Clipping Oil$Gas - 30/05/2017

Armadora francesa CMA CGM fecha primeiro trimestre com alta nos lucros


Terceira maior transportadora marítima de contêineres, a armadora francesa CMA CGM fechou o primeiro trimestre com alta nos lucros, fato encarado por especialistas como mais um sinal da recuperação do mercado de navegação. 

A companhia registou um lucro de US$ 86 milhões nos primeiros três meses do ano (incluindo o resultado das operações da armadora NOL, adquirida em julho do ano passado). 

No mesmo período, em 2016, a empresa havia registrado um prejuízo de US$ 100 milhões.

Fonte: A Tribuna

INDÚSTRIA NAVAL E OFFSHORE

Segunda, 29 Maio 2017 07:10

Carioca Engenharia poderá voltar a lista de fornecedores da Petrobras


A Petrobras anunciou nesta sexta-feira que vai permitir que a Carioca Engenharia volte a participar de suas licitações futuras . Para isso, a construtora está assinando um termo de compromisso com a estatal. A Carioca estava na lista de bloqueio cautelar desde dezembro de 2014, quando a estatal decidiu proibir que empresas envolvidas na Operação Lava-jato, por suposta formação de cartel, firmassem novos contratos com a petroleira.

A construtora vai se juntar a outras companhias que já saíram dessa lista de bloqueio cautelar. A Setal voltou a participar das licitações da estatal após acordo de leniência com o governo. TKK Engenharia, Niplan, NM Engenharia, Queiroz Galvão Óleo e Gas e Egesa também podem participar de novos contratos após arquivamentos de seus processos na CGU. Atualmente, com a saída da Carioca Engenharia, há 21 grupos empresariais proibidos de firmarem novos contratos com a Petrobras.

Segundo a Petrobras, a Carioca Engenharia só saiu da lista porque firmou acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF). Em nota, a Petrobras disse que a empresa teve de assumir algumas obrigações. "Entre as obrigações e compromissos assumidos, está a manutenção, por parte da Carioca Engenharia, de um programa de integridade efetivo, em conformidade com a legislação anticorrupção e constituído de pontos de melhoria específicos estabelecidos pela Petrobras e sujeitos a verificação contínua", disse a estatal em nota.


A Petrobras cita que a Carioca Engenharia criou uma estrutura interna de conformidade, adotou canais independentes de denúncia e de códigos de ética. A estatal disse que todas essas medidas passaram pelo crivo de sua áre a de "Conformidade" através de due diligence. "A avaliação considera o porte do fornecedor, a complexidade de suas operações, a existência de relacionamento com o poder público, a reputação da empresa, de seus administradores e acionistas e sobretudo, a efetividade do seu programa de integridade", destacou a Petrobras em nota.

João Elek, diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, informou, em nota, que a estatal "valoriza parceria com o Ministério Público e considera que outras empresas sujeitas ao bloqueio cautelar que sigam os mesmos passos podem ser alvo de análise para poderem voltar a ter negócios com a companhia”.

Mendes Junior, GDK, IESA, Jaraguá, Skanska e Alumina não podem mais participar de licitações pois foram consideradas inidôneas pelo governo.

Fonte: O Globo

Rio Grande sofre com derrocada de estaleiros


Instalado à beira da Lagoa dos Patos, o pórtico gigante, trazido da Finlândia, era o símbolo da prosperidade do município de Rio Grande (RS). Com 117 metros de altura e 210 metros de largura, o equipamento – pintado de um amarelo berrante – era visto de qualquer canto da cidade, que fervilhava com o avanço do polo naval e seus três estaleiros. Hoje esse mesmo pórtico, que custou cerca de R$ 400 milhões, está parado ao lado de milhares de toneladas de aço no Estaleiro Rio Grande (ERG).

De símbolo de bonança, o equipamento virou o retrato dos prejuízos que o setor causou na cidade. No dia 9 de dezembro do ano passado, o ERG – que tem como sócios a Engevix e o Funcef – teve seus contratos rescindidos com a Petrobrás e demitiu cerca de 3 mil funcionários de uma só vez. Em seguida, entrou com pedido de recuperação judicial para equacionar uma dívida de R$ 7,5 bilhões. Nem deu tempo de terminar o casco da P-71, que ficou pela metade.

