feedback de pessoas próximas e/ou a ajuda de um profissional preparado, poderá auxiliar.

Algumas questões respondidas por si mesmo poderão ajudar a quebrar o circulo vicioso:

1) Qual é o meu objetivo final?

2) Se eu fizer isso agora, me sentirei bem e satisfeito mais tarde?

3) O resultado dessa ação me aproxima ou me afasta de meu objetivo?

Quando fazemos essas perguntas, quebramos o impulso e ao respondê-las desviamos a rota, nos aproximando assim de nossos objetivos iniciais.

Além disso, é importante também:

·        Desenvolver pequenos prazeres com os novos hábitos.

·        Mostrar a si mesmo que você tem domínio sobre seus impulsos.

·        Dividir o objetivo em fases, para que em cada meta atingida você possa sentir o prazer da vitória.


Não é possível mudar todos os hábitos negativos de uma só vez, separe dois ou três e tente muda-los.

Importante: não precisa aguardar o início do ano, do mês ou da semana para começar esse desafio, comece já e adiante sua satisfação, afinal, não é isso que você vem fazendo?!

E claro, pense positivo! Henry Ford já dizia:

“Se você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer forma você está certo!”

Mariana Wagner de Toledo Piza é graduada em administração, mestre e doutoranda em Energia na Agricultura pela UNESP – FCA, docente e coordenadora do curso de administração na ITE Botucatu.


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