Call - 04/09/2018 - SPX Capital

Call - 04/09/2018 - SPX Capital

A Fatorial Investimentos, com o objetivo de informar melhor os seus clientes, acompanha o que a SPX Capital tem a dizer sobre o cenário econômico e a estratégia dos seus fundos de investimento.

Abaixo seguem os tópicos mais importantes do call:


Gabriel Hartung - Macro internacional

 

+ O FED continua com um discurso “dovish” sem precipitação na alta dos juros, mas com a necessidade de continuidade do ciclo de alta.

+ Várias medidas de protecionismo foram discutidas e implementadas em uma campanha contra a China e com repercussões na economia global.

+ Tivemos uma desaceleração da atividade na zona do EURO, mas a economia segue crescendo acima do potencial, com previsão de crescimento de 2,1% em 2018, abaixo do ano passado que teve um crescimento de 2,5%. O potencial de crescimento da economia na zona do EURO é de 1,2%. Bons fundamentos da atividade e mercado de trabalho dão suporte para o aumento da inflação.

+ O processo de normalização das taxas de juros continua no mundo.

+ A China continua com um crescimento moderado e o governo ainda tem margem para manter o crescimento em 6,5%, apesar do risco da guerra comercial. O governo chinês trabalha com estímulo monetário e fiscal e a economia chinesa está em desequilíbrio.

+ Houve um aumento grande da volatilidade nos países emergentes com o ambiente econômico desfavorável para os emergentes. A guerra comercial atrapalha muito o ambiente internacional. A Argentina e Turquia são os destaques negativos nesse ambiente de incerteza.

 

Beny Parnes - Macro BR


+ O cenário doméstico está muito volátil e sem visibilidade. O momento é para “apertar os cintos” e as posições são tomadas com decisões diárias de olho no resultado das pesquisas eleitorais.

+ Estamos a 34 dias para o primeiro turno com uma sociedade fragmentada, imaturidade política e um grau de previsibilidade do funcionamento das instituições muito baixo. As eleições estão muito incertas e está difícil dizer qual o rumo da economia após as eleições. A estabilidade econômica e politica depende do resultado das eleições. O congresso está fragmentado e a sociedade radicalizada.

+ A economia doméstica está sentada numa grande falha fiscal e a eleição pode ser um trigger para um terremoto.

+ O candidato Bolsonaro está muito forte e provavelmente estará no segundo turno. Haddad, Marina e Ciro disputam a outra vaga para o segundo turno. Haddad parece ser o favorito, contando com a máquina petista e sendo o candidato apoiado por Lula, apesar do fracasso do governo Dilma. Marina e Ciro dependem do fracasso da estratégia do PT para serem viáveis. Alckmin traria mais tranquilidade para o mercado, tem um time melhor, mas não tem voto. Alckmin não consegue subir nas pesquisas e disputa contra o Bolsonaro, muita pouca chance de ser eleito. Cenário muito perigoso. Bolsonaro tem boas propostas, mas com muita dificuldade de execução. A agenda do PT é muito ruim e a do Ciro é a pior de todas.

+ O crescimento da economia doméstica foi revisado de 1% para 1,1%, com uma recuperação fraca. A recuperação foi mais rápida do que imaginávamos após a greve dos caminhoneiros. A demanda doméstica contraiu, a formação de estoques ajudou o PIB, mas com uma recuperação em ritmo lento. Os bancos públicos estão contraindo o crédito, o consumo do governo está fraco, contração fiscal.

+ As eleições estão indefinidas e a trajetória política está incerta. Temos pouca novidade no cenário fiscal e a falta de novidades é notícia ruim. Não temos esperanças de medidas fiscais nesse ano.

+ O câmbio não é o único canal de transmissão para o aumento da inflação. Um candidato com uma visão contra o mercado pode gerar uma desancoragem da inflação. Temos um aumento grande da incerteza pelas eleições, os países emergentes estão vulneráveis, a situação fiscal está ruim e as decisões de investimento são tomadas de acordo com o resultado das pesquisas eleitorais.

+ O BACEN deixou o câmbio flutuar e caminhar sozinho. Na política monetária, os juros devem subir até o final do ano e a taxa de câmbio vai ser o determinante para a inflação. O cenário é de grande desconfiança, o que gera um desancoramento da inflação.

 

Rogério Xavier - Juros


+ A taxa de juros deveria estar em pelo menos 9% hoje. O BACEN deve subir os juros ao passo de 50bps, correndo atrás da curva, ao invés de se antecipar.

+ O BACEN erra em não ajustar os juros rapidamente, gerando mais volatilidade. Ele atrasa muito as suas atuações.

+ O USD andou muito e o BACEN está esperando a desancoragem da inflação para mexer nos juros. A direção está muito clara. Não faz por medo, mas devem fazer em breve. Por atrasar o movimento, terão que fazer com mais intensidade.