A derrocada do estaleiro teve efeito imediato na economia da cidade. Empresários que investiram na expansão dos negócios estão endividados e sem dinheiro para honrar os compromissos firmados; trabalhadores perderam o emprego e não têm perspectivas de recolocação no mercado; e o índice de criminalidade cresceu. “O retrato do que se vê aqui é de um impacto social violento e de uma retração do desenvolvimento da região”, afirma o prefeito de Rio Grande, Alexandre Duarte Lindenmeyer.


O colapso dos estaleiros

No auge da construção de embarcações, os três estaleiros do polo naval (Rio Grande, QGI – Queiroz Galvão Iesa e EBR – Estaleiros do Brasil) empregavam cerca de 24 mil trabalhadores e giravam uma economia que crescia em torno de 20% ao ano. Além do ERG parado, os outros dois também seguem o mesmo caminho. O QGI tem mais dois meses de trabalho e o EBR vai até o fim deste ano. Se nada for feito, outros cerca de 4 mil funcionários serão demitidos e vão engrossar a lista de desempregados na cidade.

O efeito multiplicador do polo naval funciona para o bem e para o mal. Com a queda na demanda, os empresários locais também passaram a demitir. O empresário Luiz Carlos Hilário conta que ampliou a rede hoteleira na cidade para atender a demanda do polo e agora está com elevada capacidade ociosa. “Dependendo do mês, a ocupação fica entre 30% e 40%. No auge dos estaleiros, tinha 98%”, diz ele, que é dono de quatro hotéis em Rio Grande. Para se adequar à nova realidade, a solução foi cortar custos e reduzir o preço da diária. “Ainda assim, esses dias um dos hotéis não tinha nenhum hóspede. Isso nunca tinha ocorrido antes.”

A situação de Renan Guterres Lopes é ainda pior. Ele investiu numa frota de ônibus para atender as empresas do polo naval e hoje não sabe o que fazer com os ônibus. Para piorar, Lopes pegou empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e hoje não tem caixa para pagar a dívida. Quando os primeiros estaleiros começaram a chegar a Rio Grande, a empresa de Lopes, a Universal, tinha apenas nove ônibus para atender os clientes. Conforme o polo avançava, ele aumentava o número de veículos, até chegar a 90 ônibus. Hoje, os carros estão sucateados no pátio, alguns sem motor e sem pneu. “Daqui a pouco eu vou doar ônibus, pois é mais barato do que bancar o custo dos veículos parados.”

Estabelecimentos que tinham relação indireta com o polo naval também sofreram um baque com o fechamento do ERG e redução dos serviços na QGI e EBR, além da retração da economia. Diante da perspectiva da população dobrar em dez anos, a cidade ganhou dois shoppings centers. Um deles foi concluído no meio da crise. Sem demanda, lojas e restaurantes foram fechados e quem continua de pé está renegociando os contratos de aluguel. “Em toda a cidade, 10% do comércio fechou as portas”, afirmou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Rio Grande), Luiz Carlos Teixeira Zanetti. O próprio executivo fechou uma de suas três lojas de material de construção.

Fonte: Estadão

Petrobras tenta recuperar mercado

A decisão da Petrobras de reduzir em 5,4% o preço médio da gasolina e em 3,5% o preço médio do diesel, na noite de quinta-feira, foi motivada muito mais por uma estratégia de recuperação de mercado do que repasse ao consumidor de uma redução dos preços dos combustíveis no mercado internacional. Passados sete meses desde o lançamento da nova política de preços, a companhia ainda não conseguiu conter os avanços das importações por terceiros e recuperar o mercado perdido.

Em relatório sobre o assunto, o UBS indicou que a companhia começou a ter problemas com relação à sua fatia no mercado de combustíveis domésticos, com o aumento das compras de diesel e gasolina pela concorrência.

Em comunicado divulgado, na semana passada, a Petrobras destacou que a importação de gasolina por terceiros aumentou de 240 milhões de litros em fevereiro para 419 milhões de litros em abril, com previsão de manutenção desse patamar em maio. Com relação ao diesel, a importação passou de 564 milhões de litros em fevereiro para 811 milhões de litro em abril, com previsão de superar 1 bilhão de litros em maio.

"Com isso, as refinarias da Petrobras podem chegar a um fator de utilização abaixo do último dado divulgado pela companhia em seus resultados trimestrais, que foi de 77%", acrescentou a estatal.

As importações de diesel e gasolina por terceiros ganharam força nos últimos anos, quando a Petrobras decidiu elevar suas margens para recompor o caixa. Com o prêmio elevado, comprar combustível no exterior passou a ser mais barato que comprar das refinarias da estatal. Não demorou para que as empresas passassem a apostar nas importações. Desde o lançamento da política de precificação da Petrobras, em meados de outubro, os preços da estatal nas refinarias caíram, mas dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) indicam que importar ainda continua sendo vantajoso.

