AVENUE WEEKLY – BOLSAS NAS MÁXIMAS E EXPECTATIVAS COM OS JUROS
A SEMANA QUE PASSOU NO MERCADO
Na semana que antecedeu a decisão de juros pelo FOMC (Federal Open Market Committee ou comitê federal de política monetária), tivemos a divulgação de importantes dados acerca da inflação nos EUA.
Na última quarta-feira (11), o índice de inflação ao consumidor americano apresentou números em linha com o esperado pelo mercado. Ainda assim, de acordo com o Bureau of Labor Statistics, os preços ao consumidor subiram em um ritmo mais rápido em novembro, aumentando 0,3% e ficando 0,1 ponto percentual maior do que a medição de outubro, com a taxa acumulada no ano em 2,7%. Excluindo os custos com alimentos e energia, o núcleo da inflação foi de 3,3% na base anual e de 0,3% em sua base mensal.
Já na quinta-feira (12), foi a vez da inflação ao produtor americano, que contou com um aumento de 0,4% no mês, ficando acima da estimativa de 0,2% de consenso do Dow Jones. Em sua base anual, o PPI (Producer Price Index) avançou 3%, registrando a sua maior alta desde fevereiro de 2023.
Outro dado monitorado ao longo da semana foi o de auxílio-desemprego do Departamento do Trabalho, que chegou a 242 mil pedidos (saldo ajustado sazonalmente na semana encerrada em 7 de dezembro), ficando acima da previsão de 220 mil para o período, com 17 mil solicitações acima do balanço anterior.
Em geral, os indicadores dessa semana, em especial os de inflação, seguem em linha com o esperado pelo mercado e, por não trazerem surpresas, reforçam a percepção vigente de que há espaço para mais um corte de juros na próxima reunião do FOMC, nesta quarta-feira (18). A ferramenta CME FedWatch Tool aponta para uma probabilidade de 95% para um corte de juros de 25bps, implícito na precificação atual de mercado, segundo projeções do dia 12. Já para 2025, o cenário ainda parece bastante incerto, com as dúvidas no mercado de juros recaindo sobre a continuidade desse movimento de quedas de juros ao longo do ano, por conta das potenciais tarifas e outras políticas propostas pelo presidente eleito Donald Trump durante a sua campanha.
IMPACTOS NO MERCADO?
Com relação à renda fixa, conforme falamos há pouco, há a perspectiva de mais um corte de juros na reunião desta semana, de acordo com a CME Fedwatch Tool. Olhando para a frente, seguimos com a expectativa do mercado de que haverá menos cortes de juros em 2025.
E, de acordo com o Bank of America Merrill Lynch, seguimos vendo um aumento de alocação em títulos entre 2 e 10 anos, com redução de investimento em títulos mais curtos.
Em relação à renda variável, tivemos mais uma semana com os índices acionários americanos próximos às máximas. Até o momento, foram registrados 57 dias de máximas históricas no principal índice da bolsa dos EUA, o S&P 500.
Estatisticamente, dezembro tem sido um mês positivo para o mercado de renda variável. Considerando o fechamento até o dia 12, notamos uma pequena alta de 0,31% após o forte movimento de novembro. No entanto, cabe destacar que historicamente a segunda quinzena do mês tem se mostrado mais favorável para o mercado... Será que veremos esse padrão se repetir novamente?
Claro que novas altas deixam, ou pelo menos deveriam deixar, o investidor cauteloso. Tal como o passado nos ensina, o que realmente irá determinar o desempenho da bolsa é o crescimento de lucros das empresas do S&P 500. O gráfico abaixo mostra a relação entre a taxa de crescimento dos lucros, na comparação anual, e a performance (variação anual) do S&P 500.
Nesse sentido, o mercado está otimista quanto aos lucros das empresas americanas para 2025. Segundo estudo do Bank of America Merrill Lynch, o consenso de mercado aponta que 96% das companhias do S&P 500 deverão perceber crescimento de lucros no próximo ano.
A SEMANA QUE SE INICIA...
