GESTÃO & OPERAÇÃO A turma da operação e a eficiência operacional
COLUNA PARA A REVISTA BIO - NÚMERO 01
DATA: 04 DE JUNHO DE 2010
A Constituição Federal e O Código de Defesa do Consumidor, deram ao cidadão o direito de cobrar por serviços cada vez melhores, fazendo com que os resultados já alcançados nos sistemas de abastecimento de água melhorassem, especificamente, em alguns estados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Hoje, há uma permanente mobilização pela melhoria da gestão dos serviços de abastecimento de água e a busca pela eficiência operacional. Utilização de novas tecnologias, aperfeiçoamento das que já estão em uso, comparação do custo – benefício da própria forma de operar os sistemas e até, o que parecia não ser necessário, a capacitação técnica e gerencial da chamada “turma da operação”, são atividades rotineiras nas entidades públicas e privadas que buscam a excelência na prestação dos serviços.
E quem não lembra como trabalhavam as equipes da operação e de manutenção? Era a turma da “porrada”, disponível 24 horas e tendo o rádio como tecnologia disponível. Nada de medições, aferições e controles estatísticos ou relatórios. Valia e experiência do dia a dia, a disposição para trabalhar e o talento para conter um vazamento sem as peças devidas ou para manter um sistema operando com equipamentos “fabricados” nas próprias oficinas onde trabalhavam. E os conflitos permanentes com a turma de obras? E com os projetistas? Muitas vezes, ninguém da operação ou da manutenção tinha acesso ao projeto, a não ser quando já se estava na famosa comissão de recebimento de obras onde o representante da área operacional era minoria. Daí, encontrar registros ou válvulas em locais de acesso impossível, conexões que mudavam as características operacionais, barriletes cuja manutenção só podia ocorrer se tudo fosse desmontado dentro da estação elevatória e conjuntos motobombas de má qualidade e baixo rendimento, além de prédios de ETA´s enormes e incompatíveis para a água que se desejava tratar, faziam com que em pouco tempo, tudo fosse adaptado ao “jeitinho” da operação. E os analistas das áreas de planejamento, financeira e comercial? Cobravam sempre mais água para vender, mais rapidez na solução dos problemas, menos horas extras, menores custos, etc. E, na verdade, achavam sempre tudo muito caro quando se tratava de atender as demandas da operação e da manutenção. Durante muito tempo as equipes da área operacional foram classificadas como aquelas cujos técnicos atuavam na base da solução a qualquer preço para resolver o problema e construindo, muitas vezes, unidades provisórias que se tornavam definitivas. Hoje, com a visão empresarial no mercado de saneamento e a gestão por resultados a partir dos processos identificados, a área operacional não é mais apenas aquela que é lembrada só quando falta água, como se depreende a partir das atividades voltadas para a eficiência operacional e que passam por ações na produção e no tratamento da água, na automação de unidades operacionais, na operação e manutenção das redes de distribuição de água, no combate as perdas, na eficientização energética, na elaboração de bons projetos e na integração real entre as Gestões do VD – Volume disponibilizado e do VU – Volume Utilizado. Na próxima edição: a operação de sistemas de esgotamento sanitário.
Especialista em Tratamento e Gestão de Águas e Efluentes | Monitoramento de ETA e ETE | Soluções em Reúso e Saneamento Sustentável | Planejamento com Foco no Plano de Segurança da Água (PSA)
5 aExcelente artigo. Mostra a importância da integração entre projetistas e operação para a eficácia dos sistemas.
REPRESENTANTE TÉCNICO/COMERCIAL
5 aParabéns e obrigado por compartilhar conosco sua vasta experiência. Abraços
Consultora Internacional em Saneamento | Doutora em Engenharia Sanitária | Gerente de Projetos | Analista de Impacto Regulatório | Saneamento Ambiental | Recursos Hídricos
5 aParabéns Alvaro por estar tão atento e compartilhar seus pontos de vista conosco.
Engenheiro civil sênior
5 aParabéns Álvaro, suas materias contribuem e muito com o saneamento nacional.
Consultor em saneamento. Engenheiro civil, MSc em recursos hídricos e saneamento. CP3P-F.
5 aObrigado amigo. Abraço