Brasil uma porteira aberta para fusões e aquisições

Brasil uma porteira aberta para fusões e aquisições

Realmente a porteira está aberta, apesar de todas as dificuldades para os investidores nas questões tributárias e regulatórias, o Brasil se apresenta com uma excelente oportunidade para o mercado de fusões e aquisições em decorrência da Covid-19.

A partir de 2018 a economia brasileira entrava numa nova trilha com percurso desafiador de desbravar uma longa subida dentro de uma grande montanha russa, na qual posteriormente almejava traçar o topo de estabilidade, o qual emperrou em 2020, em virtude da pandemia no mercado mundial.

Os impactos internos foram enormes com retração de toda a produção, desemprego, aumento dos gastos públicos destinados para as camadas sociais mais desfavorecidas,e a desvalorização do real perante o dólar, que somente beneficiou os setores exportadores.

Diante deste cenário várias empresas assistiram os impactos de suas receitas diminuirem e as despesas aumentarem, ocasionando um desiquilíbrio de caixa, jamais pensado, mesmo se houvesse um estudo profundo de Diagnóstico Swot. Geralmente as empresas que detinham o controle de caixa de até 03 (três) meses do seu faturamento, o efeito é que, já decorreram 06 (seis) meses, o mercado ainda caminha de lado, estão totalmente descapitalizadas.

Através de pesquisas realizadas pelo IBGE,somente à partir de maio e junho/20, iniciou-se um processo de retomada ao trabalho nos principais segmentos da cadeia produtiva, como o setores da indústria de transformação e da construção civil.

Os investidores estão atentos as oportunidades, pois as empresas que possuiam um ciclo operacional de caixa com prazo muito longo de recebimentos e prazos mais curtos de pagamentos estão saindo muito machucadas e sem contar as dívidas existentes, a situação piorou ainda mais.

Muitas empresas não conseguirão recompor no curto e médio prazo os seus ativos e não terão muitas opções, senão diminuir as suas operações ou vender os negócios, e nesse momento que os investidores aproveitam para as compras.

A nossa recomendação é que as empresas devem ter muita cautela para composição do seu "Valuation", pois a análise financeira deve ser pautada num cenário antes da Pandemia ou mesmo obter dados consistentes para o novo modelo de negócios que irão persistir no cenário atual, dentro deste contexto devemos ser mais prudentes nas projeções de receitas e da não previsibilidade do mercado para os fatores exógenos os quais não temos os devidos controles.

Outro cenário que identificamos, que muitos agentes financeiros em virtude do risco reduziram os limites de crédito e a forte exigência de garantias reais para a tomada de crédito e agora cabe ao setor privado alocar recursos os quais serão destinados para as oportunidades de aquisições vantajosas, mas não podemos esquecer que os critérios de due diligence deverão ser mais prolongados.

  • Enfim, os investidores internacionais, estão atentos ao mercado brasileiro com 210 milhões de habitantes, a melhor logística da América Latina e com um "gap" de crescimento a ser preenchido.
  • Está porteira tem um processo reverso de entrada de investidores e consequentemente para quem não tem saída em se manter com liquidez financeira no mercado, mas não significa vender ou comprar a qualquer custo.

Escrito por:Jorge Oliveira

E-mail: dr.empresas190@gmail.com

Dr. Empresas

Angelo Francisco Botaro

Engenheiro Agrônomo da Verde Sementes na Verde Tropical Ltda

4 a

Quero fundir a Verde Sementes Ltda

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