Como descobrir o real caráter de uma pessoa?
Para descobrir o verdadeiro caráter de alguém, existe uma ferramenta incrível: Vamos compará-los com personagens do cinema.
Você certamente já passou por um momento na vida onde teve que decidir se confiava em alguém. Pode ser que tenha quebrado a cara, ou mesmo, se surpreendido positivamente pela bondade e honestidade da pessoa. O fato é que a psicologia avança, com a ajuda de diversos instrumentos de análise de caráter. Mas algo que era inesperado aconteceu. Com a ajuda de pessoas que estudam fortemente o caráter de personagens em filmes, séries e quadrinhos, foi possível criar uma avaliação para saber qual tipo de pessoa você se identifica.
O resultado pode não te agradar. Seu perfil pode ser parecido ao de Joseph Stalin, que matou milhões de pessoas, ou mesmo, ao do Coringa. O teste pode ser uma boa brincadeira, mas só de bater o olho, já dá pra lembrar de pessoas que conhecemos em nossas rotinas, e a decisão de confiar nelas passa a ser um risco assumido. Se você quiser fazer o longo teste, basta clicar aqui. Mas te convido, antes, a analisar os perfis e tentar identificar onde você está alocado, ou mesmo fazer o exercício pensando em seu vizinho, chefe ou alguém da sua família. O exercício é, no mínimo, interessante.
Quando um personagem é criado, geralmente os autores das histórias tem a possibilidade de decidir entre 9 possíveis quadrantes comportamentais.
E é ai que a magia entra. Pois é impossível não fazer uma correlação com o mundo corporativo. São eles:
Lawful Good (Leal Bom): São aquelas pessoas boas por natureza. Acreditam que tem a bondade como prerrogativa de vida. São líderes ou colaboradores que querem fazer o bem para suas equipes e colegas e ao mesmo tempo bater as metas. Utilizam "seu crachá", se for necessário para praticar o bem. Atuam com senso de compaixão, honestidade acima de qualquer situação. São boas de coração e atuam sempre seguindo as regras com o objetivo de preservar o bem estar da coletividade. Acreditam que a lei e os costumes são a melhor forma de fazer a humanidade progredir. Pessoas assim costumam sofrer quando as regras da empresa vão contra o que é certo. Acredito que você conheça gente assim no mundo corporativo. No exemplo da ficção, temos o Super-Homem, mas também o presidente Barack Obama, no mundo real.
Neutral Good (Neutro Bom): Também são pessoas com prerrogativa de fazer o bem, mas que não usam o seu status hierárquico para tal. A compaixão pode ser praticada sem que exista o uso de seu cargo. Acreditam que as regras podem ser quebradas quando há necessidade de praticar o bem. Mas de maneira geral, o fazem em matéria de exceção, ou seja, "vamos seguir as regras, mas que mal há em quebrá-las de vez em quando, para o bem comum". Na ficção temos Gandalf (Senhor dos Anéis) e na vida real, Gandhi. Bem interessante.
Chaotic Good (Caótico Bom): É o Robin Hood. Pessoas assim não pensam duas vezes em desafiar as leis ou as normas corporativas para fazer o bem. Aliás, frequentemente "se esquecem das normas" ou mesmo fingem que as mesmas não existem. Dizer: "Putz, nem sabia que essa regra existia. Agora já foi." É uma característica deste perfil. O lado crítico destes profissionais reside no fato de que dispendem muita energia em convencer os outros a seguirem sua linha e não economizam esforços para te convencer de que estão certos. São dificilmente convencidos de que há uma norma necessária que rege as relações e estão dispostos a fazerem o mal para pessoas que entendem serem más. Graças a essas pessoas o mundo conheceu a Revolução Francesa. Cortaram a cabeça do Rei para implantar a República.
Se você gosta de Game of Thrones, dê uma olhada na imagem abaixo:
Lawful Neutral (Neutro Leal): São pessoas que seguem as regras acima do bem ou do mal. Dane-se que a lei está errada, vamos cumpri-la. São favoráveis aos processos, às regras e tem uma necessidade grande de criá-las quando as mesmas não existem. Podem ter seus próprios códigos de ética, mas ainda assim, se houver uma regra, ela precisa ser seguida. James Bond é um bom exemplo, mas nos últimos filmes, Daniel Craig migrou para o quadrante de Chaotic Good. Este tipo de perfil é mais difícil de ser identificado no mundo corporativo e pode ter uma concentração maior em profissionais que atuam nas áreas de compliance ou jurídico.
True Neutral (Neutro Verdadeiro): É o verdadeiro "em cima do muro". Pende para o lado mau e bom, segue regras e depois as quebra. Muita gente acha que são pessoas que têm crises de personalidade. Mudam de ideia muito rápido. A grande verdade é que são a maior parte dos colaboradores da atualidade. Muitas vezes se calam diante das coisas erradas da empresa, mas fazem isso pois tem medo de perder o emprego. Tem muito receio de se posicionarem pois temem represálias. São pessoas mais apáticas, que preferem garantir o que já tem do que se arriscar. São pessoas mornas. Não se assuste se um dia você mover uma reclamação trabalhista contra sua ex-empresa e seu super ex-colega aceitar ser testemunha contra você. Ele(a) vai alegar que não tinha escolha.
