BS2 avança para ser o banco digital nº 1 de PMEs
Matéria originalmente publicada no Flash CardMonitor, edição de 07 a 14 de junho de 2021.
Marcos Magalhães assumiu há dois meses a presidência do BS2 com a missão de elevar a instituição ao posto de primeiro banco 100% digital voltado a pequenas e médias empresas (PMEs). A oferta do BS2 unifica jornadas de serviços financeiros e crédito para a categoria. Na semana passada, o portfólio ganhou reforços. O banco adquiriu a fintech israelense Weel, que agregou produtos e time especializado em crédito digital para empresas. Além disso, o BS2 trabalha no desenvolvimento de uma família de cartões PJ, com possibilidade de ser lançada até o final do ano.
O BS2 tem uma carteira de aproximadamente R$ 8 bilhões, quase toda de recebíveis de PMES da indústria e do comércio. “Uma parte importante disso é concentrada em antecipação de recebíveis de cartões e estamos complementando isso com outras famílias de crédito. Contamos com operações estruturadas para empresas de maior porte e, agora, com esse crédito digital da Weel, entramos no segmento de crédito para empresas de menor porte. Na somatória do que não é antecipação de recebíveis, temos, aproximadamente, R$ 800 milhões - entre o BS2 e a Weel”, fala Magalhães. A ideia é que as PMEs tenham no BS2 um one-stop shop para todas as suas necessidades de banking e crédito.
No Brasil desde 2016, a Weel atingiu a marca de R$ 1 bilhão em operações de crédito, com mais de 15 mil clientes em sua base, em 2020. “OBS2 criou um sistema de cash management brilhante, e, ao mesmo tempo, temos como monetizar todo esse ecossistema criado pelo banco, junto com a parte de crédito”, afirma Simcha Neumark, fundador e CEO da fintech.
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Com o negócio, a meta do BS2 é se tornar o maior do país em antecipação de recebíveis. Embora vislumbre uma oferta ampla de crédito, o banco também tem a seu favor o novo sistema de registro de recebíveis de cartões, que passou a valer há uma semana. “Acho que tende a acelerar, porque somos um player relativamente pequeno nesse segmento. Não tínhamos acesso a recebíveis de cartões fora do nosso ecossistema, e a partir de agora, passamos a ter esse acesso, também. Então, é um elemento a mais de crescimento”, acredita Marcos Magalhães.
O open banking desponta como mais um facilitador na empreitada, ajudará a companhia a formatar ofertas adequadas aos clientes. “Acho que em crédito, a questão não é tanto o preço, especialmente em B2B, e sim, volume e limites. Com o open banking, você tem a capacidade de estabelecer o volume e o limite muito maior para um usuário”, diz Neumark. “Também consigo agregar informações de forma muito direta e precisa, e o lifetime value do cliente é muito maior”, complementa o executivo.
Além do crédito – Segundo Magalhães, o ecossistema PJ do BS2 dispõe ainda de outros pilares a serem explorados além do crédito. A Adiq, braço de adquirência do banco, detém 3% do mercado. “Depois de Cielo, Rede, Getnet, Stone e PagSeguro, a Adid é a sexta maior adquirente do Brasil”, ressalta o presidente. “Fomos o primeiro banco a operar Pix autorizado pelo Banco Central, fomos o primeiro banco a ter conta internacional para clientes no Brasil. Então, temos elementos para criar, realmente, um ecossistema PJ. Soma-se a isso, questões de câmbio, pagamentos, crédito e uma vertente de seguros, em que estamos trabalhando também, que propicie uma experiência e uma diversidade de oferta digital, realmente, diferenciada”.
Foco – Na terça-feira passada (08), o BS2 também efetivou a venda da Bit55 –processadora de cartões de crédito e de débito na nuvem, desenvolvida pelo banco para processar os próprios cartões. A plataforma foi adquirida pelo Magazine Luiza por valor não revelado. “Iremos ser os primeiros clientes dessa processadora dentro do ambiente do Magalu. Optamos por vender esse ativo justamente para poder focar mais nos temas e nos ecossistemas de PJ”, comenta Magalhães.