COLUNA PARA A REVISTA BIO - NÚMERO 05

DATA​: 16 de maio de 2011

GESTÃO & OPERAÇÃO
Foto: Expo-ENCA. Aguaonline

COLUNA PARA A REVISTA BIO - NÚMERO 05 DATA: 16 de maio de 2011 GESTÃO & OPERAÇÃO

Projetos operacionais e técnicos.

A atividade de execução de projetos de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, com o advento do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento passou de esquecida para mal utilizada. Se antes desse programa de obras com disfarce de plano de investimentos, os projetos de engenharia pouco se dedicavam a dimensionar e especificar unidades onde a operação dos sistemas pudesse ser eficiente e com baixos custos, hoje, a urgência em colocar os contratos em andamento, faz com que as obras executadas deixem muito a desejar quanto a qualidade e alcance de seus objetivos. Muitos projetos seguem conceitos de engenharia ultrapassados e voltados puramente para o dimensionamento de estruturas hidráulicas, isso aliado a forma como são contratadas e gerenciadas as obras leva a sistemas de baixa eficiência e custo operacional elevado. Os projetos precisam de tempo de elaboração para que possam contemplar ações integradas de engenharia na construção, operação e gestão com qualidade.

Manutenção de equipamentos e das unidades operacionais.

Em 18 de abril, veiculou-se a notícia de que a parede de concreto armado de uma Estação de Tratamento de Esgoto em Niterói havia desabado, provocando grande destruição. Esta situação incomum chama a atenção para uma atividade pouco, ou quase nunca praticada nas operadoras de serviços de saneamento, que é a manutenção preventiva das estruturas físicas que compõem as unidades operacionais, tais como as construídas em concreto armado e componentes de casas de bomba, estações de tratamento, caixas de registros e ancoragens. O ambiente existente nas unidades operacionais de água e esgoto é agressivo e pode ter impactos negativos graves nas construções em concreto armado ou não. Para que a gestão da manutenção seja completa, devem ser incluídos nos itens de manutenção preditiva e preventiva a inclusão de itens voltados para a identificação de patologias no concreto.

A evolução no setor de saneamento.

Uma das áreas que mais necessita de controles e consequentemente boa gestão é a de redução de perdas. Em alguns poucos locais do Brasil, ainda que como projetos – pilotos encontram-se sistemas de micromedição com hidrômetros lidos à distância e pré-pagos via cartão magnético. Como informação, a Prefeitura de Nova Iorque, estabeleceu que até o final de 2011 terá o maior parque de medidores de água sem fio. Tecnologia já disponível no Brasil, no entanto fora ainda das políticas de controle e medição de muitos operadores, com custos muito altos também.

Outra experiência vem da empresa IUSA, estabelecida na cidade de Pastejé, Novo México/EUA, que está lançando no mercado o sistema de medição inteligente de autogestão que ao mesmo tempo dispensa os leituristas, a emissão das faturas e sua entrega e o corte físico e dá às operadoras de água e esgoto a possibilidade de ter dados atualizados sobre os consumos de seus clientes. É um modo eficaz de gestão de consumos e redução de perdas, com reflexos importantes nas finanças dos clientes e operadores.

 


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