De acordo com dados da ANP, no segundo bimestre de 2017, as tradings pediram autorização para importar 3,312 bilhões de quilos de diesel, 47% a mais que o registrado entre janeiro e fevereiro e 49% acima dos pedidos acionados no segundo bimestre de 2016.

Com o aumento das importações por terceiros, o fator de utilização das refinarias brasileiras pode continuar em queda e chegar a 75%, segundo o UBS.

"As margens de refino atuais claramente não são sustentáveis no longo prazo. E devemos ver um nível normalizado de 5% a 10%", afirmam os analistas Luiz Carvalho e Julia Ozenda, em relatório sobre o assunto distribuído a clientes.

Pelos cálculos do UBS, antes do anúncio de quinta-feira e considerando um custo de importação de US$ 7 por barril, o preço spot (curto prazo) da gasolina europeia estava com um prêmio de 2,9% (e prêmio de 8,9% na média móvel de 30 dias), enquanto o diesel estava com prêmio de 16,4% (e prêmio de 22,4% na média móvel de 30 dias).

Com o reajuste, ainda pelas contas do banco, o preço spot da gasolina passou para uma defasagem de 2,3% e o prêmio spot do diesel caiu a 13,3%.

"Após a recente desvalorização do real por volta de 6% devido aos eventos políticos no Brasil, o prêmio caiu e olhando apenas o spot, essas quedas não fariam muito sentido", completam os analistas, destacando que a estatal levou em consideração a perda de mercado, ao tomar a decisão de baixar os preços nas refinarias.

Fonte: Valor

GERAL

Segunda, 29 Maio 2017 06:39

Petrobras: Br Distribuidora lucra R$ 156 milhões no 1º trimestre

A BR Distribuidora lucrou R$ 156 milhões no primeiro trimestre de 2017, três vezes mais do que o apurado no quarto trimestre de 2016, informou a Petrobras, em comunicado, no qual afirma que o resultado foi anunciado pela diretoria da BR aos funcionários, em evento interno na sede da empresa, na quinta-feira (25).

"O lucro da Petrobras Distribuidora não foi impactado por eventos extraordinários, ao contrário do que ocorrera em períodos anteriores", traz a nota. Em relação ao mesmo período de 2016, houve redução anual de perdas em créditos a clientes de R$ 495 milhões e, em processos administrativos, de R$ 288 milhões. Além disso, os custos foram reduzidos em 4,4%, queda de R$ 46 milhões, em relação ao primeiro trimestre de 2016, "em função, principalmente, de menores gastos com fretes e despesas gerais".

O lucro operacional da BR no primeiro trimestre foi de R$ 428 milhões e a geração de caixa, de R$ 676 milhões, R$ 1,1 bilhão maior do que no período de janeiro a março de 2016. A Petrobras informou ainda que a dívida líquida caiu R$ 1,2 bilhão, comparada aos três primeiros meses do ano passado.

Segundo a estatal, a BR se manteve na liderança nacional nos mercados revendedor, com 24,4% de participação de mercado, e de grandes consumidores, com fatia de 46%.

Fonte: JCRS

Falta de clareza da Opep sobre estratégia causará danos

Os ministros da Opep falharam na tentativa de convencer o mercado de que têm um plano quando fecharam acordo para prolongar os cortes de produção por mais nove meses. O problema não foi a extensão, e sim a falta de clareza em relação ao futuro.

No momento em que as autoridades já haviam se retirado para seus hotéis em Viena na quinta-feira, ou chegado ao aeroporto, o preço do petróleo registrava queda de mais de 4 por cento.

O prolongamento foi pensado para mostrar um nível de cooperação sem precedentes entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e um grupo de produtores de fora da Opep. Foi pensado para mostrar o comprometimento em fazer o que fosse necessário para reduzir os estoques, colocando-os no nível da média de cinco anos. Mas como eu comentei na semana passada, trata-se de uma fraca imitação das intervenções anteriores.

O que mostrou sua fraqueza não foi seu conteúdo, mas aquilo que faltou ao acordo.

Não houve clareza em relação a como o processo de reequilíbrio do mercado poderá terminar. O que acontecerá quando os estoques voltarem ao nível desejado pela Opep? Segundo o ministro de Energia saudita, Khalid Al-Falih, isso ocorrerá no fim do ano. Mas ele claramente não usou a análise de mercado da própria Opep para essa previsão, porque o grupo está muito menos otimista do que a Agência Internacional de Energia em relação à redução dos estoques no segundo semestre com base nos níveis atuais de produção.