+ O BACEN espera muito para atuar e acaba errando no nível. Os juros BR estão abaixo de todos os emergentes. O cenário é muito claro e os juros tem que subir.

+ O hiato está grande, mas a inflação implícita já desancorou. Inflação alta a frente e desancorada. O nível dos juros está totalmente fora do lugar.

+ Bolsonaro não ganha por causa da grande rejeição.

+ O vento mudou. Países emergentes sofrendo e quem não fez o ajuste vai se dar muito mal. Se não consegue mexer no fiscal, tem que ajustar na política monetária. Os juros estão muito fora do lugar.

+ O BACEN deve antecipar os movimentos de juros para não acontecer o que está precificado nos mercados de taxas PRÉ. O BACEN não deve deixar a inflação chegar na implícita. PRÉ está melhor do que IPCA.

+ Não se dá juros em processo de alta dos juros e não se toma juros em processo de queda dos juros.

+ Candidato bom não é garantia quando o ambiente é ruim, exemplos são Argentina e África do Sul. Bolsonaro tem boas promessas, mas de difícil realização. O vento externo é muito mais potente que o cenário interno. Temos que melhorar a musculatura para sofrer menos. O cara bom vai sofrer pouco e o cara ruim vai sofrer muito.

+ Preços assimétricos para o lado negativo. A fotografia atual é horrorosa. O mercado está dando o benefício da dúvida ao Bolsonaro, O cenário é para fazer trade e não posição.


Bruno Pandolfi - Moedas


+ Posição comprada em USD e vendida em emergentes.

+ Reversão do afrouxamento monetário nos EUA, Europa e Japão.

+ Vulnerabilidade na Argentina e Turquia. Na Argentina o queridinho do mercado ganhou as eleições, fez todos os ajustes e mesmo assim o país está indo muito mal. Parece o Brasil com Bolsonaro.

+ No cenário com Ciro ou Haddad, o Brasil piora muito rápido. O cenário eleitoral está indefinido com as eleições muito disputadas e um ambiente muito ruim.

 

Bruno Mafra - Commodities


+ Posição comprada em milho e vendida em soja.

+ Estoques de milho caindo em 1/3 nos EUA. Divergência na demanda com a agência dos EUA e superestimação da oferta na américa do sul. Redução significativa dos estoques com a oferta americana um pouco menor e a produtividade parecida. A demanda será revista para cima com os preços em patamares semelhantes. Com os estoques menores, o preço deverá subir.

+ As tarifas em vigor da China contra os EUA continuam na soja. Os EUA terão dificuldade de escoar a sua produção. O estoque de soja vai subir muito, dobrando o estoque nos EUA. A China vai importar menos e desviar o consumo para outras culturas e diminuir os estoques.

+ Posição comprada em níquel. Com a oferta limitada devido as preocupações com o meio ambiente, teremos um déficit pelo 3º ano seguido.

+ Posição vendida em cobre. Temos um balanço equilibrado de oferta e demanda, mas problemas com a guerra comercial. Proteção para a posição comprada em níquel.

+ Posição comprada em petróleo. A OPEP teve sucesso com o acordo de corte de produção. A produção caiu 400k barris em 2017, 400k em 2018 e mais 400k em 2019. Queda da exportação iraniana, somente a China e Índia como compradores.

 

Leonardo Linhares - Bolsa


+ Muita turbulência nos mercados emergentes. O governo da China fez claros esforços para estimular a economia. A volta da discussão comercial fez com que os mercados cedessem. A qualidade do crescimento da economia chinesa está piorando com um estímulo maior ao investimento público em infraestrutura. Crescimento desacelerando.

+ A economia dos EUA segue bem com bons dados de inflação. Posição direcional relevante nos EUA. A economia dos EUA é menos dependente do crescimento global.

+ Posição direcional neutra com consumo x índices no mercado americano.

+ Volatilidade muito baixa no mercado Europeu e Americano. Possibilidade no aumento da volatilidade. Posição comprada em volatilidade no mercado de bolsa internacional

+ A bolsa BR está em linha com os emergentes e foi salva pela desvalorização do real. A bolsa BR em USD não parece tão ruim.

+ Grande preocupação com os riscos eleitorais O mercado irá se animar no início com o Bolsonaro, mas depois cairá na real. Temos risco específico sobre as empresas em todos os setores.

+ A Argentina taxou de forma significativa as exportações.

+ Viés negativo na bolsa BR. Empresa exportadoras em alta e demanda local em baixa. Baixa exposição direcional.

+ Comprado em commodities, financeiro e utilities. Utilizando opções de compra fora do dinheiro para diminuir a perda em cenários adversos.


Continuaremos acompanhando a casa e seus resultados.

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Diego Soldan

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