Se você gosta de Batman, vai ficar fácil identificar os quadrantes:
Chaotic Neutral (Neutro Caótico): São pessoas difíceis de "mapear". Você pode ter um relacionamento com ele(a), mas é muito difícil dizer se é um(a) aliado(a). São pessoas relativamente espontâneas, que tem suas opiniões, e que até mesmo detestem as regras da empresa, mas prever suas reações é quase impossível. O interesse próprio é geralmente o que impulsiona esses indivíduos, mas a imprevisibilidade é a única parte previsível. Podem trair os amigos ou mesmo ajudá-los. É muito difícil dizer.
Veja os quadrantes de House of Cards:
Lawful Evil (Leal Mal): Para este perfil manter a ordem e o controle das pessoas é parte importante para ganhar poder e obter mais riqueza. Para eles é mais fácil obter êxito explorando o que já existe do que criar algo. É o nível mais avançado da maldade nas histórias do cinema e nas relações corporativas. Por outro lado, demonstram lealdade a um pequeno grupo onde promovem alianças provisórias. Raramente quebra seus compromissos de lealdade, a menos que veja grande vantagem em descartar seus aliados. São conhecidos como psicopatas sociais e em muitos casos sua atitude dá a entender que, o verdadeiro louco é você. O mundo do cinema explora muito bem estes personagens, com seu ícone em Darth Vader, e na vida real, Adolf Hitler. Em todos os casos, seja na vida real ou imaginária, sabemos que a justiça é implacável para este grupo de pessoas.
Veja como é a descrição dos personagens em Star Wars:
Neutral Evil (Neutro Mal): Atuam apenas para seus próprios interesses, e para mais ninguém. Não demonstram lealdade alguma e não perdem o sono por terem atropelado seus colegas. O combustível de seus atos é a ganância, e não hesitam em passar por cima de tudo e todos para alcançar seus objetivos. São egoístas e não são dignos de confiança pela recorrente demonstração de atitudes diferentes de suas falas. Em uma analogia corporativa, não praticam o "walk the talk", ou mesmo, ficam somente no "talk", mas o "walk" é nulo. Por sua vez, apenas aplicam a maldade se houver alguma recompensa como objetivo. A história nos deu Stalin, Pablo Escobar e El Chapo.
Por fim, não podia faltar os Avengers:
Chaotic Evil (Caótico Mal): São movidos pelo interesse próprio e o prazer de provocar o caos. Saem constantemente da linha para questionar o sistema, a ordem e possuem prazer ao assistir à anarquia acontecendo na empresa. São aqueles profissionais que se deleitam com a tragédia de uma empresa que passa por dificuldades. Geralmente, não fazem nada para ajudar, mas se puderem fazer algo para prejudicar, melhor. A única razão pela qual deixam de se manifestar é pelo medo de serem punidos, caso contrário, apagam o fogo com querosene. Tratam-se de profissionais que enxergam os problemas chegando e contribuem para que a crise venha mais cedo e vá embora tardiamente.
Bem, falamos sobre os nove tipos de perfis comportamentais que o cinema e as tramas de ficção nos brindam. Qualquer semelhança com o mundo corporativo, não é mera coincidência. Minha recomendação é que você avalie os comportamentos das pessoas que trabalham contigo e tente enquadrá-las em um dos perfis citados. Suas ações, acordos, e sua lealdade serão mais facilmente decididas sabendo o que pode acontecer. No fundo, trata-se da famosa gestão de expectativas. E você? Já trabalhou com um Darth Vader? Um Coringa?
Alberto Roitman é uma alma livre. Autor dos livros: Você é o que você entrega! e A Última Chance! É escritor, consultor, e pesquisa sobre temas comportamentais no ambiente de trabalho.
GESTÃO DE NEGOCIOS ADM. E COML na PLA CONSULTORIA ADM. E COML
4 aParabéns Alberto, comparativo extraordinário
Coordenadora Contábil na Cena Soluções
4 aPaulo Vitor Alves da Silva olha que interessante
Gerente de Projetos em Educação Corporativa #Desenvolvimento de Pessoas #Aceleração da Aprendizagem
4 aExcelente 👏🏻👏🏻
HRBP | Human Development Consultant - Consultoria de RH | Mentoria | Desenvolvimento Humano | Carreira
4 aClarissa Dantas Bianca Misko
Gerente de Controladoria | Gerente de FP&A | Gerente de Planejamento | Gerente de Finanças | Gerente de Estratégia
4 aUé, você joga Dungeons & Dragons?!