CAMPANHA DA HASHTAG #PCDVACINAJÁ
A campanha começou no dia 6 e conta de centenas de lideranças do segmento das pessoas com deficiência
No dia 6 de abril, houve a abertura da campanha para priorizarem pessoas com deficiência na vacinação contra o COVID-19, pois, conselhos como o CONADE e órgãos e movimentos populares entraram nessa briga. A revista Reação, que é especializada em inclusão das pessoas com deficiência, fez uma live com algumas lideranças do segmento que cobram uma resposta do governo e dos poderes públicos.
Em dado momento da live – apresentado pelo editor chefe da revista Rodrigo Rosso e aconteceu nessa quinta (8) – o presidente do CONADE, Marco Castilho, disse que não é só durante a pandemia, mas historicamente, de discriminação. Ele explica que não tem nenhuma deficiência e que luta por pura opção. Mas, segundo ele, o CONADE avalia que não tem uma secretaria com força politica para intervir e interferir na defesa do segmento das pessoas com deficiência e explica que tem que toda hora bater na porta da secretaria e ficar cobrando. Foram inúmeros documentos feitos e varias reuniões realizadas e se olhar, bem antes da questão da vacina, o governo federal desrespeitou as pessoas com deficiência quando lançou as campanhas emergenciais que não assegurava nem mesmo a acessibilidade. Marco disse ainda, que isso não mudou com a chegada das vacinas, o governo não conseguiu compreender. E ressalva que se tem que continuar lutando.
O presidente do CONADE ainda ressaltou, que não enxerga no Ministério da Saúde, qualquer acolhida porque o conselho nacional tem se reunido semanalmente com uma comissão especial, para tratar com o PNI e o órgão que viabiliza a vacina mais de perto essa questão. E foi dito, que eles sabem que tem essa convenção – em reverencia a Convenção da ONU dos Direitos das Pessoas com Deficiência – e todas as leis de prioridade, mas, não tem vacina o suficiente para atender todo mundo. Marco ressalta que isso é fruto do negacionismo do governo da gravidade dessa pandemia.
Na capital do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (DEM-RJ), sancionou uma lei na ultima quarta=feira (7), que prevê que pessoas com deficiência entrem no grupo prioritário e sejam vacinadas contra o covid-19. O projeto pede algumas alterações dentro do calendário municipal carioca de vacinação para incluir o grupo de PCDs. Sendo assim, a partir do dia 24 de abril, quando o calendário estiver chegando nas pessoas com 60 anos, as pessoas com deficiência receberão a primeira dose.
Muitos outros estados e cidades vem aderindo a priorizar as pessoas com deficiência nas vaconas, como Rio Grande do Norte, Piauí e outros. São Paulo, o estado que tem maior porcentagem de população e pessoas com deficiência, não tem nenhuma previsão de quando serão vacinados. Segundo a secretaria das pessoas com deficiência do estado de São Paulo, Celia Leão, o Instituto Butantan, vem trabalhando muito na questão da vacina e não há vacina o suficiente. Uma usuária do Facebook, Claudia Borges, disse que a secretaria fala muito em direitos, mas, segundo Claudia, só fica “puxando o saco” do Governador do estado João Dória (PSDB-SP). Não luta pela prioridade das pessoas com deficiência paulista e muito menos as leis que protegem os PCDs.