BRASIL: SOMOS, DEFINITIVAMENTE, UM PAIS RODOVIÁRIO

BRASIL: SOMOS, DEFINITIVAMENTE, UM PAIS RODOVIÁRIO

Chegando ao fim do primeiro semestre do segundo ano do novo governo, assim gostam de definir o atual governo, já podemos ver como serão as realizações no campo da logística de transportes do BRASIL DA INFRAESTRUTURA.

No modal rodoviário, teremos ainda em 2024 mais uns quatro leilões, sendo os principais e os mais aguardados a concessão da BR-381/MG (Belo Horizonte – Governador Valadares), em 29 de agosto, e a relicitação da BR-040 no trecho entre Belo Horizonte, MG, e Cristalina, GO. Essa rodovia é conhecida como a rota dos cristais. Aparentemente, tudo bem nesses dois processos, tendo o Governo Federal, através do Ministério dos Transportes, mitigado os riscos ao empreendedor e minimizado-os, principalmente na BR-381. Com certeza, serão processos de concessão com a participação de dois a três players, no máximo.

Ainda em 2024, poderemos ter a relicitação também da Rota Sertaneja (BR-163 de Goiânia, GO, a Uberaba, MG, e um pequeno trecho da BR-262), bem como trechos das BRs-364/GO e 060, também em Goiás.

Percorremos, em visitas prévias, os trechos das três rodovias inicialmente citadas (BR-381, BR-040 e BR-163) e, à luz do CAPEX, bons investimentos a serem feitos, extremamente necessários. São três corredores localizados em Minas Gerais por onde passa parte significativa do PIB brasileiro.

Consolida-se, assim, o estado de Minas Gerais como um centro logístico do Brasil.

Outras concessões estão maduras no pipeline do governo. A grande pergunta é se teremos players para tudo o que está por vir.

Entretanto, nem tudo são flores. Já no modal ferroviário, enfrentamos os velhos problemas de sempre. Um problema cultural: não somos de trilhos. Infelizmente.

Essa afirmação baseia-se na simples análise dos avanços do setor nos últimos anos. Com muito custo e prazo, aprovamos um marco regulatório. Bom ou não, passamos a ter uma diretriz. Entretanto, assim como também aconteceu no saneamento, muitas correntes contrárias ao arcabouço jurídico recém-aprovado levaram à paralisação do seu processo de implantação. Devemos ter esse regulamentado na ANTT somente no final de 2024. Ou seja, nada de obras oriundas desse processo até 2027 ou 2028 (cronograma simples de fazer).

Dos projetos em andamento, destacam-se apenas a construção da FICO pela Vale e a “ferrovia estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, que está em construção no Estado de Mato Grosso com investimento 100% privado (RUMO). Essa ferrovia terá 743 quilômetros e vai conectar os municípios de Rondonópolis, Cuiabá e Lucas do Rio Verde. Será um avanço significativo para o desenvolvimento da região" (site da RUMO).

As demais, FIOL e Transnordestina, seguirão seus caminhos tortuosos e cheios de obstáculos.

Trem de passageiros federal? Esqueçam, não os teremos a médio prazo e, quiçá, no longo prazo.

Assim, segue o BRASIL DA INFRAESTRUTURA seu rumo sobre pneus. “Governar é fazer estradas”, dizia um ex-presidente brasileiro. Parece que esse lema, guardadas as devidas proporções, ainda permanece na cabeça de nossos políticos. Fruto, com certeza, da visão imediatista. Fruto ainda de não termos projetos de estado e, sim, apenas, de governos (raras exceções, sem citar quais).

Isso posto, voltamos nossas atenções para o modal rodoviário. Esse, sim, com belas perspectivas de investimentos públicos e privados.

Não nos esqueçamos, entretanto, do ponto final dessa logística de transportes, qual seja: nossos portos.

Felizmente, e bota felizmente nisso, atualmente o foco tem sido investimentos dentro de nossas fronteiras, derrubando a balela de exportação de serviços de engenharia. Nesse ponto, vale sempre a máxima (e escrevi aqui no blog um texto sobre isso) da teoria do avião: primeiro em você e para você, e, somente depois de tudo ok com você, ajude os outros, mesmo que sejam crianças ou idosos.

Se é assim, vamos louvar o bom trabalho desenvolvido pelo Ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com apoio prévio do TCU (que, graças ao seu presidente, Ministro Bruno Dantas, virou um órgão consultivo, mantendo firme sua função de fiscalização). Editais com boa qualidade técnica, jurídica e econômica.

O BRASIL TEM PRESSA de obras prontas.

Sem dúvida um grande momento, diria que vai entrar para história as ações a desse governo na infraestrutura rodoviária, a melhoria da qualidade e do desenvolvimento econômico vai colocar o Brasil no progresso novamente.

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