A busca pelo “brilho nos olhos”
Nos dias atuais, muito se discute sobre as habilidades do futuro, as novas profissões, as formações técnicas necessárias, somadas às novas tecnologias, que prometem mudar o desenho do mundo do trabalho e trazer à tona novas habilidades, mas, será que todas as fichas de sucesso estão apenas nas novas tecnologias?
Que a tecnologia chegou para ficar e é uma incrível e necessária ferramenta para se otimizar processos, ganhar em qualidade e eficiência, ninguém discute, mas, em um mundo em que 65% das crianças hoje no ensino fundamental vão exercer uma função que ainda não existe e que tarefas repetitivas e de rotina, que não demandam uma intervenção criativa ou do relacionamento humano, serão completamente substituídas no futuro por robôs e pela inteligência artificial, não há de se falar que a tecnologia de forma isolada será “A” chave do sucesso futuro.
No paralelo da evolução tecnológica (absolutamente necessária e que já se faz 100% presente), percebemos a cada dia mais uma procura incessante por profissionais que tenham um outro tipo de característica e, esta, infelizmente não está disponível em prateleira de cursos, não existe dinheiro capaz de criar.
Procura-se gente que tenha paixão pelo que se faz... o tal do propósito e, aqui, não estamos falando de romantismo, de querer um mundo com mais amor, etc, etc... não.... estamos falando de acreditar, fazer o que for fazer com determinação e entrega total, de não ver linha divisória entre o que você faz no trabalho e a sua vida pessoal.
Se você for olhar a história do mundo, sempre os grandes nomes, as grandes transformações, conquistas e feitos sempre estiveram atreladas a pessoas com o tal do "brilho nos olhos".
E a paixão sempre é movida por realmente ACREDITAR em algo.
É uma habilidade que não se compra, não se aprende em faculdade, não se impõe...é impossível ser "fake"... tem a ver com a pessoa que cada um é e o que cada um acredita e sente.
É este, inclusive, um grande desafio ao mundo corporativo atual, deixar claro seus propósitos, cultura e valores para, com isso, procurar ter por perto colaboradores que aprendam esta cultura, passem a gostar, acreditar e sintam a missão e a cultura da empresa como se fosse sua, pois, como falamos acima, sem acreditar de verdade, é impossível atuar com paixão.
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Mas a paixão no trabalho não vem de forma isolada, não é um ato solitário do colaborador, que acredita e atua com paixão, simplesmente por conhecer e gostar do que a empresa faz e da sua cultura.
Aqui entra o lado fundamental das instituições, pois, não basta simplesmente deixar claro, é preciso treinar, reafirmar e cultuar 24 horas por dia estes pilares, criar mecanismos e ferramentas práticas e leves para que a cada dia isso se reforce e se fortaleça na instituição.
Falar em cultura é fácil, mas, na prática, é um desafio enorme porque, como o próprio nome indica, cultura é algo que precisa ser cultivado dia a dia e é testada por todos a cada minuto.
De nada adianta uma cultura e valores lindos na parede e no site, se os recados no dia a dia, por qualquer colaborador que seja, nas simples ações cotidianas, vão contra isso.
Cultura real e forte não fica só na fala... se pratica, se mostra na prática!
Culturas organizacionais diárias não positivas ou não coerentes podem minar o famoso “brilho nos olhos”.
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