Como a guerra Rússia x Ucrânia afeta o nosso dinheiro aqui no Brasil

Origem Histórica

Com o fim da 2° guerra mundial, duas superpotências, que se aliaram contra a Alemanha nazista, foram as nações que se saíram vitoriosas: EUA e União Soviética. Acontece que cada uma dessas potências representavam uma visão diferente de mundo: os americanos eram o sinônimo do capitalimo e a União Soviética eram o grande representante do socialismo.

No final da Segunda Grande Guerra, os EUA mostraram ao mundo o domínio de uma tecnologia muito poderosa. Estou falando da bomba atômica. Os russos, que não poderiam ficar atrás, também a desenvolveram. 

O cenário era o seguinte: de um lado o capitalismo, com armas nucleares; do outro lado o socialismo, com armas nucleares. Uma guerra mútua com armas nucleares pode gerar um efeito em que tanto quem ataca, quanto quem se defende podem acabar se destruindo. Esse efeito é chamado de destruição mútua assegurada - mutual assured destruction - ou simplesmente MAD.

Com isso, a estratégia foi usar intimidação e influência em conflitos de outros países e não uma houve uma guerra efetiva entre ambos. A esse período chamamos de Guerra Fria, que foi bem quente em vários locais do globo. 

De uma maneira geral, de lá para cá, o que aconteceu foi o seguinte: 

EUA passou a ter influência na Europa destruída na guerra por meio da Otan.

Houve acordos para os EUA não se meterem na região de influência da União Soviética, o leste europeu.  

União soviética socialista perdeu influência, se dividiu em vários países e começou uma transição como Rússia para o capitalismo. 

Alguns países "perto" da Rússia foram incluídos debaixo do guarda-chuva da Otan.

Líderes russos acham que os EUA estão se metendo demais no lado deles. O argumento da vez é a aproximação da Otan com a Ucrânia. 

Russos querem retomar a hegemonia local, do leste europeu, e dimuir o poder dos EUA na Europa como um todo. 

Rússia atacou a Ucrânia oficialmente em 23/02/2022.

Vamos ao lado econômico. 

Expectativas x Possibilidades

1 - Oscilação no valor Dólar, por conta do aumento da procura de moeda forte por parte dos investidores que tem maior aversão à risco. 

2 - Aumento de investimentos estrangeiro no Brasil, tendo em vista a migração de investidores entre mercados emergentes. 

Com os dois pontos acima citados, o mercado buscará um equilíbrio entre oferta e demanda para precificar um novo valor da moeda e maior valorização/desvalorização em relação a nossa moeda, o real. [e não esqueçamos que estamos em ano de eleição].  

3 - Aumento nos valores de commodities, como petróleo. 

4 - Inflação mundial num mundo já inflacionado. E como nós, brasileiros, estamos no mundo, isso pode pressionar a nossa economia já abalada que estava tentando ficar de pé para voltar a andar depois do tombo. 

No momento em que escrevo, 13h38 de 24/02/2022, petróleo, gás e dólar disparam.

É claro que num momento como este, é importante lembrarmos mais uma vez o quanto estamos conectados e o quanto uma guerra distante pode afetar nossas vidas:

Imagino que ninguém suporta mais ver aumentos no supermercado, no posto de gasolina e etc.; imagino que ninguém suporta mais ouvir sobre mortes.  

Movimentos irão ocorrer na bolsa de valores e oportunidades irão surgir para você fazer investimentos. Muitos irão criticar quem indicar quais os movimentos você deve tomar; muitos serão criticados por falar que a crise traz oportunidades, mas essa é a dura verdade: neste caso é uma verdade doída, à custa de vidas, mas não deixa de ser verdade.

Gostar de crise é diferente de saber que ela traz oportunidades. Eu não gosto. Espero que o seu senso de responsabilidade grite e diga que crise é uma m##e##r##d##@ . 

Por fim, minha solidariedade a todas as famílias que vão perder pais, mães, filhos e filhas num mundo ainda de luto. Pior, num movimento planejado para tal, porque diferente de uma doença, guerra não é uma fatalidade ou acaso do destino.