O temor é que o grupo retorne à produção liberada para todos que vimos entre novembro de 2014 e o início deste ano, desencadeando outra rodada de formação excessiva de estoques e mais um colapso dos preços.

A Opep não conseguiu acalmar essas preocupações com convicção. É uma pena, porque poderia tê-lo feito muito facilmente. Considerando que os próprios membros do grupo estão preparados para diminuir seus cortes de produção gradualmente, deverá haver poucas dificuldades para desfazer as reduções feitas pelos demais.

Cerca de um terço dos cortes oferecidos pelos produtores de fora da Opep vieram de declínios naturais que não podem ser revertidos. O México e o Azerbaijão entram nessa categoria. Para os demais, particularmente a Rússia, não haveria vantagem em inundar o mercado com um petróleo indesejado — muito provavelmente esses produtores também estariam dispostos a aumentar a produção suavemente.

Então por que as pessoas que negociam petróleo não acreditam neles? A experiência da produção irrestrita da Opep em 2015 e 2016 deixou cicatrizes nelas. A queda dos preços, de mais de US$ 110 o barril para menos de US$ 30 no espaço de 19 meses, eliminou bilhões de dólares em valor dos fundos que investiram em petróleo e das companhias que o produzem.

O medo de reprise, justamente no momento em que o setor está se reerguendo, é grande.

Al-Falih disse após a reunião que não estava preocupado com as flutuações diárias do preço do petróleo — o que é positivo. Ele insistiu que a estratégia é a correta. Os produtores não conseguem controlar o preço, disse ele. Controlam apenas a oferta e por meio disso os estoques, e é nisso que eles se concentrariam.

O mercado discorda. A Opep desperdiçou uma oportunidade de oferecer um direcionamento claro para sua estratégia de longo prazo, deixando os traders de petróleo com a impressão de que o grupo não possui direcionamento nenhum. Essa falha vai custar caro, pelo menos a curto prazo.

Essa coluna não reflete necessariamente a opinião da Bloomberg LP e de seus proprietários.

Fonte: Bloomberg

Ariovaldo Rocha: o inapropriado pedido de waiver da Petrobras

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) promoveu, no dia 18 de abril, audiência pública para debater o pedido ilegal da Petrobras de waiver (isenção do conteúdo local previsto em contrato à ANP) para a FPSO de Libra. O objetivo é desobrigar a petroleira do cumprimento de exigências contratuais referentes aos índices de conteúdo local. A estatal afirma que a construção de plataformas é 40% mais cara no Brasil e que os estaleiros nacionais são incapazes de atender as suas demandas para os campos de Libra e Sépia.

A postura antinacionalista da Petrobras, além de enfraquecer a cadeia produtiva brasileira, é errônea. Na última década, o conteúdo local promoveu uma revolução no setor da construção naval brasileira, com a criação, até 2014, de 82 mil empregos diretos e promoveu o desenvolvimento de toda a indústria e o setor de serviços para o setor de óleo e gás. O Brasil tem estaleiros com capacidade técnica e índices de produtividade já demonstrados, assim como agilidade e know-how em todo o processo fabril e operacional.

A construção de plataformas fora do Brasil eliminará milhares de postos de trabalho locais e causará um grave impacto na arrecadação de impostos. Além disso, o fornecimento de equipamentos por empresas estrangeiras prejudicará os estaleiros nacionais, que investiram cerca de R$ 24 bilhões em suas unidades a partir das projeções sinalizadas pela Petrobras.


A petrolífera relatou que a indústria local não estaria apta a atender aos níveis de conteúdo local exigidos pelo Contrato de Partilha de Produção (CPP). A estatal chegou a essa errada conclusão com base em um estudo inconclusivo encomendado por ela e que pode induzir a ANP a uma leitura equivocada. Os supostos 40% de sobrepreço, em função do conteúdo local, referem-se ao risco de multa projetado pelos agentes fomentadores para financiar o projeto das afretadoras e consideram a incapacidade de endividamento da companhia. Os preços e custos apresentados não refletem a realidade, pois a indústria nacional não foi corretamente cotada.

