Cedo demais para desistir e tarde demais para recomeçar? Como identificar se é hora de encarar uma transição de carreira.
Imagem: Reprodução

Cedo demais para desistir e tarde demais para recomeçar? Como identificar se é hora de encarar uma transição de carreira.

Já compartilhei aqui nessa rede que vivi uma transição de carreira logo no início da minha trajetória profissional. 

De início, escolhi a área da saúde, pois acreditava que nela conseguiria ajudar pessoas e, principalmente, impactar positivamente suas vidas através do meu trabalho. Porém, não foi fácil perceber aos poucos que minhas escolhas do passado já não estavam mais alinhadas às minhas expectativas do presente e, sobretudo, do meu futuro. 

A vontade de trabalhar com pessoas e gerar algum tipo de transformação em suas vidas sempre esteve lá, mas, dessa vez, por meio de uma nova área e gerando um tipo diferente de impacto.   

A decisão de transicionar de carreira pode parecer assustadora, principalmente para quem já vem de uma longa trajetória de experiências profissionais; mas, ao mesmo tempo, pode ser transformadora e libertadora, porque temos a possibilidade de alinhar nossa vida profissional ao nosso propósito daquele momento.  

Entretanto, precisamos saber reconhecer quando certos ciclos se encerram e lançar um olhar generoso sobre nós mesmos, afinal de contas, vale a pena insistir em um caminho que no fim tem nos frustrado? 

Mas e aí, como identificar que chegou a hora de partir para outra na vida profissional?

É preciso estar atento a alguns sinais, mas acima de tudo, estar muito consciente sobre si mesmo. Como já ouvi de uma psicóloga: "Tudo bem não saber o que quer, desde que você saiba o que não quer”. 

  • Estar constantemente frustrado, cansado ou desmotivado. 
  • Questionar, na maior parte do tempo, sobre suas próprias escolhas ou a respeito das circunstâncias que te levaram ao lugar em que está.
  • Ter a sensação de que suas competências não são plenamente aproveitadas. 
  •  Concluir que o salário não supre ou compensa as frustrações geradas pelo trabalho.
  • Não se entusiasmar com as possibilidades de crescimento dentro da própria carreira, como promoções ou novos projetos.  

Todos os itens listados acima podem ser gatilhos que indicam que algo não vai bem.

 E se esse for o diagnóstico, como dar início a este processo de transição?

  • Saiba para onde apontar;

Identifique quais são suas habilidades e competências, quais são as áreas e carreiras que despertam seu interesse e onde sua experiência poderia ser melhor aproveitada. 

  • Planeje-se; 

Identifique também quais são as habilidades e competências que ainda não possui, mas que podem ser desenvolvidas. Além disso, estabeleça objetivos, entenda “do que você não abre mão” e busque lugares que estão alinhados ao seu perfil profissional ou àquilo que valoriza.

  • Prepare-se;

Busque por cursos, eventos, leituras e materiais que possam auxiliar no processo de formação e desenvolvimento de novas habilidades, ou daquilo que foi pouco aproveitado nas últimas experiências.

  • Invista em conexões e em um bom networking; 

Procure criar uma rede com pessoas que têm aquilo que você está buscando. Informação é poder, deixe que saibam quem você é, e o que está querendo. Não tenha medo de ser cara de pau, convide para bate-papos, cafés e calls, tente trocar experiências. 

  • Não tenha medo!

E se tiver medo, vá com medo mesmo. É super normal se sentir inseguro no início de qualquer mudança, mas procure lembrar-se do porquê iniciou essa transição, o que te motiva e o que te faz querer seguir. 

Além disso, faz parte do processo de transição de carreira cair em algumas armadilhas  como:

  • Achar que só existe uma única chance. 
  • Acreditar que toda mudança acontece de uma hora para outra.
  • Sentir-se atrasado em relação a outras pessoas.

Nada disso é verdade, oportunidades vêm e vão ao longo de toda a nossa vida; mudanças podem ser graduais e comparar-se constantemente com outras pessoas pode ser um erro, principalmente por fazer a gente esquecer de olhar para nós mesmos. 

E o mais importante, saiba reconhecer suas próprias conquistas, até mesmo as que parecem pequenas. Uma decisão, uma resposta corajosa, um sim inesperado. Encarar um processo de transição pode ser frustrante no início e até mesmo desencorajador; portanto, saber parar para respirar e olhar para si mesmo é fundamental para seguir focado no seu objetivo.

Bruna Cerasi

Systemic Design Thinking | Design for Positive Impact | Planet-Based Solutions | Service Design Associate Manager at Accenture

2 a

Amei seu artigo Má, super relevante <3

Luana Alves Souza

Administração de pessoal na BNP Paribas | Bacharelado em Administração, Certificação em Compliance

2 a

Que texto perfeito💕

Caroline Costa 🏳️🌈

Consultora de Diversidade, Equidade e Inclusão | Empregabilidade | Pessoas e Cultura | Treinamento e Desenvolvimento | Recursos Humanos

2 a

Que texto gentil e acolhedor, Maíra. ❤️

Ana Carolina Orsini

Author | Intuitive Eating Certified Counselor | Weight Inclusive Advocate | Health Promotion | Marketing & Communication Specialist

2 a

Muito bom! Me identifiquei demais! A melhor coisa que fiz foi ter coragem para mudar de carreira, quando me dei conta de que as funções que desempenhava não me traziam satisfação 💖

Dani Barcellos

Profissional as a service IConsultora I Mentora I Palestrante I Conselheira consultiva I Advisor I CHO

2 a

Ótimo artigo Maíra Andrade de Carvalho (ela/ ella/ she). Passei por uma transição de carreira com 49 anos!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de Maíra Andrade de Carvalho

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos