Burnout - Quando o Reset é Necessário
Como Profissional de Recursos Humanos e Psicóloga observo que embora o tema do Burnout não seja novidade ganhou maior destaque nos últimos tempos.
As redes sociais como Facebook, Instagram e Linkedin criadas para um propósito definido dentro de seus escopos mesclam-se em seus conteúdos e demandas com ideais de vida projetados, insatisfação, apelos ao mesmo tempo que fornece um riquíssimo material para reflexão e libertação da famosa zona de conforto.
A Psicologia, ciência derivada da Filosofia trouxe de forma sistematizada aquilo que a sabedoria antiga já sabia: para um organismo sobreviver adequadamente precisa de homeostase (equilíbrio). O equilíbrio não implica em ausência de dificuldades e estresse, pelo contrário, precisamos das polaridades para evoluirmos e sermos íntegros perante a existência como o Yin e Yang. Mas em algum momento precisamos reconhecer que enquanto sociedade exageramos na dose, quando pendemos para cada um dos extremos com consequentes problemas a médio e longo prazo.
Extremos de estética, felicidade, sucesso, metas e objetivos, Nos focamos tanto no ponto final que deixamos de perceber o caminho que percorremos. E quando chegamos ao último ponto da estação nos sentimos esgotados, sem propósito e desconectados de nosso EU.
A definição clássica do Burnout refere-se a um desequilíbrio psicológico causado por um esgotamento energético normalmente ligado a uma atividade importante desempenhada pela pessoa. O mais comum é uma doença decorrente do trabalho. Manifesta-se de forma gradual chegando ao ponto de afetar gravemente todas as áreas (laboral, social, emocional e física).
Em termos lúdicos, nosso corpo comporta-se semelhante ao computador. Vai registrando as experiências advindas da rotina do dia a dia, abrindo espaço para armazenar todas as demandas. E ele possui uma incrível capacidade de se adaptar ao estresse liberando o famoso cortisol que em excesso começa a colapsar esta engrenagem complexa. Há uma sobrecarga geral no sistema e a ventoinha é lançada algumas vezes para evitar o aquecimento. A ventoinha são os sinais apresentados em nossa vida, os famosos alertas de que algo não vai bem, mas normalmente o ignoramos pois focamos mais no objetivo final do que na forma cuidadosa que deveríamos conduzir a jornada.
Ao negligenciar os diversos avisos a máquina simplesmente para e entramos em Burnout. Alterações do sono, apetite, sensação de impotência, problemas cognitivos e falta de propósito. Finalmente o programa é forçado a desligar. Somos obrigados a nos restaurar para sobreviver, resetar. Como o Windows avaliamos a jornada percorrida porque nos comportamos mal e fomos infectados.
Nesse sentido, a preocupação com o Burnout voltou à tona quando nos deparamos com o cenário incerto e vulnerável que a COVID 19 trouxe. Soluções paliativas como o Home Office, embora tenha trazido maior contenção e qualidade de vida, pode se mostrar mais como uma fonte de desequilíbrio quando ele não é conscientemente usufruído. As empresas perceberam este ponto sensível como a importância de manter atividades físicas, alimentação adequada, relaxamento que fazem total diferença neste contexto.
Recomendados pelo LinkedIn
A Namu como uma ampla plataforma voltada a conteúdos de saúde e bem estar integral está aqui para apoiar as pessoas e as empresas na promoção de qualidade de vida, cuidados pessoais de forma acessível e online.
Neste programa, acompanhamos o usuário de perto, entendo suas necessidades particulares ajudando a resgatar o potencial de transformação com os recursos que dispomos para nos adaptar a incerteza que este desafio da vida impõe.
Namu, você sempre bem!
Paula Kauer
Psicóloga CRP 06- 77517