Banco Mundial emite R$ 1,2 bilhão em títulos para reflorestar Amazônia e remover carbono
Raimundo Paccó/Divulgação/Mombak

Banco Mundial emite R$ 1,2 bilhão em títulos para reflorestar Amazônia e remover carbono

O Banco Mundial anunciou a emissão de títulos de dívidas de nove anos, no valor de US$ 225 milhões (aproximadamente R$ 1,2 bilhão), vinculado ao reflorestamento na Amazônia brasileira. Essa é considerada a maior emissão de um “outcome bond”, ou "bond de impacto", da instituição.

O título oferece aos investidores um retorno atrelado à criação de unidades de remoção de carbono. A taxa anual mínima garantida, conforme relatado pela Reuters, é de cerca de 1,745%, e até 4,362% se os projetos tiverem o desempenho esperado.

Cerca de US$ 36 milhões (R$ 196,4 milhões) serão direcionados para apoiar as atividades de reflorestamento da Mombak, empresa brasileira que trabalha com proprietários de terras locais para replantar espécies de árvores nativas na Amazônia. Paralelamente, a Microsoft concordou em comprar as unidades de remoção de carbono. Toda a operação será estruturada pelo banco HSBC.


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Checagem: Kamala Harris não sugeriu que jovens desistam de ter filhos devido às mudanças climáticas

A partir dessa semana o Um Só Planeta começa a publicar reportagens com checagens de materiais vinculados na internet. E a primeira delas foi sobre um post feito pelo filho mais velho de Donald Trump que viralizou nas redes sociais ao revelar um vídeo em que Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos e candidata do Partido Democrata à presidência, supostamente sugere que os jovens não tenham filhos por causa dos efeitos negativos das mudanças climáticas no planeta.

A informação divulgada na publicação, entretanto, é falsa. A fala de Kamala Harris foi distorcida por Donald Trump Júnior para dar um sentido diferente ao que foi dito. Além disso, a declaração foi tirada de contexto com o compartilhamento de um vídeo de apenas 15 segundos da participação da vice-presidente em um evento.

Até o meio-dia de terça-feira (13), os posts tiveram 5,3 milhões de visualizações do vídeo e 5 mil comentários, incluindo um do empresário Elon Musk, dono do X, no qual ele sugere que Kamala Harris é a favor da extinção da humanidade.

Ficou curioso para saber mais sobre o assunto? Você confere o deserolar dessa história nesse link.


Habitat Brasil

1 a cada 5 crianças vive dobro de dias extremamente quentes comparado a 60 anos atrás, diz Unicef

Uma em cada cinco crianças, o que representa 466 milhões de pequenos cidadãos, vive em áreas que registram pelo menos o dobro do número de dias extremamente quentes – medidos em mais de 35ºC – todos os anos em relação a seis décadas atrás. A análise é do Unicef, agência das Nações Unidas para atenção à infância, que fez uma comparação entre a média da década de 1960 e a média do período 2020-2024.

“Os dias mais quentes de verão agora parecem normais. O calor extremo está aumentando, interrompendo a saúde, o bem-estar e as rotinas diárias das crianças", disse Catherine Russell, diretora executiva da entidade, em comunicado.

A exposição às altas temperaturas provoca estresse térmico no corpo, o que ameaça a saúde e o bem-estar. E não apenas de crianças, mas também de mulheres grávidas: essa condição tem sido associada a complicações na gestação, como doenças crônicas gestacionais e resultados adversos no parto, incluindo natimorto, baixo peso ao nascer e parto prematuro.

O Unicef pontua que níveis excessivos de estresse térmico contribuem para a desnutrição infantil, doenças não transmissíveis e deixam as crianças mais vulneráveis a patologias infecciosas que se espalham em altas temperaturas, como malária e dengue. Evidências mostram que também afeta o neurodesenvolvimento e a saúde mental.


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Raio de atuação do fogo no Amazonas triplicou desde 2002, com incêndios mais violentos, diz estudo

O estudo internacional State of Wildfires, publicado esta semana, faz um balanço dos incêndios florestais no mundo entre 2023 e 2024, e aponta mudanças de comportamento nas queimadas, sob influência da mudança climática causada pelas atividades humanas. A equipe de 44 pesquisadores, inclusive do Brasil, aponta que no último ano o fogo está mais violento, mesmo que atingindo uma área ligeiramente menor do planeta.

No estado do Amazonas, que vem passando por uma grave seca após um período de influência do fenômeno climático El Niño, o fogo vem se alastrando por áreas antes não atingidas, aumentando seu raio de atuação em 200% desde 2002.

Publicado na revista científica Earth System Science Data, que tem no conselho editorial membros da Nasa e agências europeias, o estudo se propõe a ser o primeiro de uma série de referência para monitorar incêndios florestais a nível mundial.

“O potencial de incêndios florestais está aumentando devido às alterações climáticas, com o aumento da frequência e intensidade da seca e dos períodos de clima favorável aos incêndios, o que conduz a reduções na umidade da vegetação [que seca e se torna combustível para o fogo] e a preparar as paisagens para queimarem de forma mais regular, severa e intensa”, explica a pesquisa, que compilou diversos artigos científicos sobre incêndios florestais em diferentes pontos do globo.

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