O pedido de waiver teve como base dois estudos. O primeiro, da DNV-GL, que não pretendia ser um diagnóstico da capacidade de atendimento da indústria nacional. O outro, da IHS, de 2013, mostra dados defasados dos estaleiros brasileiros, que contam hoje com parques industriais considerados “estados da arte” da construção naval mundial. Durante a audiência da ANP, todos esses pontos foram contestados, com destaque para a decisão da Petrobras de não revelar os números da proposta da Modec que apontavam a suposta majoração brasileira. O Sinaval, como representante da indústria naval

brasileira, defende que os índices de conteúdo local contratados no CPP devem e podem ser cumpridos. Os estaleiros nacionais têm plenas condições técnicas para apresentar propostas e aguardam a oportunidade para competir.

Ariovaldo Rocha é presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval)

Royalties do petróleo puxam a arrecadação

A arrecadação federal voltou a ser salva pela receita com royalties de petróleo, e totalizou R$ 118 bilhões em abril, um aumento real (descontada a inflação do período) de 2,27% na comparação com o mesmo mês do ano passado, divulgou nesta quinta-feira a Receita Federal. Descontada a receita administrada por outros órgãos do governo, a arrecadação foi de R$ 112,4 bilhões no mês passado, uma queda de 1,3% entre abril deste ano ante o mesmo período de 2016. O valor arrecadado foi o melhor desempenho para meses de abril desde 2015.

Entre janeiro e abril deste ano, a arrecadação federal somou R$ 446,791 bilhões, também maior desde 2015. O montante ainda representa aumento real de 0,65% na comparação com igual período do ano passado.

A receita não administrada pela Receita Federal somou R$ 5,5 bilhões, aumento de 278% em relação a abril do ano passado. O montante vem crescendo neste ano porque a arrecadação com royalties, principalmente de petróleo, estava em baixa em 2016, porque o preço do produto estava menor e o real estava desvalorizado em relação ao dólar. Ao contrário da arrecadação administrada pelo fisco, essa rubrica não reflete o desempenho da economia.

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 28,141 bilhões entre janeiro e abril deste ano, valor menor do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 30,290 bilhões. Apenas no mês de abril, as desonerações totalizaram R$ 7,035 bilhões, também abaixo do que em abril do ano passado (R$ 7,604 bilhões).

Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,207 bilhão em abril e R$ 4,828 bilhões no acumulado do ano. Em março deste ano, o governo anunciou o fim da desoneração da folha para cerca de 50 setores a partir de julho. A renúncia fiscal será mantida apenas para os setores de transporte rodoviário coletivo de passageiros, de transporte ferroviário e metroviário de passageiros, de construção civil e obras de infraestrutura e de comunicação.

No Rio Grande do Sul, o total das receitas administradas pela Receita Federal do Brasil atingiu R$ 5.918 milhões, ou seja, 4,2% a mais que o valor contabilizado em abril de 2016. A preços constantes (preços de abril/2017- base variação do IPCA) esse percentual representou um pequeno ganho real de 0,1%. Comparativamente a março, ocorreu aumento nominal de 29,8%, fato que é normal para o mês de abril.

A participação do Estado alcançou 5,3% do total do Brasil, sendo que a arrecadação Fazendária correspondeu a 5,1%, e a Previdenciária, a 5,9 %.

Fonte: Jornal do Comercio RS

Petrobras escolhe áreas do pré-sal

A Petrobras confirmou as expectativas do mercado de que não pretende disputar todas as áreas do pré-sal oferecidas nos leilões deste ano. A estatal manifestou o interesse de entrar como operadora em três dos oito ativos oferecidos nas rodadas de partilha: Peroba, Alto de Cabo Frio Central e a área da União adjacente ao campo de Sapinhoá. Vão demandar o pagamento de R$ 810 milhões, no mínimo, em bônus de assinatura.

Segundo a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, os recursos representam apenas 0,3% dos investimentos previstos no plano de negócios (de US$ 74,1 bilhões entre 2017 e 2021) e foram levantados, dentro do orçamento da empresa, a partir da postergação de projetos de exploração na costa da Bahia.

A previsão de aporte do bônus representa a fatia mínima de 30% da empresa, como operadora. Solange disse, porém, que o fato de ter exercido direito sobre as três áreas não implica, necessariamente, na "não participação nas outras áreas" que não teve interesse.

Entre as áreas da 3ª rodada de partilha, a Petrobras optou pelo ativo considerado mais promissor: Peroba, com volumes estimados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) de 5,3 bilhões de barris 'in place' (total contido no reservatório, mas não necessariamente recuperável economicamente).