O ano está chegando ao fim, mas ainda não terminou! E para esta semana teremos a divulgação de uma série de dados econômicos bastante significativos para o mercado:
· Na segunda-feira (16), sairão os PMIs (Purchasing Managers' Index ou índice de gerentes de compras) de serviços e da indústria, fornecendo uma leitura da economia americana;
· A saúde do varejo americano é outro indicador monitorado pelo mercado, por isso o número de vendas no varejo que será publicado na terça-feira (17) é bastante aguardado;
Recomendados pelo LinkedIn
· Já na quarta-feira (18), haverá a decisão sobre os juros pelo Banco Central americano, além da atualização das projeções econômicas do órgão, com o seu tradicional gráfico de pontos acerca do comportamento da taxa de juros no futuro, e a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, comentando a deliberação dos membros do comitê. Atenção porque este é o indicador mais relevante da semana;
· Na quinta-feira (19), serão anunciados diversos indicadores que, em conjunto, nos fornecem uma boa fotografia da economia americana: os pedidos de seguro-desemprego, a atividade industrial do Fed da Filadélfia, as vendas de casas usadas e a leitura do PIB do 3T24 dos EUA;
· Por fim, na sexta-feira (20), sairá o dado de inflação mais acompanhado pelo Fed, o PCE, importante para balizar as expectativas de juros daqui para a frente.
RESULTADOS
Apesar do adiantado da hora, ainda restam a divulgação de alguns balanços para esta semana. Confira:
Lembrando que você encontra a cobertura dos principais resultados das empresas no link: Resultados Trimestrais - Temporada de balanços nos EUA
VÍDEOS NOVOS NO CANAL DA AVENUE
Antes de encerrar a nossa Weekly, aproveito para divulgar alguns conteúdos novos em nosso site e canal do Youtube:
Entendendo os juros e o Fed - Em uma semana como esta, em que acompanharemos a última decisão de juros do ano nos EUA, vale entender como funciona o Fed (Banco Central americano) e a importância da taxa monetária americana para o mundo:
Avenue em NYC – Recentemente, durante uma visita a Nova Iorque, pude conversar com o Diretor Sênior de Pesquisa Econômica da NASDAQ, Michael Normyle. Neste bate-papo, fizemos uma retrospectiva do mercado em 2024 e também falamos sobre as perspectivas para o novo ano:
A importância do dólar em nossa vida - O Centro de Estudos em Finanças da FGV-EASP divulgou um estudo que evidencia o impacto da variação cambial na vida dos brasileiros (aqui o estudo). Apesar de muita gente ainda pensar que o dólar não afeta tanto assim o dia a dia no Brasil, neste vídeo eu comento sobre os principais pontos do estudo e explico como a diversificação internacional pode reduzir os efeitos dessa exposição cambial na sua carteira de investimentos:
Que tal continuarmos esse papo no Twitter e Instagram? Siga @willcastroalves e me diga o que achou do conteúdo da semana. Até lá!
Aquele abraço!
William Castro Alves
Estrategista-chefe da Avenue Securities
DISCLAIMER
A Avenue Securities LLC é membro da FINRA e da SIPC. Oferta de serviços intermediada por Avenue Securities DTVM. Veja todos os avisos importantes sobre investimento: https://avenue.us/termos/.
As expressões de opinião são a partir desta data e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. Não há garantia de que estas declarações, opiniões ou previsões aqui fornecidas se mostrem corretas. Este material está sendo fornecido apenas para fins informativos. Qualquer informação não é um resumo completo ou uma declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação.
O desempenho passado não é indicativo de resultados futuros. Investir envolve risco e você pode incorrer em um lucro ou perda, independentemente da estratégia selecionada.
Os links estão sendo fornecidos apenas para fins informativos. A Avenue não é afiliada e não endossa, autoriza ou patrocina nenhum dos sites listados. A Avenue não é responsável pelo conteúdo de qualquer site ou pela coleta ou uso de informações sobre os usuários de qualquer site.
O investimento internacional envolve riscos especiais, incluindo flutuações cambiais, diferentes padrões contábeis financeiros e possível volatilidade política e econômica.
Tenha em mente que os indivíduos não podem investir diretamente em nenhum índice, e o desempenho do índice não inclui custos de transação ou outras taxas, o que afetará o desempenho real do investimento. Os resultados individuais do investidor variam. O desempenho passado não garante resultados futuros.
Manter ações para o longo prazo não garante um resultado rentável. Investir em ações sempre envolve risco, inclusive a possibilidade de perder todo o investimento.
Não há garantia de que essas opiniões ou previsões aqui fornecidas se mostrem corretas.
Qualquer informação não é um resumo completo ou declaração de todos os dados disponíveis necessários para tomar uma decisão de investimento e não constitui uma recomendação. Os investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os investidores.
Antes de investir, considere os objetivos, riscos, taxas e despesas do investimento. Entre em contato com customer@avenue.us para obter um prospecto contendo essas e outras informações importantes. Leia com atenção antes de investir.