Não à toa, Peroba tem o bônus mais caro da licitação (R$ 2 bilhões). O ativo está situado ao sul de Lula e leste de Sapinhoá, os dois maiores campos do pré-sal hoje em operação no país e que são responsáveis por um terço da produção nacional de óleo.

A opção pela área mais cara do leilão pode explicar o fato de a Petrobras ter deixado de lado Pau Brasil, a segunda mais cara (R$ 1,5 bilhão), com volumes estimados de 4,1 bilhões de barris 'in place'. Pau Brasil fica em área estratégica, próximo à descoberta de Júpiter.

Já Alto de Cabo Frio Central, o segundo ativo pelo qual a petroleira manifestou o interesse, está em uma região menos explorada, sem descobertas próximas. Ao justificar a opção pelos ativos escolhidos, Solange disse que o portfólio exploratório e a alocação de investimentos da empresa "é uma ponderação de risco-retorno".

Sobre o leilão de áreas unitizáveis (a 2ª rodada de partilha), a Petrobras não surpreendeu ao optar por Sapinhoá, já que opera a concessão adjacente à área da União colocada em leilão. A curiosidade foi a não opção pela área unitizável de Tartaruga Verde, que também é operada pela estatal. Solange disse, porém, que a empresa pretende continuar como operadora do ativo. Ela disse que a 14ª Rodada de blocos exploratórios também "está no radar" da companhia.

Fonte: Valor

Petrobras fecha acordo que libera Carioca Engenharia para participar de licitações

A Petrobras celebrou um termo de compromissos com a Carioca Engenharia que permitirá a retirada da empreiteira da lista de empresas vetadas de participar de licitações da estatal desde dezembro de 2014, segundo comunicado ao mercado nesta sexta-feira (26).

A petroleira disse que o acordo foi possível após a Carioca Engenharia firmar acordo de leniência junto ao Ministério Público Federal e adotar uma série de medidas anticorrupção.

Atualmente, segundo o Petrobras, outras 21 empresas sofrem bloqueio cautelar que as impede de participar de licitações da Petrobras. Porém, levantamento feito pelo G1 junto ao portal de transparência da empresa, contabilizou ainda 23 companhias bloqueadas (excluindo subsidiárias).

São elas: Alusa, Construcap, Camargo Corrêa, Andrade Gutiterrez, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Fidens, GDK, Iesa, Mendes Júnior, MPE, Promon, Skanska, Techint, Tomé Engenharia, UTC, Galvão Engenharia, Jaraguá, Sanko Sider, EIT e Schahin Engenharia.

De acordo com a petroleira, entre as obrigações previstas no termo de compromissos está a manutenção de um programa de integridade (compliance) efetivo, que siga a lei anticorrupção e também pontos de melhoria específicos estabelecidos pela estatal e sujeitos à verificação contínua.

A Petrobras informou ainda que "segue acompanhando o andamento de eventuais acordos de leniência e adoção de medidas de conformidade pelas demais empresas da lista do bloqueio cautelar".

Lava Jato

A Polícia Federal deflagra nesta sexta-feira a 41ª fase da Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras. A ação, batizada de Poço Seco, é realizada no Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo. Ao todo, são cumpridos 13 mandados: um de prisão preventiva, um de prisão temporária, oito de busca e apreensão e três de condução coercitiva.

São investigadas complexas operações financeiras realizadas a partir da aquisição pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo em Benin/África, com o objetivo de disponibilizar recursos para o pagamento de vantagens indevidas a um ex-gerente da área de negócios internacionais da empresa.

Os principais alvos são esse ex-gerente e um ex-banqueiro, suspeitos de terem recebido mais de US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 18 milhões) em propinas da empresa Companie Beninoise des Hydrocarbures SARL (CBH).

Os dois e outras cinco pessoas são suspeitos de receber em contas no exterior pagamentos ilícitos que totalizaram mais de US$ 7 milhões (cerca de R$ 23 milhões) entre 2011 e 2014. Os fatos podem configurar os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A empresa CBH pertente ao empresário português Idalecio Oliveira e foi responsável pela venda de um campo seco de petróleo em Benin, na África, para a Petrobras, em 2011. Segundo o Ministério Público Federal, os pagamentos de propina feitos para efetivar a venda foram intermediados pelo lobista João Augusto Rezende Henriques, operador do PMDB no esquema da Petrobras.

João Augusto está preso desde setembro de 2015 na operação Lava Jato e foi condenado a sete anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, por conta dos mesmos fatos, em outro processo. Naquela etapa, foram condenados também o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada.

Fonte: G1


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